Segundo a ONU, terroristas suspeitos de pertencer ao Boko Haram mataram agricultores que estavam a trabalhar nos campos no estado de Borno. Presidente nigeriano condena o massacre.
As Nações Unidas anunciaram este domingo (29.11) que pelo menos 110 civis foram mortos por elementos suspeitos de pertencer ao grupo jihadista Boko Haram numa aldeia na região nigeriana de Borno.
"Este incidente é o ataque direto contra civis mais violento já registado este ano. Os perpetradores deste ato hediondo e sem sentido têm de ser levados à Justiça", afirmou Edward Kallon, coordenador humanitário da ONU na Nigéria.
No início da tarde de sábado (28.11), homens armados chegaram em motocicletas nos campos de Koshobe e lançaram um ataque brutal contra homens e mulheres agricultores que estavam a trabalhar. Os 110 civis "foram mortos friamente" e houve muitos feridos, acrescentou Edward Kallon. Algumas pessoas foram mortas a tiro e outras foram degoladas.
O ataque ocorreu num arrozal
localizado a menos de
Governo condena ataque
Nenhum grupo terrorista assumiu a autoria do ataque. O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, condenou veementemente o massacre.
Pelo Twitter, o porta-voz presidencial, Garba Shehu, publicou um comunicado do chefe de Estado nigeriano: "Eu condeno os assassinatos dos nossos trabalhadores agricultores que foram cometidos por terroristas no estado de Borno. Todo o país está ferido devido a esses assassinatos sem sentido".
Este foi um dos ataques mais mortíferos registados nesta região e ocorreu em dia de eleições para os representantes regionais e conselheiros dos 27 círculos eleitorais do estado de Borno. Estas eram as primeiras eleições organizadas desde o início da insurgência do Boko Haram, em 2009.
Desde aquele ano, mais de 36.000 pessoas foram mortas e mais de dois milhões tiveram de abandonar as suas casas, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR). Em outubro, 22 agricultores foram mortos nas suas terras, também no estado de Borno.
Deutsche Welle, com agências
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