terça-feira, 15 de setembro de 2020

Portugal | Afinal quantas mortes devido ao cenário pandémico?


A verdade foi anotada numa pedra de gelo?

Do Expresso, exclusivo para assinantes, opinião de Henrique Raposo, a admitir a possibilidade de mais mortes por via da pandemia em curso.

Procura-se a verdade e as responsabilidades dos que com poder de decisão eventualmente demonstraram somente possuir capacidades de baratas tontas, de ineptos para dirigir, para governar, para salvar vidas, para dizer as verdades, serem exatos e honestos, não ocultando a realidade.

Afinal quantas pessoas morreram por covid-19 e quantas pessoas morreram por falta de cuidados médicos devido à inépcia de dirigentes de serviços de saúde, de competência a dirigir, de aptidão para governarem?

Também era de utilidade, para conhecimento da verdade, saber com exatidão quantos portugueses faleceram em idade aproximada de se reformarem – 60 anos. A partir dos 60 anos quantos faleceram por covid-19? Quantos morreram na consequência de falta de assistência médica devido à impossibilidade de satisfazerem os atendimentos necessários com o máximo de segurança, algo que era perfeitamente possível caso as competências dirigentes tomassem as decisões acertadas.

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Ou o governo está a mentir, ou o #ficaremcasa matou 4 mil pessoas

Henrique Raposo | Expresso | opinião

Ou o governo está a mentir sobre os números da pandemia e temos, na verdade, 6 mil mortos por covid (hipótese inverosímil), ou os portugueses estão a morrer como nunca de doenças normais (ataques de coração, por exemplo) porque estão demasiado amedrontados com a narrativa apocalíptica e, por isso, nem sequer vão ao hospital apesar das dores ou porque os hospitais permanecem altamente condicionados pelas medidas anti-covid (a hipótese verosímil)

Paira sobre o debate um silêncio inaceitável. O INE revelou que há um excesso de mortalidade em Portugal de quase 6 mil mortos desde Março: 5882, para ser preciso. Ou seja, no último meio ano, morreram mais 5882 pessoas do que a média dos últimos 10 anos para o mesmo período. Como se sabe, a covid-19 só explica perto de 2 mil destes mortos: 1871, para ser exato.

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