Fuga de terroristas de Cabo Delgado gera "alerta máximo" na Tanzânia e no Quénia
Ofensiva militar
O comissário de Operações e
Formação da Polícia da Tanzânia, Liberatus Sabas, não exclui a possibilidade de
o ataque terrorista da semana passada em Dar es Salaam estar ligado às
operações militares
O alegado retorno de suspeitos de terrorismo em fuga de Cabo Delgado tanto à Tanzânia como ao Quénia provocou "alerta máximo” nas agências de inteligência destes dois países, segundo o jornal.
Na semana passada, o Quénia e a Tanzânia registaram incidentes ligados ao terrorismo. Na quarta-feira, Hamza Hassan Mohamed, de 29 anos, matou quatro pessoas e feriu outras seis na cidade mais populosa da Tanzânia. O atirador foi morto pela polícia.
Dois dias antes, a polícia queniana em Mombaça prendeu dois suspeitos de terrorismo - um dos quais é tanzaniano. Foram apreendidos dois fuzis AK-47 e explosivos. Eles estaria a planear um ataque no aniversário da morte do clérigo muçulmano radical Sheikh Aboud Rogo, morto em 2012 em Mombaça.
QuenianosSegundo a reportagem do The East African, assinada pelo jornalista, Allan Olingo, cúmplices dos dois suspeitos detidos em Mombaça - que ainda se encontram em liberdade - tinham estado recentemente em Moçambique e na República Democrática do Congo.
O norte de Moçambique está a ser visto como o mais recente santuário para terroristas do Quénia, Tanzânia, Uganda, Somália, Iémen, República Democrática do Congo e Ruanda.
O texto lembra que, em março, relatórios dos serviços secretos quenianos assinalaram vários cidadãos, especialmente da região da costa do Quénia, como tendo entrado nas fileiras dos insurrectos moçambicanos.
Os relatórios indicavam que vários jovens que tinham sido radicalizados pelo falecido clérigo Aboud Rogo se encontravam entre os combatentes que foram para o norte de Moçambique. Alguns dos jovens terão fugido para Moçambique após a morte de Rogo.
MP | Deutsche Welle
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