Mídia dos EUA indiferente perante violência do exército contra civis no Afeganistão
A retirada precipitada dos Estados Unidos no Afeganistão envergonhou o mundo. O Aeroporto de Cabul, praticamente o único canal de retirada sob o controle dos militares americanos, assistiu a explosões sucessivas nos últimos dias, causando centenas de vítimas.
Após a explosão, para indignação da opinião pública internacional, os militares dos Estados Unidos atiraram flagrantemente contra a população, causando um grande número de vítimas graves de pessoas inocentes. Simultaneamente, bloquearam também a estrada nas proximidades do aeroporto após a explosão, provocando a morte de alguns feridos por não poderem receber tratamento oportuno.
Independentemente do motivo, atirar sobre civis é uma atrocidade que não pode ser ignorada pelo direito internacional. A Convenção de Genebra estipula claramente que o assassinato, a coerção, a tortura e a expulsão de populares pacíficos são proibidos na guerra, sendo que aqueles que não participam devem ser tratados com humanidade, independentemente das circunstâncias. No entanto, os Estados Unidos, que se orgulham de ser uma "polícia mundial", têm já um historial de episódios contra civis em várias partes do mundo.
Este tipo de atrocidades, que violam flagrantemente o direito internacional e a consciência humana, são incompatíveis e contrárias à imagem que os Estados Unidos sempre promoveram de “guardião dos direitos humanos”.
Em particular, face à morte de inocentes pelas tropas americanas no aeroporto de Cabul, a mídia americana, que sempre afirmou ser aquela com mais autoridade no mundo, manteve tacitamente um silêncio coletivo. Muitos internautas comentaram: "Atirar em civis é uma vergonha", "é isso o que o farol da democracia faz?", "Por que os países ocidentais não relatam esse tipo de notícia?"...
Esta estranha postura dos Estados Unidos reflete os consistentes "padrões duplos" da sua imprensa. A mídia americana qualifica os soldados americanos mortos no aeroporto de "heróis", os quais devem resolutamente ser “vingados”. O que chocou as pessoas de consciência em todo o mundo foi que a mídia dos EUA quase ignorou a tragédia do massacre do povo afegão pelos militares dos EUA. Entre eles, alguns meios de comunicação americanos descaradamente declararam esta uma “retirada estratégica”. Esse tipo de “embelezamento” do fracasso resultou em críticas da comunidade internacional, que constatou claramente que alguns meios de comunicação americanos consideram os princípios de reportagem verdadeira, objetiva e justa como um "artifício". Tudo isso põe em evidência uma vez mais a arrogância e o preconceito consistentes da mídia americana.
Na verdade, em relatórios internacionais - especialmente relatórios envolvendo interesses próprios - esse "padrão duplo" de certos meios de comunicação americanos e ocidentais pode ser visto em todo lado. Durante um longo período de tempo, da Guerra do Golfo à Guerra do Iraque e depois à invasão do Afeganistão, há inúmeros relatos na mídia dos EUA que rotulam os militares americanos como uma "justiceiros", que glorificam uma suposta "guerra da liberdade", e retratam seus oponentes como "criminosos contra a humanidade". Habitualmente, se auto-santificam "e medem arbitrariamente os valores e comportamentos de outros países com base em seus próprios padrões.
Atualmente, com as mudanças na ordem global, o desenvolvimento da tecnologia de comunicação e a prosperidade do mercado mundial da mídia, pessoas de vários países têm acesso mais conveniente às informações e a velocidade de atualização é cada vez mais rápida. O "duplo padrão" cego da mídia americana uma vez mais deixou claro perante o mundo que a hipocrisia é a essência da "liberdade de imprensa" americana.
Diário do Povo Online (Web editor: Fátima Fu, editor) | opinião
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