sexta-feira, 22 de maio de 2020

OTAN deve à Ucrânia US$ 200 biliões por ter abdicado das armas nucleares


A Ucrânia deveria "insistir" que a OTAN pague US$ 200 biliões pela decisão de Kiev abandonar armas nucleares há mais de um quarto de século atrás, declarou um ex-parlamentar do país, argumentando que a medida salvou uma fortuna para a aliança.

Em meados da década de 90, a Ucrânia abandonou o arsenal nuclear que herdou da União Soviética em troca de garantias de segurança fornecidas pelos EUA, Reino Unido e Rússia como parte do chamado Memorando de Budapeste. Agora, chegou a hora dos "parceiros ocidentais" de Kiev pagarem em dinheiro, afirmou Andrei Senchenko, ex-deputado do Conselho Supremo da Crimeia (quando península fazia parte da Ucrânia) e ex-vice-chefe interino da administração do ex-presidente Pyotr Poroshenko.

A aliança teria que aumentar drasticamente seus gastos com defesa nas últimas duas décadas se os mísseis nucleares soviéticos estivessem nas mãos de Kiev, explicou Senchenko.

"Os mísseis, é claro, não seriam uma ameaça para Nova York, Paris ou Berlim, mas criariam um perigo de proliferação de tecnologias nucleares e de mísseis em todo o mundo, o que é um perigo muito sério", pontuou, admitindo de fato que a Ucrânia mal conseguiria controlar adequadamente seu arsenal nuclear e tecnologias associadas em primeiro lugar.

É verdade que, nos anos 90, a Ucrânia possuía um arsenal nuclear significativo. O número de ogivas nucleares implantadas em seu território pela URSS estava apenas atrás das possuídas pela Rússia e pelos EUA.

Sputnik | Imagem: © AP Photo / Serviço de Imprensa do Conselho Nacional de Segurança e Defesa

Sem comentários:

Mais lidas da semana