A campanha eleitoral para a
segunda volta das eleições presidenciais
Na corrida presidencial estão o candidato apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI, oposição), Carlos Vila Nova, e Guilherme Posser da Costa, que tem o apoio do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD, no poder).
Carlos Vila Nova é engenheiro de formação e foi por duas vezes ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais nos governos da ADI, do então primeiro-ministro Patrice Trovoada.
Vila Nova, que venceu a primeira volta das presidenciais com 43,3% dos votos, disse na sua última declaração à imprensa que está "confiante na força e na vontade popular".
Guilherme Posser da Costa foi o segundo candidato mais votado na primeira volta, registando 20,7% dos votos. Advogado e antigo primeiro-ministro são-tomense, Posser da Costa, na sua mais recente declaração à imprensa, defendeu que "o povo ainda não escolheu um vencedor" e afirmou-se como candidato que "sempre tem pugnado pela paz, pela estabilidade quer social, quer institucional, como garantia necessária para o progresso de São Tomé e Príncipe".
Continuidade de funções de Evaristo Carvalho?
A segunda volta decorre ainda sob a incerteza quanto à continuidade em funções do Presidente da República em exercício, Evaristo Carvalho, que completa cinco anos de mandato em 3 de setembro.
O presidente do Parlamento, Delfim Neves, considera que "o mandato do Presidente da República não é prorrogável", por isso Evaristo Carvalho deverá deixar a presidência a partir de 03 de setembro, devendo o cargo ser ocupado interinamente pela segunda figura do país que é o Presidente da Assembleia Nacional.
A ADI e o MLSTP-PSD são contra a posição de Delfim Neves e consideram que o Presidente Evaristo Carvalho deve continuar em funções até à tomada de posse do seu sucessor.
Delfim Neves disputou a primeira volta das presidenciais e interpôs um recurso no Tribunal Constitucional para a recontagem dos votos. Este processo paralisou o tribunal, com os juízes divididos sobre a necessidade de recontagem dos votos, que acabou por ser recusada, e gerou uma crise política que atrasou a marcação da segunda volta.
De acordo com a Comissão
Eleitoral Nacional (CEN) 123.302 eleitores estão inscritos nos cadernos
eleitorais, sendo 108.609 residentes
Deutsche Welle | Lusa
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