As autoridades de saúde
sul-coreanas anunciaram hoje 600 novos casos de contaminação pelo novo
coronavírus, elevando para 4.812 o total de pessoas infetadas no país, onde já
morreram 28 pessoas.
Os números divulgados pelo Centro
de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia (KCDC) calculam todos
os casos que ocorreram entre meia-noite de domingo e segunda-feira.
Durante este período foram
registadas seis novas mortes.
A cidade de Daegu (cerca
de 230 quilómetros a sudeste de Seul) e a província vizinha de Gyeongsang do
Norte, o epicentro do surto no país, registaram a grande maioria dos novos
casos, 580 dos 600 em todo o país.
Essa região tem um total de 4.285 infeções,
89% de todas as que ocorreram na Coreia do Sul desde que o vírus foi detetado no
país no dia 20 de janeiro.
Cerca de 60% das infeções em
todo o território nacional estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja
sede é em Daegu, onde foram realizadas várias missas no início de fevereiro.
Para combater a saturação da
saúde na região sudeste, o Governo sul-coreano começou a classificar os novos infetados em
quatro grupos, a fim de diferenciar entre as condições clínicas mais e menos
graves e, assim, priorizar a hospitalização dos casos mais graves.
No resto do país, apenas 20 casos
foram detetados na segunda-feira, e Seul foi a área com
mais infeções, sete.
Até meia-noite da segunda-feira,
o KCDC mantém 35.555 pessoas em quarentena, aguardando resultados.
O surto de Covid-19, que
pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de
3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e
territórios, incluindo duas em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca
de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.
Além de 2.943 mortos na China,
onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas
mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong,
Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e
Filipinas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS)
declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública
internacional de risco "muito elevado".
A Direção-Geral da Saúde (DGS)
confirmou os dois primeiros casos de infeção em Portugal, um homem de
60 anos e outro de 33, internados em hospitais do Porto.
Um tripulante português de um
navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
Notícias ao Minuto | Lusa |
Imagem: © Lusa
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