Parlamento da Guiné-Bissau decidiu enviar a Portugal uma delegação para apurar as circunstâncias da morte do ator Bruno Candé.
Segundo
uma resolução aprovada na quarta-feira (29.07) pelos deputados da
Guiné-Bissau reunidos em sessão parlamentar da X legislatura, a delegação
parlamentar vai a Lisboa para contactos com as autoridades portuguesas sobre o
assassínio do ator
Bruno Candé e sobre a comunidade guineense.
Bruno Candé, de 39 anos de idade e de origem guineense, foi morto a tiro no sábado (25.07), em Moscavide, e o suspeito da morte do ator vai aguardar julgamento em prisão preventiva.
A resolução da Assembleia Nacional Popular guineense, divulgada esta quarta-feira à imprensa, refere que foi autorizada a "criação e deslocação de uma delegação a Portugal com vista a manter contactos com as autoridades portuguesas sobre aquele assassínio e inteirar-se da situação dos cidadãos guineenses naquele país".
Parlamento
pede justiça
Os
parlamentares da Guiné-Bissau condenam o assassínio do ator, considerando que
foi "fundado em motivos fúteis, por representar o que mais desprezível
existe num ser humano".
Os
deputados guineenses encorajam também as "autoridades portuguesas a
prosseguir, com a urgência necessária, as devidas diligências, de modo a
traduzir à Justiça o responsável por este ato ignóbil".
Na
resolução, os deputados consideram que o assassínio ocorreu por "motivos
racistas" e salientam que a "diversidade racial, cultural, étnica e
religiosa representam do que de mais belo possui a humanidade" e que é da
"responsabilidade coletiva a defesa e respeito por essa heterogeneidade
planetária".
Na terça-feira (28.07), um grupo de cidadãos guineenses manifestou-se em frente à embaixada de Portugal em Bissau para pedir que a justiça seja feita no caso Bruno Candé. Os protestos também serviram para denunciar ataques racistas contra guineenses em Portugal.
Deutsche Welle | Lusa
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