Diretor-geral da OMS observa que
número de casos fora da China se multiplicou por 13, e o de países afetados
triplicou em apenas duas semanas. Ele pede aos países ação urgente e enérgica
contra o Sars-Cov-2.
A disseminação da doença
covid-19, causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2, pode ser caracterizada como
uma pandemia, afirmou nesta quarta-feira (11/03) o diretor-geral da Organização
Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra, Suíça.
O número de casos fora da China
se multiplicou por 13 em duas semanas, e o de países afetados triplicou,
afirmou o diretor-geral como justificativa para usar a expressão, que vinha
evitando nas últimas semanas.
O termo "pandemia"
designa a disseminação de uma doença por vários países ou continentes. Segundo
a OMS, já há mais de 118 mil casos de infecção com o vírus Sars-Cov-2 em
114 países, com 4.291 mortes oficialmente confirmadas.
Segundo Ghebreyesus, o número de
infecções, mortes e países atingidos deverá aumentar ainda mais. Ele se disse
também muito preocupado com os "níveis alarmantes de disseminação e
gravidade", bem como com os "níveis alarmantes de inação" diante
do vírus, indicando que a classificação como pandemia é um estímulo para que os
países ajam.
A declaração não muda nada
naquilo que os países já deveriam estar fazendo para combater de forma enérgica
o avanço do vírus, acrescentou. "Todos os países ainda podem mudar o rumo
dessa pandemia", sendo necessário, para tal, esforços em detectar os
infectados, isolá-los e tratá-los, assim como mobilizar a população em resposta
ao avanço do vírus.
"Pedimos todos os dias aos
países que adotem medidas urgentes e enérgicas. Soamos o alarme alto e
claro", reiterou Ghebreyesus. A OMS afirmou que Irã e Itália são as atuais
frentes de combate, mas que novos países vão se unir a eles em breve.
Também nesta quarta-feira, a
chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, se manifestou pela primeira vez
sobre o avanço do novo coronavírus no país, insistindo que a disseminação do
patógeno seja contida, e que é preciso união no combate ao surto. O país tem
cerca de 1.300 infecções e duas mortes confirmadas.
"Nossa solidariedade, nossa
razão e nossa compaixão mútua estão sendo colocadas à prova, e desejo que
passemos nessa prova", disse Merkel em Berlim, ao lado do ministro da
Saúde, Jens Spahn.
Deutsche Welle | AS/ap/dpa/efe
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