segunda-feira, 11 de maio de 2020

China responde às "24 mentiras" que norte-americanos inventaram


Chineses recorrem a frase de Abraham Lincoln para dizer que políticos norte-americanos não vão conseguir enganar as pessoas.

A China respondeu àquilo que denomina de "24 mentiras" inventadas pelos políticos norte-americanos, que acusam o país de ter manipulado em laboratório o novo coronavírus.

A resposta vem num texto de onze mil palavras partilhada na página do ministro dos negócios estrangeiros chinês no sábado, noticia a CNN. O documento assume-se como uma resposta às "alegações e mentiras absurdas" inventadas pelos políticos e meios de comunicação social norte-americanos que tentam "atribuir à China a culpa de não terem tido uma resposta eficaz" contra a Covid-19.

"No entanto, como disse Abraham Lincoln, 'é possível enganar algumas pessoas todo o tempo; é também possível enganar todas as pessoas por algum tempo; o que não é possível é enganar todas as pessoas todo o tempo'", começa o texto.

Entre as várias mentiras que tenta esclarecer, pode ler-se no documento que o facto de o primeiro caso ter sido detetado em Wuhan não significa que este vírus tenha tido origem ali; alega-se que a China tomou todas as medidas para não propagar o vírus, pelo que é errado acusar o país de ter propagado a doença pelo mundo; ou ainda que os morcegos não fazem parte da dieta dos chineses, pelo que não se pode dizer que os chineses contraíram a doença por comer este animal.

O governo chinês refuta ainda, mais uma vez, a teoria de que a China tenha criado o vírus em laboratório, referindo que "todas as provas disponíveis mostram que o SARS-CoV-2 é de origem natural e não humana".

O artigo é uma tentativa de refutar as acusações de encobrimento inicial da China e da divulgação tardia de informações sobre o vírus, oferecendo um calendário para mostrar a forma aparentemente "aberta, transparente e responsável" adotada pelo governo chinês no fornecimento de "informações atempadas" ao mundo.

Andreia Pinto | Notícias ao Minuto | © Reuters

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