A Ucrânia deveria
"insistir" que a OTAN pague US$ 200 biliões pela decisão de Kiev abandonar
armas nucleares há mais de um quarto de século atrás, declarou um
ex-parlamentar do país, argumentando que a medida salvou uma fortuna para a
aliança.
Em meados da década de 90, a Ucrânia abandonou o
arsenal nuclear que herdou da União Soviética em troca de garantias de segurança fornecidas pelos EUA, Reino Unido e
Rússia como parte do chamado Memorando de Budapeste. Agora, chegou a hora dos
"parceiros ocidentais" de Kiev pagarem em dinheiro, afirmou Andrei
Senchenko, ex-deputado do Conselho Supremo da Crimeia (quando península fazia
parte da Ucrânia) e ex-vice-chefe interino da administração do ex-presidente
Pyotr Poroshenko.
A aliança teria que aumentar
drasticamente seus gastos com defesa nas últimas duas décadas se os mísseis nucleares soviéticos estivessem nas mãos de Kiev,
explicou Senchenko.
"Os mísseis, é claro, não
seriam uma ameaça para Nova York, Paris ou Berlim, mas criariam um perigo de
proliferação de tecnologias nucleares e de mísseis em todo o mundo, o que é um
perigo muito sério", pontuou, admitindo de fato que a Ucrânia mal conseguiria
controlar adequadamente seu arsenal nuclear e tecnologias associadas em
primeiro lugar.
É verdade que, nos anos 90, a Ucrânia possuía um
arsenal nuclear significativo. O número de ogivas nucleares implantadas em seu
território pela URSS estava apenas atrás das possuídas pela Rússia e pelos EUA.
Sputnik | Imagem: © AP Photo /
Serviço de Imprensa do Conselho Nacional de Segurança e Defesa
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