quinta-feira, 16 de abril de 2020

Covid-19: Angola sem registo de casos positivos há sete dias


O quadro de pessoas infectadas no país pela Covid-19 mantém-se inalterável há sete dias, com registo de 19 casos positivos, 12 em seguimento médico, dois óbitos e cinco recuperados.

A informação foi avançada ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, durante a habitual conferência de imprensa de actualização de dados. Franco Mufinda disse que o quadro actual é estável, embora tenha havido o registo de dois alertas de casos suspeitos, mas ­descartados. O governante disse que na actividade do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) não houve nenhum registo de denúncia de violação de quarentena domiciliar, mas lembrou que regista-se um acumulado 51.498 cidadãos em quarentena, entre as quais 420 são institucionais.

Franco Mufinda indicou que, deste número, oito tiveram alta e o sistema laboratorial conseguiu observar, nas últimas 24horas, 17 amostras que despoletaram para a 1.203 provas que foram processadas. Das amostras processadas, a província de Benguela registou oitos casos negativos, Cabinda 19, Cunene 14, Huambo 15, Huíla 11 e Luanda com 1.124. A província de Malanje com uma, Uíge três, Namibe seis e Zaire duas. A capital do país teve as 19 amostras até então positivas.

O secretário de Estado referiu que os casos suspeitos, desde o início deste processo, fixam-se em 368 com o seguimento de 696 ocorrência dos contactos confirmados. Assegurou que a Comissão Multissectorial continua a efectuar aquisição de meios médicos e medicamentosos a fim de apetrechar os hospitais para a preparação do pior cenário.

Franco Mufinda informou que Angola recebeu cinco mil testes rápidos, provenientes de Portugal, no âmbito dos esforços de combate à pandemia. Assegurou que o Ministério da Saúde está a trabalhar com a comunidade academica angolana no sentido de juntar toda a massa cinzenta ligada às ciências da Saúde, com destaques para médicos, farmacêuticos, enfermeiros e psicólogos para a estruturação de estudos à volta da Covid-19.


Uso obrigatório de mascaras

A directora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, considerou, ontem, em Luanda, fundamental o uso de máscaras pelas pessoas que circulam nos hospitais, assim como pelos profissionais do sector. Ao falar na conferência de imprensa sobre os dados da Covid-19 referentes às últimas 24 horas, a responsável disse que os profissionais de Saúde serão obrigados a utilizar uma máscara cirúrgica, de acordo uma circular do Ministério da Saúde. Helga Freitas sublinhou que os técnicos que tiverem em contacto com doentes, casos suspeitos ou positivos, terão de fazer o uso de máscara do tipo N95.

De acordo com a directora nacional de Saúde Pública, o uso de máscara não reduz apenas a transmissão da Covi-19, mas também todas outras doenças respiratórias que circulam nas comunidades. O Ministério da Saúde lançou, ontem, uma ficha técnica sobre a utilização do uso de máscaras de tecido, que permite instruir a população com algumas medidas de fabrico de máscaras que podem ser 100 por cento de algodão.

Helga Freitas considera uma medida adicional o uso de máscaras nas comunidades, pelo que não dispensa a adesão às regras de distanciamento, lavagem frequente das mãos e tossir ao cotovelo. Há ainda outras medidas como a desinfecção de superfícies com lixívia, espirrar no lenço de papel e, posteriormente, lançá-lo ao lixo.

Alberto Pegado e Xavier António | Jornal de Angola | Imagem: Vigas da Purificação| Edições Novembro

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