Díli, 25 fev 2020 (Lusa) - O Partido Libertação Popular (PLP) continua "firme" no apoio ao presidente do partido e primeiro-ministro demissionário timorense e os seus membros vão continuar a assegurar o funcionamento do Executivo, disse à Lusa um dos dirigentes partidários.
"O partido está firme atrás do primeiro-ministro Taur Matan Ruak, que é o presidente do partido, e deu e dá o apoio ao seu presidente sem reserva", disse à Lusa Fidelis Magalhães, um dos dirigentes do PLP e atual ministro da Reforma Legislativa e Assuntos Parlamentares.
Fidelis Magalhães comentava assim o anúncio feito hoje pelo primeiro-ministro, e presidente do PLP, Taur Matan Ruak, de que na segunda-feira apresentou a sua demissão ao Presidente da República.
"O primeiro-ministro apresentou a sua demissão e agora todos nós estamos à espera da decisão ou decreto presidencial. Mas, entretanto, o Governo funciona. O PM [primeiro-ministro] mantém-se e o Governo continua a ser o Governo com plenos poderes", referiu.
Questionado sobre a demissão de Taur Matan Ruak e se o primeiro-ministro foi uma das vítimas da atual crise política, Fidelis Magalhães disse que "não" e insistiu que a "única preocupação agora é ultrapassar a situação, como nação e como Estado".
"Da parte do senhor PM, deu o seu contributo. Esperamos que os partidos e o Presidente entrem noutra fase de discussão. Mas, por enquanto esperamos essa decisão", afirmou.
Sobre a situação do próprio PLP -- depois de sinais de divisões internas -- Fidelis Magalhães disse que o partido "está bastante forte e deve estar pronto para enfrentar qualquer situação" que surja.
Apesar disso, recordou que o PLP é um partido jovem com "uma história recente" que teve que enfrentar desafios novos, inclusive no Governo, pouco depois de ser formado.
"Assumiu logo uma função governamental. Nesse sentido não seguimos a fase da criação, consolidação e ao mesmo tempo da socialização do próprio partido", disse.
"É natural que o partido tenha enfrentado uma certa dificuldade por ser um partido novo. Mas creio que o partido está sólido e deve estar pronto enfrentar situações no futuro", afirmou.
Sobre o futuro debate interno no partido, Fidelis Magalhães disse que o PLP tem "estrutura, mecanismos e estatutos" que permitem "fomentar todas as conversa e diálogos".
ASP // JMC
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