Huambo: Partidos políticos e sociedade civil marcham por eleições livres e transparentes
Um grupo de partidos políticos angolanos com representação parlamentar e membros da sociedade civil marcharam na tarde deste sábado (09.10), na cidade do Huambo, para exigir eleições livres e transparentes em Angola.
Com partida no velho estádio de futebol do Clube Ferrovia, a marcha no Huambo, Angola, percorreu algumas das principais vias da cidade até ao Largo das Escolas, no bairro académico, o local escolhido para o evento.
Na ocasião, foi lida uma declaração da marcha, em que os seus promotores assumiram a iniciativa como um novo marco, com os partidos e a sociedade civil a exigir das autoridades governamentais eleições livres, transparentes e justas.
Na declaração, os promotores chamaram atenção para o registo e atualização eleitoral, para evitar-se erros de anos anteriores.
Críticas ao registo eleitoral
Os partidos falam em desorganização e burocracia e falta condições para que os cidadãos obtenham o cartão de bilhete de identidade, além de outros documentos necessários para o seu registo eleitoral.
Apontam, como exemplo, a província do Huambo, que tem cerca de nove municípios, mas apenas três dispõem do Balcão Único de Atendimento Público - BUAP para atender os cidadãos, que reclamam demora e a falta de informações.
Os partidos acusam o partido governante, o MPLA, de adotar uma postura cínica na condução do processo e eleitoral, ignorando as contribuições e sugestões dos parceiros políticos.
"Fiscalizar processo eleitoral"
Falando em nome da direção central da União para Independência Total de Angola - UNITA, Abílio Camalata Numa disse que a marcha é uma iniciativa impar dos partidos políticos e cidadãos visando a fiscalização do processo eleitoral que, segundo o mesmo, é a única forma de controlar a fraude eleitoral.
Para Numa, a união dos partidos políticos da oposição numa frente patriótica representa uma oportunidade soberana de afastar o MPLA do poder em 2022.
José Adalberto (Huambo) | Deutsche Welle
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