O primeiro-ministro interino de
Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou "uma grande vitória" nas
eleições legislativas, enquanto o principal rival, Beny Gantz, pediu para se
esperar pelos resultados finais para saber se existe maioria parlamentar.
"É uma vitória contra todas
as probabilidades", declarou na segunda-feira à noite Netanyahu,
perante centenas de apoiantes reunidos na sede de campanha.
"Conversei recentemente com
todos os líderes das fações de direita. Faremos tudo para formar um
amplo governo que seja bom para Israel", disse o líder do Likud (direita),
acrescentando que as reuniões com os restantes partidos vão começar na próxima
terça-feira.
De acordo com as sondagens, o Likud poderá
obter entre 36 e 37 lugares no parlamento, contra 32 a 33 da formação centrista Kahol Lavan (Azul
e Branco), de Benny Gantz.
As previsões são de que, embora
tenha ultrapassado Gantz, Netanyahu não consiga os 61 lugares,
dos 120 do parlamento, necessários para formar um governo de coligação com os
parceiros tradicionais, a extrema direita (Yamina, sete assentos) e partidos ultraortodoxos (SHAS e
Judaísmo Unido da Torá, entre nove e sete).
Por seu lado, numa sede de
campanha quase vazia, Benny Gantz admitiu o desapontamento com os
resultados eleitorais: "Partilho o sentimento de deceção e dor.
Esperávamos outro resultado".
Apesar disso, Gantz pediu
para se esperar "pelos resultados finais, porque podem acabar por não ser
diferentes dos de abril", quando Netanyahu venceu as
eleições, mas depois falhou a tentativa de formar um governo, que iniciou o
bloqueio político que dura até hoje.
O chefe da lista azul e branca
referiu-se ainda ao julgamento que Netnayahu enfrentará em 17 de março,
afirmando que "independentemente dos resultados das eleições, os processos
criminais são decididos apenas na sala de audiências".
Essa situação judicial vai
determinar, além dos resultados das eleições, se Netanyahu pode
receber o mandato do Presidente isaelita para formar Governo.
Desde as últimas eleições, Netanyahu tornou-se
o único primeiro-ministro israelita em funções acusado de suborno, fraude e
abuso de confiaça em três casos de corrupção, com o início do julgamento
marcado para 17 de março.
Os israelitas foram chamados na
segunda-feira às urnas pela terceira vez em menos de um ano, devido ao impasse
que resultou dos escrutínios anteriores.
Notícias ao Minuto | Lusa |
Imagem: © Reuters
Leia em Notícias ao Minuto:
Sem comentários:
Enviar um comentário