quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Apostas explosivas no tabuleiro Arménia-Azerbaijão

Empurrar a Rússia outra vez para o lamaçal de Nagorno-Karabakh significa mais liberdade de acção para a Turquia noutros teatros de guerra

Pepe Escobar [*]

Poucos pontos quentes geopolíticos em todo o planeta podem rivalizar com o Cáucaso: aquela intratável Torre de Babel tribal, uma encruzilhada controversa de impérios do Levante e nómadas das estepes eurasiáticas ao longo da História. E fica ainda mais confusa quando se acrescenta o nevoeiro da guerra.

Para tentar lançar alguma luz sobre o actual confronto directo Arménia-Azerbaijão, vamos assinalar os factos básicos com alguns antecedentes de fundo essenciais.

No fim do mês passado Ilham Alyev, o "homem forte" do Azerbaijão, no poder desde 2002, lançou uma guerra de facto sobre o território de Nagorno-Karabakh mantido pela Arménia.

No momento do colapso da URSS, Nagorno-Karabakh tinha uma população mista de xiitas azeris e cristãos arménios. Mas mesmo antes do colapso o Exército Azerbaijano e independentistas arménios já estavam em guerra (1988-1994), a qual resultou num sombrio balanço de 30 mil mortos e cerca de um milhão de feridos.

A República de Nagorno-Karabakh declarou independência em 1991: mas esta não foi reconhecida pela "comunidade internacional". Finalmente houve um cessar-fogo em 1994 – com Nagorno-Karabakh entrando numa área cinzenta, numa terra de ninguém de "conflito congelado".

O problema é que em 1993 as Nações Unidas aprovaram nada menos que quatro resoluções – 822, 853, 874 e 884 – estabelecendo que a Arménia deveria retirar-se do que era considerado ser aproximadamente 20% do território azerbaijano. Isto está no cerne da lógica de Bacu para combater o que ela qualifica como um exército de ocupação estrangeiro.

Contudo, a interpretação de Ierevan é que estas quatro resoluções são nulas e sem efeito porque Nagorno-Karabakh abriga uma população de maioria arménia que se quer separar do Azerbaijão.

Historicamente, Artsakh é uma das três antigas províncias da Arménia – cujas raízes remontam pelo menos ao século V a.C. e finalmente estabelecida em 189 a.C. Os arménios, com base em amostras de ADN de ossos escavados, argumentam que estão instalados em Artsakh há pelo menos 4.000 anos.

Artsakh – ou Nagorno-Karabakh – foi anexado ao Azerbaijão por Estaline em 1923. Isso preparou o cenário para que um futuro barril de pólvora inevitavelmente explodisse.

É importante recordar que não havia estado-nação "azerbaijano" até o início da década de 1920. Historicamente, o Azerbaijão é um território no norte do Irão. Os azeris estão muito bem integrados dentro da República Islâmica. Assim, a República do Azerbaijão realmente tomou ou seu nome dos seus vizinhos iranianos. Na história antiga, o território da nova república do século XX era conhecido como Atropatena e Aturpakatan antes do advento do Islão.

Como mudou a equação

O argumento principal de Bacu é que a Arménia está a bloquear uma nação azerbaijana contínua. Uma olhadela no mapa mostra que o sudoeste do Azerbaijão está de facto dividido até à fronteira iraniana.

E isso mergulha-nos necessariamente num antecedente profundo. Para esclarecer o assunto, não poderia haver um guia mais confiável do que um especialista de topo do Cáucaso que partilhou a sua análise comigo por email, mas que insiste em "nenhuma atribuição". Vamos chamá-lo Sr. C.

O Sr. C nota que "durante décadas a equação permaneceu a mesma e as suas variáveis também permaneceram mais ou menos as mesmas. Isto aconteceu apesar do facto de que a Arménia é uma democracia instável em transição e o Azerbaijão teve muito mais continuidade no topo" [do governo].

Deveríamos estar conscientes de que "o Azerbaijão perdeu território logo no início da restauração da sua soberania (statehood), quando era basicamente um estado falhado dirigido por amadores nacionalistas de poltrona [antes de Heydar Aliyev, pai de Ilham, chegar ao poder]. E a Arménia também era uma confusão, mas menos quando se leva em consideração que tinha um forte apoio russo e o Azerbaijão não tinha ninguém. Na altura, a Turquia ainda era um Estado laico com um exército que parecia ocidental e levava a sério a sua adesão à NATO. Desde então, o Azerbaijão construiu a sua economia e aumentou a sua população. Por isso, continuou a fortalecer-se. Mas as suas forças armadas continuavam a ter um fraco desempenho".

Isso começou a mudar lentamente em 2020: "Basicamente, nos últimos meses tem-se assistido a aumentos incrementais na intensidade das violações quase diárias do cessar-fogo (as violações quase diárias não são nada de novo: já se verificam há anos). Assim, isto explodiu em Julho e houve uma guerra com tiros durante alguns dias. Depois todos se acalmaram novamente".

Durante todo este tempo, algo importante estava a desenvolver-se em segundo plano: O primeiro-ministro arménio Nikol Pashinyan, que chegou ao poder em Maio de 2018, e Aliyev começaram a falar: "O lado azerbaijanês pensou que isto indicava que a Arménia estava pronta para um compromisso (tudo isto começou quando a Arménia teve uma espécie de revolução, com o novo Primeiro-Ministro a chegar ao poder com um mandato popular para limpar a casa internamente). Por qualquer razão, isto acabou por não acontecer".

O que de facto aconteceu foi a guerra com o tiroteio de Julho.

Não esquecer o pipelineistão

O primeiro-ministro arménio Pashinyan poderia ser descrito como um globalista liberal. A maior parte da sua equipa política é a favor da NATO. Pashinyan foi de armas em punho contra o ex-presidente arménio (1998-2008) Robert Kocharian, que antes disso era, crucialmente, o presidente de facto de Nagorno-Karabakh.

Kocharian, que passou anos na Rússia e está próximo do Presidente Putin, foi acusado de uma nebulosa tentativa de "derrubar a ordem constitucional". Pashinyan tentou lançá-lo na prisão. Mas ainda mais crucial é o facto de que Pashnyan recusou seguir um plano elaborado pelo ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, para finalmente solucionar a confusão Artsakh/Nagorno-Karabakh.

No actual nevoeiro de guerra, as coisas estão ainda mais confusas. O Sr. C enfatiza dois pontos: "Primeiro, a Arménia pediu protecção ao CSTO [Tratado de Segurança Colectiva] e levou uma bofetada, dura e em público. Segundo, a Arménia ameaçou bombardear os oleodutos e gasodutos no Azerbaijão (há vários, todos eles correm em paralelo e abastecem não só a Geórgia e a Turquia, mas agora os Balcãs e a Itália). Em relação a este último, o Azerbaijão disse basicamente: "se o fizerem, bombardearemos o vosso reactor nuclear".

O ângulo do pipelineistão é na verdade crucial: durante anos acompanhei no Asia Times esta miríade de novelas entrelaçadas do petróleo e do gás, especialmente o [oleoduto] BTC (Bacu-Tblisi-Ceyhan), concebido por Zbigniew Brzezinski para contornar o Irão. Fui mesmo "preso" por um 4x4 da BP quando estava a rastrear o pipeline numa estrada paralela que saía do enorme terminal Sangachal: isso provou que a British Petroleum era na prática o patrão real, não o governo azerbaijano.

Em suma, agora atingimos o ponto onde, segundo o Sr. C,
"a preparação para o combate da Arménia torna-se mais agressiva". As razões do lado arménio parecem ser sobretudo internas: terrível manejo do Covid-19 (em contraste com o Azerbaijão) e o lamentável estado da economia. Assim, diz o Sr. C., chegámos a um concurso tóxico de circunstâncias: A Arménia desviou-se dos seus problemas por ser dura com o Azerbaijão, ao passo que o Azerbaijão já tinha aguentado o suficiente.

É sempre sobre a Turquia

De qualquer modo, quando se olha o drama Arménia-Azerbaijão, o principal factor de desestabilização é agora a Turquia.

O Sr. C observa como, "durante todo o Verão, a qualidade dos exercícios militares turco-azerbaijanos aumentou (tanto antes dos acontecimentos de Julho como posteriormente). Os militares azerbaijanos melhoraram muito. Além disso, desde o quarto trimestre de 2019, o Presidente do Azerbaijão tem estado a livrar-se dos elementos (percebidos como) pró-russos em posições de poder". Ver, por exemplo, aqui .

Não há meio de o confirmar nem com Moscovo nem com Ancara, mas o Sr. C avança o que o Presidente Erdogan poderá ter dito aos russos:   "Entraremos directamente na Arménia se   a) o Azerbaijão começar a perder,   b) a Rússia entrar ou aceitar que o CSTO seja invocado ou alguma coisa desse género, ou   c) a Arménia prejudicar os pipelines. Tudo isto são linhas vermelhas razoáveis para os turcos, especialmente quando se tem em conta que eles não gostam muito dos arménios e que consideram os azerbaijaneses como irmãos".

É crucial recordar que em Agosto Bacu e Ancara efectuaram duas semanas de exercícios militares conjuntos, aéreos e terrestres. Bacu comprou drones avançados tanto da Turquia como de Israel. Não há armas fumegantes, pelo menos ainda não, mas Ancara pode ter contratado até 4.000 Salafi-jihadistas na Síria para lutar – espere por isso – em favor do Azerbaijão de maioria xiita, provando mais uma vez que o "jihadismo" tem tudo a ver com ganhar dólares rapidamente.

O United Armenian Information Center, bem como o Kurdish Afrin Post, declararam que Ancara abriu dois centros de recrutamento – em escolas de Afrin – de mercenários. Aparentemente, isto foi um movimento bastante popular porque Ancara cortou os salários dos mercenários sírios despachados para a Líbia.

Há um ângulo extra que é profundamente preocupante não só para a Rússia como também para a Ásia Central. Segundo o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Nagorno-Karabakh, Embaixador Extraordinário Arman Melikyan, mercenários utilizando identificações azeris emitidas em Bacu podem conseguir infiltrar-se no Daguestão e na Chechénia e, através do mar Cáspio, chegar a Atyrau no Cazaquistão, de onde podem facilmente chegar ao Uzbequistão e ao Quirguistão.

Este é o derradeiro pesadelo da Organização de Cooperação de Shangai (SCO) – partilhada pela Rússia, China e o "istões" da Ásia Central: uma terra jihadi – e mar (Cáspio) – ponte do Cáucaso até à Ásia Central e mesmo o Xinjiang.

Qual é o objectivo desta guerra?

Então, o que vem a seguir? Um impasse quase intransponível, tal como o Sr. C esboça:

1. "As conversações de paz não vão a lado nenhum porque a Arménia recusa-se a ceder (a retirar-se da ocupação de Nagorno-Karabakh mais sete regiões circundantes por fases ou de uma só vez, com as garantias habituais para civis, mesmo colonos – note-se que quando entraram no início da década de 1990 eles limparam aquelas terras de literalmente todos os azerbaijaneses, algo como entre 700.000 e 1 milhão de pessoas)".

2. Aliyev ficou com a impressão de que Pashinyan "estava disposto a um compromisso e começou a preparar o seu povo e então pareceu ridicularizado quando isso não aconteceu".

3. "A Turquia deixou claro como cristal que apoiará o Azerbaijão incondicionalmente e acompanhou estas palavras com feitos".

4. "Em tais circunstâncias, a Rússia foi ultrapassada – no sentido de que tinham sido capazes de jogar a Arménia contra o Azerbaijão e vice-versa, com bastante êxito, ajudando a mediar conversações que não chegaram a lado nenhum, preservando o status quo que efectivamente favoreceu a Arménia".

E isso leva-nos à questão crucial. Qual é o objectivo desta guerra?

Sr. C: "É ou conquistar o máximo possível antes que a "comunidade internacional" [neste caso, o CSNU] peça / exija um cessar-fogo ou fazê-lo como um impulso para o reinício de conversações que realmente conduzam ao progresso. Em qualquer dos cenários, o Azerbaijão acabará com ganhos e a Arménia com perdas. Quanto e em que circunstâncias (o status e a questão de Nagorno-Karabakh é diferente do status e da questão dos territórios arménios ocupados em torno de Nagorno-Karabakh) é desconhecido: ou seja, no campo de batalha ou na mesa de negociações ou numa combinação de ambos. Entretanto, verifica-se no mínimo que o Azerbaijão conseguirá manter o que libertou em batalha. Este será o novo ponto de partida. E suspeito que o Azerbaijão não fará mal aos civis arménios que ficarem. Eles serão libertadores exemplares. E levarão tempo a trazer de volta os civis azerbaijaneses (refugiados/IDP) para as suas casas, especialmente em áreas que se tornariam mistas em consequência do retorno".

Assim, o que pode Moscovo fazer sob estas circunstâncias? Não muito,
"excepto ir para dentro do Azerbaijão propriamente dito, o que não farão (não há fronteira terrestre entre a Rússia e a Arménia; assim, embora a Rússia tenha uma base militar na Arménia com um ou mais mil soldados, eles não podem simplesmente fornecer à Arménia armas e tropas à vontade, dada a geografia)".

Crucialmente, Moscovo privilegia a parceria estratégica com a Arménia – a qual é membro da União Económica da Eurásia (EAEU) – enquanto controla meticulosamente cada um dos movimentos da Turquia, membro da NATO: afinal de contas, eles já estão em lados opostos tanto na Líbia como na Síria.

Assim, para o dizer de modo suave, Moscovo está a caminhar no fio de uma navalha geopolítica. A Rússia precisa de exercer contenção e investir numa equilibragem cuidadosamente calibrada entre a Arménia e o Azerbaijão; deve preservar a parceria estratégica Rússia-Turquia; e deve estar atenta a todas, possíveis tácticas dos EUA de Divide e Impera.

Dentro da guerra de Erdogan

Então, no final das contas, esta seria mais uma guerra Erdogan?

A análise inescapável do "Siga o dinheiro" nos diria que sim. A economia turca está numa confusão absoluta, com uma inflação elevada e uma moeda em depreciação. Bacu tem uma riqueza de fundos do gás e do petróleo que se poderiam tornar rapidamente disponíveis – somando-se ao sonho de Ancara de transformar a Turquia também num fornecedor de energia.

O Sr. C acrescenta que ancorar a Turquia no Azerbaijão levaria à "criação de bases militares turcas de pleno direito e à inclusão do Azerbaijão na órbita de influência turca (a tese "dois países – uma nação", na qual a Turquia assume a supremacia) no quadro do neo-otomanismo e da liderança da Turquia no mundo de língua turca".

Acrescente-se a isto o ângulo da NATO, de extrema importância. O Sr. C vê-o essencialmente como Erdogan, capacitado por Washington, prestes a dar um empurrão da NATO para leste enquanto estabelece aquele canal jihadi imensamente perigoso para a Rússia: "Esta não é uma aventura local de Erdogan. Compreendo que o Azerbaijão é em grande parte do Islão xiita e que isso irá complicar as coisas, mas não tornará a sua aventura impossível".

Isto está ligado plenamente a um notório relatório da RAND que pormenoriza explicitamente como "os Estados Unidos poderiam tentar induzir a Arménia a romper com a Rússia" e "encorajar a Arménia a integrar plenamente a órbita da NATO".

É mais do que óbvio que Moscovo está a observar todas estas variáveis com extrema cautela. Isto reflecte-se, por exemplo, em como a irreprimível porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, no início desta semana, embalou um aviso diplomático muito sério: "A queda de um SU-25 arménio por um F-16 turco, tal como afirmado pelo Ministério da Defesa da Arménia, parece complicar a situação, pois Moscovo, com base no tratado de Tashkent, é obrigada a oferecer assistência militar à Arménia".

Não é de admirar que tanto Bacu como Ierevan tenham recebido a mensagem e estejam a negar firmemente que tenha acontecido alguma coisa.

O facto chave continua a ser que enquanto a Arménia propriamente dita não for atacada pelo Azerbaijão, a Rússia não aplicará o tratado da CSTO e não intervirá. Erdogan sabe que esta é a sua linha vermelha. Moscovo tem tudo o que é preciso para o colocar em sérios problemas – como cortar o fornecimento de gás à Turquia. Moscovo, entretanto, continuará a ajudar Ierevan com inteligência e hardware – vindo de avião do Irão. Regras da diplomacia – e o objectivo final é mais um cessar-fogo.

Puxar a Rússia de volta para dentro

O Sr. C avança a forte possibilidade – e tenho ouvido ecos de Bruxelas – de que "a UE e a Rússia encontrem uma causa comum para limitar os ganhos do Azerbaijão (em grande parte porque Erdogan não é o tipo favorito de ninguém, não só por causa disto mas por causa do Mediterrâneo Oriental, Síria, Líbia)".

Isto coloca em primeiro plano a importância renovada do Conselho de Segurança da ONU na imposição de um cessar-fogo. O papel de Washington, neste momento, é bastante intrigante. É claro que Trump tem coisas mais importantes a fazer neste momento. Além disso, a diáspora arménia nos EUA inclina-se drasticamente a favor dos democratas.

Assim, para resumir tudo, há o importantíssimo relacionamento Irão-Arménia. Aqui está uma tentativa vigorosa de o por em perspectiva.

Como enfatiza o Sr. C, "o Irão favorece a Arménia, o que é contra-intuitivo à primeira vista. Assim, os iranianos podem ajudar os russos (canalizando abastecimentos), mas por outro lado têm um bom relacionamento com a Turquia, especialmente no negócio do contrabando de petróleo e gás. E se o seu apoio for demasiado claro, Trump tem um casus belli para se envolver e os europeus podem não gostar de acabar do mesmo lado que os russos e os iranianos. Isto só parece mau. E os europeus detestam parecerem maus".

Voltamos inevitavelmente ao ponto em que todo o drama pode ser interpretado da perspectiva de um golpe geopolítico da NATO contra a Rússia – conforme bastantes análises que circulam na Duma [parlamento russo].

A Ucrânia é um buraco negro absoluto. Há o impasse bielorrusso. O Covid-19. O circo Navalny. A "ameaça" ao Nord Stream-2.

Fazer a Rússia regressar ao drama Arménia-Azerbaijão significa voltar a atenção de Moscovo para o Cáucaso para que haja mais liberdade de acção turca noutros teatros – no Mediterrâneo Oriental contra a Grécia, na Síria, na Líbia. Ancara – insensatamente – está envolvida em guerras simultâneas em várias frentes e praticamente sem aliados.

O que isto significa é que ainda mais do que a NATO, monopolizar a atenção da Rússia no Cáucaso, acima de tudo, pode ser proveitoso para o próprio Erdogan. Como o Sr. C salienta, "nesta situação, a alavancagem/"carta de trunfo" de Nagorno-Karabakh nas mãos da Turquia seria útil para negociações com a Rússia".

Não há dúvida: o sultão neo-otomano não dorme nunca.

03/Outubro/2020

Ver também:

  RIA: 430 more Syrian mercenaries deployed in Azerbaijan

  Russia calls for withdrawal of terrorists, fighters from Karabakh conflict zone

  Será o Artsakh (Carabaque) a tumba de Erdogan ?

  Conflict between Armenia and Azerbaijan flares again over disputed Nagorno-Karabakh region

[*] Jornalista. Muitos do seus livros encontram-se aqui .

O original encontra-se em www.strategic-culture.org/...

Este artigo encontra-se em https://resistir.info/ 

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