#Escrito em português do Brasil
O embaixador chinês no Reino
Unido, Liu Xiaoming, rejeitou na quarta-feira as acusações britânicas contra a
lei de segurança nacional para a Região Administrativa Especial de Hong Kong
(RAEHK) e clarificou a posição da China.
“As recentes afirmações do Reino
Unido relativamente à lei de segurança nacional para a RAEHK são irresponsáveis
e injustificáveis. Elas representam uma interferência petulante nos assuntos
internos da China e são contrárias aos importantes princípios do respeito mútuo
pela soberania, integridade territorial e não interferência nos assuntos
internos, defendidos pela Carta da ONU e pelo Comunicado Conjunto do Reino
Unido e China para o intercâmbio de embaixadores”, disse Liu durante um
encontro com Simon McDonald, sub-secretário permanente do Ministério dos
Assuntos Estrangeiros e da Commonwealth.
O primeiro-ministro Boris Johnson
afirmou que o Reino Unido irá atribuir direitos de residência e a possibilidade
de cidadania até 3 milhões de pessoas em Hong Kong , após a lei de segurança nacional ter
sido ratificada.
O lado Chinês expressou profunda
preocupação e forte oposição, segundo Liu acrescentou.
Ele reiterou que o conteúdo
essencial da Declaração Conjunta Sino-Britânica visa assegurar que Hong Kong é
devolvida à China.
“Nem uma palavra ou parágrafo da
Declaração Conjunta dá ao Reino Unido qualquer responsabilidade sobre Hong Kong
após a sua entrega. O Reino Unido não tem soberania, jurisdição ou direito de
‘supervisão’ sobre Hong Kong após a entrega. Hong Kong é uma região administrativa
especial da China. Os seus assuntos são puramente do âmbito interno da China e
não são passíveis a qualquer interferência externa”, asseverou Liu.
“É sempre o governo central de um
país o responsável por garantir a segurança nacional. A lei de segurança nacional
para a RAEHK é oportuna, necessária e razoável”, referiu Liu.
O diplomata acrescentou que a
China permanece inabalável na sua determinação de assegurar a soberania,
segurança e interesses de desenvolvimento nacionais, exortando o Reino Unido a
parar com suas interferências nos assuntos de Hong Kong.
A Lei da República Popular da
China para a Salvaguarda da Segurança Nacional na Região Administrativa
Especial de Hong Kong, cuja entrada em vigor data de segunda-feira à noite,
consiste em um esforço do governo central para combater a secessão, subversão e
conluio com forças externas. Vários oficiais de Hong Kong, incluindo a chefe do
executivo, Carrie Lam, manifestaram-se a favor da lei.
Diário do Povo Online | Web
editor: Fátima Fu, editor
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