A falta de visitas de familiares
pode estar a gerar situações dramáticas nos lares de idosos em Portugal. Regras
nas instituições mudam a partir de segunda-feira.
As visitas aos lares de idosos estão proibidas já há quase dois meses (desde 16 de março), para combater a propagação do novo coronavírus entre este grupo de risco. A medida veio, no entanto, acentuar os sentimentos de solidão e abandono por parte dos utentes destas instituições.
Segundo o Jornal de Notícias , o número de suicídios
nos lares tem aumentado nos últimos tempos, desde que foram impostas as novas
regras de distanciamento social para responder à pandemia de Covid-19.
Em declarações à TSF, Lino Maia,
presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS)
confirma que lhe foram reportados alguns casos de suicídio ou tentativa de
suicídio e diz compreender o desespero de alguns idosos.
"Lamento e compreendo que
haja pessoas que já não aguentem mais, que estejam demasiado stressadas, e o
desespero pode levar a uma opção dramática", declara.
Lino Maia julga que o retomar das
visitas de familiares irá "trazer esperança às pessoas". "É um
novo dia para os lares", afirma.
O presidente da Confederação
Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) reconhece que serão
necessários "muitos cuidados" para garantir a segurança e a saúde de
quem vive nos lares, mas acredita que "com a programação das visitas (...)
e a dedicação dos trabalhadores e dos dirigentes nos lares, tudo será bem
caminhado".
Lino Maia apela ainda às famílias
que continuem a mostrar a compreensão que têm demonstrado perante esta situação
de pandemia, para que não haja razões de preocupação.
"Julgo que as famílias vão
continuar a colaborar e a apoiar os seus familiares, os seus idosos",
conclui.
Cristina Lai Men com Rita
Carvalho Pereira | TSF
Sem comentários:
Enviar um comentário