Moçambique | Cabo Delgado: Tropa da SADC vai começar combates "muito rapidamente"
O ministro da Defesa de Moçambique assegurou que a força militar da SADC vai começar "muito rapidamente" a combater os grupos armados na província de Cabo Delgado.
Citado esta segunda-feira (19.08) pelo jornal Notícias, o principal diário do país, o ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto, afirmou: "Acredito que muito rapidamente a ofensiva da SADC vai iniciar".
Neto avançou que a Força em
Estado de Alerta da SADC está a posicionar-se em locais estratégicos
A Força em Estado de Alerta para o combate aos grupos armados na província de Cabo Delgado foi lançada a 9 de agosto deste ano, mas ainda não foram relatadas ações de combate da missão.
Não é conhecido o número de efetivos militares que a organização enviou para Moçambique, mas peritos da organização já tinham estimado em cerca de três mil o número de homens que deviam integrar a missão.
"Resultados visíveis"
Nas declarações, o ministro da
Defesa referiu-se às operações conjuntas já em curso entre as forças
governamentais de Moçambique e do Ruanda, assinalando que "já há
resultados visíveis" na luta contra os rebeldes
"Os resultados da operação conjunta são visíveis, pois já se pode caminhar livremente dos distritos de Mueda até Palma", destacou Jaime Neto.
Neto avançou que as duas forças estão a progredir em direção aos principais redutos dos insurgentes, visando desalojá-los das suas principais bases.
O Ruanda destacou para Moçambique um contingente de 800 militares e 200 polícias para o combate aos grupos armados, no âmbito de um acordo bilateral com Maputo.
A luta contra os insurgentes ganhou um novo impulso, quando no dia 8 forças conjuntas de Moçambique e do Ruanda reconquistaram a estratégica vila portuária de Mocímboa da Praia, que estava nas mãos dos rebeldes desde 23 de março.
A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é palco de ataques por grupos armados desde 2017. Já há mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.
Deutsche Welle | Lusa
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