sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Mortes aceleram em Portugal: 52 óbitos por covid-19 e 5550 novos casos

Novo máximo de infetados no segundo pior dia em mortes

Portugal regista, esta sexta-feira, 5550 casos de covid-19, o registo mais elevado desde o início da pandemia, neste que é o segundo pior dia a nível de mortes, com 52 óbitos. O número de internados também bate recordes.

Foram contabilizados, face a ontem, mais 5550 infetados com o novo vírus, de acordo com o boletim epidemiológico desta sexta-feira, que passa a ser o dia com mais casos de covid-19, à frente do anterior recorde de dia 30 de outubro, quando foram contabilizados 4656 contágios. Recorde-se que o boletim de quarta-feira mostrou aquele que parecia ser o valor mais alto de casos, mas os 7497 infetados então apresentados incluíam "o somatório de 3570 casos" de dias anteriores. Do total de 166.900 infetados desde março, 70.354 correspondem a doentes ativos, dos quais 3197 foram registados até à meia-noite. Com mais 2301 recuperações, o total de recuperados sobe para 93.754.

Os números relativos a doentes internados também voltam a registar novos máximos: há agora 2425 pessoas em internamento hospitalar (mais 63 do que ontem) e 340 em unidades de cuidados intensivos (mais 20).

Cerca de 54% das novas infeções (3006) estão na região Norte, onde já foram registados, ao todo, 78.461 casos. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 1495 novos infetados, em 65.869, e depois a região Centro, onde há mais 676 casos, em 15.045. O Alentejo soma mais 194 casos (em 3312) e o Algarve mais 156 (em 3285). O arquipélago da Madeira soma mais quatro infetados, com um total de 515, e nos Açores há mais nove casos, em 413.

Segundo dia com mais mortes, duas na casa dos 50

Morreram em Portugal mais 52 pessoas, elevando para 2792 o número total de mortes por covid-19 (1432 homens e 1360 mulheres). Trata-se do segundo pior registo de vítimas mortais, só atrás das 59 mortes reportadas na quarta-feira, 4 de novembro. É também o Norte a região onde foram registados mais óbitos, 25. Em Lisboa e Vale do Tejo, registaram-se 13, no Centro oito e no Alentejo seis.

Como tem vindo a ser regra, a grande maioria das vítimas (36) tinha 80 anos ou mais - 19 homens e 17 mulheres. Com 70 a 79 anos, morreram 10 pessoas (oito homens e duas mulheres) e ainda três homens e uma mulher na faixa etária dos 60-69, e um homem e uma mulher na faixa dos 50-59.

Rita Salcedas | Jornal de Notícias

PSD/CHEGA | Aliança protofascista nos Açores

Chega anuncia acordo com PSD sobre Governo na Região Autónoma dos Açores

Em comunicado assinado por André Ventura, o Chega garante que vai viabilizar o governo de direita nos Açores, após ter chegado a pontos de convergência com o PSD em “assuntos fundamentais para a Região Autónoma dos Açores e para o país”.

“O futuro Governo regional comprometeu-se a alcançar as metas de redução significativa de subsidiodependência na região e de criação de um gabinete regional de luta contra a corrupção, tendo-se comprometido também com desencadear, nos termos das suas competências próprias, um projeto de revisão constitucional regional que inclua, entre outros aspetos, a redução do número de deputados na região autónoma dos Açores”, pode ler-se no comunicado.

O Chega diz que o PSD, no projeto de revisão constitucional que vai entregar na Assembleia da República, “contemplará, entre outros aspetos, a redução do número de deputados e a vontade de fazer uma profunda reforma no sistema de Justiça, que se tem mostrado incapaz de responder às necessidades do País, e que é um dos grandes objetivos do CHEGA”.

“Estes não são todos os pontos que gostaríamos de ver transpostos para uma revisão constitucional, mas representam a garantia que teremos um dos grandes partidos a defender pontos de vista que consideramos muito importantes na revisão constitucional que entendemos que o País deve fazer”, afiança o partido.

Portugal | O recolher obrigatório é uma estupidez e um abuso

As leis, mesmo na pandemia, têm de ser “necessárias e proporcionais”. Proibir passeios à beira-mar depois da meia-noite não é uma coisa nem outra.

Manuel Carvalho | Público | editorial

O decreto presidencial que declara o estado de emergência seguiu, como se esperava, para a Assembleia, e, visto no seu todo, só pode merecer uma rejeição absoluta de quem ainda não percebeu a gravidade da situação sanitária em que vive o país. Ninguém questiona a medição da temperatura à entrada de edifícios, uma prática cada vez mais banal; ninguém de bom senso questiona a necessidade de o Governo poder alocar funcionários públicos a tarefas de rastreio e acompanhamento de surtos de covid-19; com a mais que provável exigência do Presidente, que transformou a requisição civil de recursos dos hospitais privados na procura de acordos “com justa compensação”, os riscos de prepotência do Estado sobre os direitos da propriedade ficaram mitigados.

Mas, se o alcance global do decreto pode ser facilmente entendido como necessário e proporcional, quando chega o capítulo do recolher obrigatório, fica tudo estragado. Chega a vez do ruído e do exagero que contamina o espírito do diploma. Na narrativa do decreto, esta medida excepcional que se associa a situações de guerra ou a imposições ditatoriais aparece com uma terminologia suave: “Proibição de circulação na via pública durante determinados períodos do dia ou determinados dias da semana.” E o medo de chamar as coisas pelos nomes não fica por aqui: diz o decreto que as medidas serão decididas “na medida do estritamente necessário e de forma proporcional”.

O recolher obrigatório, dissimulado ou não em palavras mansas, faz parte daquela categoria de iniciativas valentes em que o Governo se arrisca a fazer entradas de leão e saídas de sendeiro, tal como na obrigatoriedade da StayAway Covid ou na proibição de circular no dia de Finados, que, afinal, não passou de uma “recomendação agravada” com mil excepções. Não basta a uma medida ter segurança jurídica para ser útil; tem de ter lógica. O recolher obrigatório não tem lógica alguma.

Estão a ver as “autoridades públicas competentes” de um concelho decidir que não podemos passear o cão ou visitar a namorada depois das 23h das quintas ou sextas? Ninguém entenderá por que razão não pode aproveitar a solidão da noite para caminhar, quando o risco de contágio é mínimo. Se for para evitar que os jovens, apesar do encerramento dos bares, se juntem, a medida será ineficaz – basta esperar pela madrugada; se for para forçar o dever cívico de recolhimento, é uma iniciativa supérflua.

As leis, mesmo na pandemia, têm de ser “necessárias e proporcionais”. Proibir passeios à beira-mar depois da meia-noite não é uma coisa nem outra, é um abuso, que se arrisca a contaminar com a estupidez um conjunto de medidas necessárias e proporcionais.

Os tempos (ventos) que correm

Maria João Antunes | AbrilAbril | opinião

No conjunto de medidas anunciadas pelo governo no passado dia 31 de Outubro, a proibição da realização de feiras e mercados de levante é particularmente útil para se compreender os dias que vivemos. Deixemos de parte que o governo, entretanto, face ao descontentamento e à contradição evidente, deu o dito pelo não dito e deixou às autarquias o poder de decidir sobre a realização ou não das feiras. Deixemos também de parte o outro exercício recente de testagem da capacidade de encaixe da população, na gíria o vulgar «atirar o barro à parede», com a proposta de obrigatoriedade de utilização da aplicação StayAway COVID. Atentemos na contradição evidente entre proibir mercados de produtos essenciais ao ar livre e manter abertos centros comerciais, supermercados e hipermercados.

O que esta contradição mostra é que, por um lado, o governo está neste momento, e já há algum tempo, a formular medidas sem o mínimo de fundamentação científica e sem qualquer decoro em violar direitos fundamentais inscritos na lei fundamental do País, a Constituição da República Portuguesa. Por outro lado, mostra que no combate à Covid-19 o governo estará disposto a quase tudo, desde que isso não colida com os interesses das grandes empresas e monopólios. Só assim se explica a operação em torno das feiras que, a concretizar-se, canalizaria para os grandes centros comerciais, supermercados e hipermercados o pouco negócio que ainda escapa aos grandes distribuidores e que condenaria os feirantes e suas famílias à pobreza.

A tentativa de proibição de feiras por estes dias e o seu efectivo encerramento durante algum tempo a partir de Março deste ano resume plenamente a operação em curso desde essa altura no nosso país e no mundo.

Trata-se de uma operação gigantesca de concentração de capital, que tem como objectivo primeiro aumentar a exploração do trabalho e que se tem servido de todos os instrumentos e estratégias possíveis para ser bem-sucedida. Uma operação do capital bem acompanhada por uma outra operação, essa de terrorismo desinformativo por parte dos meios de comunicação social, também eles nas mãos dos grandes grupos económicos, e que vai abrindo caminho a que os trabalhadores aceitem os novos termos da exploração do seu trabalho. Uma operação que não tem qualquer relação com saúde pública ou fundamentação científica a não ser a utilização da «crise sanitária» como pretexto para os seus verdadeiros intentos. Afirmação que se prova diariamente pela relação entre aquilo que ganhamos com as medidas de «protecção» e o que perdemos.

Neste ponto é importante relembrar as reflexões sobre os picos na mortalidade feitas no início de Outubro e reafirmar que, passado um mês, essas mesmas reflexões mantêm toda a actualidade. Apenas a título de exemplo, veja-se o caso de França, que na semana 43, de 19 a 25 de Outubro, tem um z-score de -2.28, ou seja de mortalidade abaixo do expectável, e que, mesmo assim, decretou confinamento geral até 1 de Dezembro e teletrabalho obrigatório.

Cortaram o pio a Trump e também cortam a muito milhões todos os dias

Nesta manhã chuvosa, moderadamente fria e de trovoada, chegámos ao Expresso Curto, Ricardo Marques é o autor e o Expresso é do tio Pinto Balsemão/Impresa. Exatamente neste Curto vamos de encontro ao livro Monte Ibuki (uma montanha no Japão), muito menor que a montanha Trump e a ainda mais alta montanha EUA. E é de tudo isso que o Curto trata neste dia sem sol - parece que por todo o país, Portugal. Adiante.

As eleições nos EUA estão para lavar e durar vai para três dias. O golpista Trump continua a gerar confusão e a gritar “aqui-del-rei que fui roubado nos votos que não contaram”. Tudo encenação (ou talvez não), dizem por muitos órgãos de comunicação social dos EUA e do mundo. Chegaram ao ponto extremo de cortar o pio a Trump nas principais redes de televisão lá do burgo dos hamburgers (ao que isto chegou). Pode saber sobre isso também aqui no PG. Roubámos e publicámos em Televisões cortam discurso de Trump e desmentem presidente, Fox incluída, depois vá ler, se estiver com disposição para tal.

Queremos demonstrar e alertar para que os EUA estão numa fase de enorme bagunça. Convém que acompanhe para medir o grau de descredibilização que merece aquele país imperial, que assim continuará com o mais que provável vencedor eleitoral de nome Biden, com mais de 70 anos e já taralhoco – o que convém ao sindicato do capital, do fomento de guerras e de outras maldades globais. Quanto mais taralhoco mais fácil de aquiescer e ser dócil nos interesses desses “patrões do costume”. Adiante.

Agora, por aqui, não queremos dar mais para este peditório Trump-Biden. Basta. Adiante.

Mais em baixo dispusemos um título que ao de leve vamos abordar: “Pandemia agrava pobreza e leva milhares a pedir prestações sociais”. Texto da Lusa, veiculado por Notícias ao Minuto e outros.

Que a pandemia agrava pobreza… Olha a novidade. Claro que sabemos que qualquer coisa é sempre pretexto para agravar a pobreza, nunca a riqueza. Por acaso nem é por isso que os das riquezas se deixam de chorar e virarem as tetas do Estado para seus cofres, mamando milhões. O grande patronato assim faz. Os banqueiros assim fazem. Os do costume da mama que nunca acaba assim fazem. E o Estado “abre-se” todo, mais ainda que a prostituta mais largueirona do mundo, a Lecas. Tem sido assim, é assim, será sempre assim enquanto existirem políticos que representam os interesses dos ricos em detrimento dos pobres, dos trabalhadores… Até porque esses não lhes podem proporcionar “doações” chorudas, nem lhes reservar “tachos” em empresas e grupos dos riquinhos abastados por cá e nos offshores. Pois.

E então? Já perceberam porque é que estamos sempre na mó de baixo? Percebe porque as crises são sempre reservadas para os que menos têm? E que até são benéficas para os que muito têm? Pois. Sabemos que já sabiam. Pior é que deixamo-nos andar, andar… a caminho da fome e da miséria caladinhos, sem mugir nem balir. E Portugal até tem um governo dito socialista. Tem? Pois. Olhem se não tivesse!

Por acaso até já há por aí quem aconselhe que se chame o Passos Coelho, o Múmia Cavaco, o Portas e o Chicalhão. Provavelmente supervisionados pelo fascista descarado (ainda não muito) Chega Ventura… Pois.

Por agora terminamos, tem de ser. A chuva já pinga na secretária porque o telhado está em mau estado. Sim, e Portugal também tem um mau Estado, maus governos que se “governam” e “governam” os mesmos de sempre.

É a vida. Nascemos para sermos explorados… em democracia. Mas porque será que cada vez mais até parece que estamos em era salazarista da modernidade? Que coisa!

Bom dia  e a melhor contenção à miséria que já assola tantos e de futuro pior será. Sorria, a vida é ingrata mas é vida e os penúrias fazem falta para serem explorados, escravizados, o mais possível. Pois. Até depois, se não nos cortarem o pio. Já estivemos mais longe disso.

MM | PG

Portugal | Galamba pondera apresentar queixa-crime no caso do hidrogénio

O secretário de Estado da Energia, João Galamba, também pretende apresentar queixa-crime por eventual denúncia caluniosa, na sequência da investigação relacionada com o projeto do hidrogénio verde em Sines, noticiada hoje, informou o Ministério do Ambiente.

Em comunicado divulgado pelo ministério tutelado por João Pedro Matos Fernandes, é intenção de João Galamba "apresentar queixa-crime contra a denúncia caluniosa" e vai "transmitir à Procuradoria Geral da República (PGR) a sua total disponibilidade para prestar os esclarecimentos necessários".

De acordo com a revista Sábado, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e o secretário de Estado Adjunto e da Energia estão a ser investigados por causa de um projeto de hidrogénio verde em Sines, um inquérito que, segundo a PGR, não tem arguidos constituídos.

A revista escreve que Siza Vieira e Galamba estão a ser investigados por "indícios de tráfico de influências e de corrupção, entre outros crimes económico-financeiros".

Pandemia agrava pobreza e leva milhares a pedir prestações sociais

PORTUGAL

Milhares de pessoas recorreram à Segurança Social entre março e setembro para requerer uma prestação social, havendo quase 12 mil novos beneficiários do Rendimento Social de Inserção, uma tendência "expectável" perante um possível agravamento da situação de pobreza.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Social (ISS), entre março (quando foi decretado o estado de emergência por causa da pandemia provocada pela covid-19) e setembro, 32.036 pessoas pediram à segurança social para receber o Rendimento Social de Inserção (RSI), uma prestação social para quem está em situação de pobreza extrema.

Significa isso que neste período de oito meses, o ISS recebeu, em média, cerca de 152 pedidos por dia, mais de 4.500 por mês, de pessoas ou famílias em situação de carência socioeconómica.

Já em relação ao número de pessoas que efetivamente passou a receber esta prestação social, os dados do ISS mostram que nestes oito meses entraram mais 11.554 novos beneficiários, enquanto no ano passado, entre março e setembro de 2019, houve um decréscimo de 11.026 pessoas.

Após três dias, EUA ainda não conhecem Presidente. Será hoje?

Os Estados Unidos continuam sem saber quem vai ser o próximo inquilino da Casa Branca

À medida que as horas vão passando, e os votos sendo contados, Joe Biden vai alargando a sua vantagem em relação a Donald Trump. Porém, tudo continua em aberto, ainda que não haja indícios de que possamos assistir a uma reviravolta nos resultados até agora conhecidos.

Recorde-se que são necessários 270 votos do colégio eleitoral para garantir a presidência dos Estados Unidos. Dados atualizados da Fox News, dão conta de que Joe Biden conta com 264 delegados, contra 214 de Trump. Falta neste momento, concluir a contagem em cinco estados, nomeadamente: Nevada, Pensilvânia, Georgia, Carolina do Norte e Alaska.

Dados atualizados referem que nos Estados onde falta concluir a contagem, os resultados de quem lidera, atualmente, em cada um deles, é o seguinte:

Georgia - Trump +463 votos

Nevada - Biden +11 438

Pensilvânia - Trump +18.229 votos

Carolina do Norte - Trump +76.737 votos

Alaska - Trump +51 382

O condado de Clayton, na Geórgia, tem apenas 3.500 de um total de 30 mil votos por correspondência por contar, disse a diretora do conselho eleitoral do condado, Shauna Dozier, à CNN.

Donald Trump continua a alegar que existe fraude nas eleições deste ano. Há poucos minutos, o republicano recorreu ao Twitter para mostrar o seu descontentamento com o rumo que as eleições estão a tomar, afirmando que se "esta contagem fosse legal, venceria facilmente" as presidenciais.

Joe Biden afirmou, esta quinta-feira, 5, que "não tem dúvidas" de quando a contagem terminar, que o partido democrático será o vencedor. "Cotinuamos a sentirmo-nos muito confiantes quanto ao rumo que isto está a tomar", afirmou o candidato, acompanhado por Kamala Harris.

Vídeos e comentários publicados por manifestantes na rede social Twitter dão conta de um forte dispositivo policial, em Nova Iorque, que em muitos casos não se compara à escassa presença de civis, depois de detenções alegadamente arbitrárias e utilização de técnicas de intimidação e dispersão.

Media contra discurso de Trump. Algumas das principais estações de televisão dos Estados Unidos, como ABC, CBS e NBC, cortaram o discurso do Presidente no horário nobre, enquanto a Fox News, referência informativa do Partido Republicano, desmentiu as alegações de Donald Trump. Em causa estão as constantes acusação de fraude eleitoral, referidas por Donald Trump.

Vários republicanos afastaram-se das tentativas de Donald Trump declarar vitória sem fundamento e parar a contagem de votos em vários Estados, deixando-o sem aliados importantes enquanto continua atrás de Joe Biden na disputa eleitoral.

Os juízes na Geórgia e Michigan rejeitaram os processos judiciais apresentados pela campanha de Donald Trump, contrariando a estratégia de ataque à integridade do processo eleitoral em estados cujos resultados podem ditar a derrota do presidente nas eleições.

A maior parte dos manifestantes republicanos que protestavam contra a contagem dos votos por correspondência na cidade de Filadélfia, Pensilvânia, abandonou o local, durante a noite, fazendo aumentar a discoteca dos democratas que cresceu para o meio da rua.

Mais de 24 horas depois de ter comparecido numa conferência de imprensa para declarar vitória nas eleições norte-americanas e falar numa tentativa de fraude no processo de contagem de votos, Donald Trump fez uma nova declaração, na noite desta quinta-feira, e voltou a insistir na ideia de que estão a tentar roubar-lhe o triunfo nas eleições. O presidente não apresentou, no entanto, provas que sustentassem estas afirmações.

O Notícias ao Minuto continua a acompanhar todo o processo, naquele que se considera poder ser o dia decisivo para saber quem é o próximo presidente dos Estados Unidos. Leia mais em Notícias ao Minuto.

Andreia Pinto | Notícias ao Minuto (texto parcial) | Imagem: Reuters

Televisões cortam discurso de Trump e desmentem presidente, Fox incluída

Algumas das principais estações de televisão dos Estados Unidos, como ABC, CBS e NBC, cortaram o discurso do Presidente no horário nobre, enquanto a Fox News, referência informativa do Partido Republicano, desmentiu as alegações de Donald Trump.

A divisão no canal de notícias conservador está a aprofundar-se cada vez que Trump repete as alegações de fraude eleitoral.

"Não vimos nada que constitua fraude ou abuso do sistema", disse o correspondente da Casa Branca para a Fox News, John Roberts, em direto, da mesma sala de imprensa em que o Presidente falara segundos antes.

Nos estúdios, em Nova Iorque, os apresentadores repetiam continuamente. "Não vimos nenhuma prova".

Horas depois, em programas de opinião noturnos, a apresentadora da Fox News, Laura Ingraham, deu uma volta de 180 graus e questionou num editorial o facto do voto pelo correio ser contado, afirmando que "a América deve encontrar o vencedor na noite das eleições ou na manhã seguinte".

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