domingo, 4 de abril de 2021

RADIOGRAFIA DA BARBÁRIE!

Martinho Júnior, Luanda 

OS FALCÕES DO “HEGEMON” COMEÇAM A NÃO TER MAIS ESPAÇO PARA SE ESCONDER!

O avassalador domínio da comunicação social global por parte dos interesses dos falcões anglo-saxónicos da barbárie, está a abrir cada vez mais brechas, por que se alargam as fissuras nas profundezas antropológicas, sociológicas e históricas dos seus termos, face aos olhos globais!

Na América o cadinho das culturas torna-se, à medida que o tempo passa e as experiências se acumulam, num obstáculo maior aos processos de domínio anglo-saxónico e o êxito das resistência nas artérias abertas por uma Cuba Revolucionária e pela Venezuela Bolivariana, inspiram a transversalidades de todas as sociedades, inclusive a complexa sociedade estado-unidense, onde os contraditórios fermentam exponencialmente de geração em geração, com reflexos na própria aristocracia financeira mundial.

O bloqueio mediático-informativo tende a desvanecer-se por via do desgaste provocado pelas contradições: dum lado a mescla das culturas hispânicas, autóctones e afrodescendentes, do outro a barricada antropológica do imperialismo “hegemon” e sua cultura eminentemente anglo-saxónica de natureza dominante, elitista e exclusivista!

A vergonha da mentira continuada procuram tapar as práticas de conspiração e, quando ficam a descoberto, a vergonha tolhe psicologicamente os que se empenharam nelas por via da guerra psicológica… que se perde em irada vergonha, cada vez mais vazia e inconclusiva!

Para além das capacidades críticas que arrastam sempre consigo as questões de fundo que se prendem à antropologia, à sociologia e à história, torna-se também cada vez mais possível o surgimento de brechas na relativa homogeneidade das burguesias nacionais, por que os vínculos de vassalagem das oligarquias tornam-se insustentáveis face aos projectos de vida, isolando os baluartes de representatividade de tendência capitalista neoliberal que estão cada vez mais em causa e sob assédio dos povos, tornando-se enquistadas ditaduras!

Por incrível que pareça, a figura desarticulada de Juan Guaidó veio dar uma ajuda: é fácil hoje detectar os fantoches Guaidós da União Europeia, expostos a olho nu!

A radiografia da barbárie vai-se evidenciando e é cada vez mais intensa no continente Euroasiático, na América e até na ultraperiferia africana agravada com o que foi semeado por via da Conferência de Berlim entre as potências coloniais, por que se tornou mais explícita de há dez anos a esta parte, quando a Líbia foi destruída, abrindo espaço à devassa da drenagem de riquezas aproveitando a disseminação do caos em direcção a sul!

De facto reedita-se em grande parte com novas fórmulas o que o império britânico fazia à Índia, antes da Iª Guerra Mundial, numa continuada rapina e pirataria!... (https://www.resistir.info/patnaik/patnaiks_mr_21fev21.html).

Em África as radiografias tornam-se mais intensas em função do contraditório entre os interesses das potências coloniais ávidas da matéria-prima e produtos tropicais que de há muito deixaram de possuir nos seus próprios espaços nacionais, da mão-de-obra barata ou escrava e da fuga de cérebros, que esvaem de conhecimento grande parte das capacidades humanas nos continentes que dão corpo físico-geográfico ao Sul Global!

Preço algum de matéria-prima alguma, é estipulada por africano algum e em África, ao se tomar consciência disso, não há alternativa senão a resistência, velada se não conseguir ser em aberto! (https://patrialatina.com.br/o-imperialismo-e-a-transformacao-de-valores-em-precos/).

Em todos os casos para o “hegemon”, o partido da guerra prevalece e por isso continua a IIIª Guerra Mundial, não declarada mas efectiva, contra os povos do Sul Global! (https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/01/11/ahi-esta-la-iii-guerra-mundial/).

Covid-19: o fracasso da abordagem ocidental

Thierry Meyssan*

A epidemia de Covid-19 atinge o mundo inteiro, todavia a sua mortalidade varia de 0,0003 % na China para 0,016 % nos Estados Unidos, quer dizer 50 vezes mais. Esta diferença pode explicar-se por particularidades genéticas, mas sobretudo por diferenças de abordagem. Ela atesta que o Ocidente já não é o centro da Razão e da Ciência.

Há já um ano atrás, a epidemia da Covid-19 chegava ao Ocidente, via Itália. Hoje, sabemos já um pouco mais sobre este vírus, no entanto, apesar dos conhecimentos, os Ocidentais persistem em encará-lo de maneira errada.

1- O que é um vírus ?

A ciência é por definição universal : ela observa e elabora hipóteses para explicar fe-nómenos. No entanto exprime-se através de línguas e de culturas diferentes que são fonte de quiproquó quando não se conhecem as suas especificidades.

Assim, os vírus são seres vivos segundo a definição europeia de vida, mas simples mecanismos segundo a definição anglo-saxónica de vida. Esta diferença cultural induz comportamentos diferentes entre cada um nós. Para os Anglo-Saxões, convêm destruir os vírus, enquanto para os Europeus tratar-se-ia — até ao ano passado — de nos adaptarmos a eles.

Eu não digo que uns são superiores ou inferiores aos outros, nem que sejam incapazes de agir de modo diferente ao induzido pela sua cultura. Digo simplesmente que cada um apreende o mundo à sua maneira. Temos que fazer um esforço para compreender os outros e só seremos verdadeiramente capazes de tal se estivermos abertos a isso.

Certo, o Ocidente forma um conjunto político mais ou menos homogéneo, mas ele é composto de, pelo menos, duas culturas muito diferentes. Mesmo quando os média (mídia-br) não cessam de minimizar essas diferenças, devemos sempre estar cientes delas.

Se acharmos que os vírus são seres vivos, deveremos compará-los a parasitas. Eles buscam viver a expensas do seu hospedeiro mas, sobretudo, a não o matar, já que assim eles próprios morreriam. Ora, eles tentam adaptar-se à espécie hospedeira variando até encontrar uma maneira de nela habitar sem a matar. As variantes da Covid-19 não são, portanto, os «cavaleiros do Apocalipse», mas, sim muito boas notícias em conformidade com a evolução das espécies.

O principio de confinamento de populações sãs foi lançado pelo Secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, em 2004. Não se tratava de lutar contra uma doença, mas de provocar um desemprego em massa para militarizar as sociedades ocidentais [1]. Isto foi difundido na Europa pelo Doutor Richard Hatchett, então conselheiro de Saúde do Pentágono e hoje presidente da CEPI. Foi ele quem, a propósito da Covid-19, inventou a expressão « Nós estamos em guerra ! », retomada pelo Presidente Macron.

Da mesma forma, se pensarmos que os vírus são seres vivos, não podemos dar crédi-to aos modelos epidemiológicos desenvolvidos pelo Professor Neil Ferguson, do Imperial College of London, e seus discípulos, como Simon Cauchemez do Conselho Científico do Eliseu. Por definição, o crescimento de um ser vivo não é exponencial. Todas as espécies se auto-regulam de acordo com o seu ambiente. Traçar a curva do início de uma epidemia e depois extrapolá-la é um absurdo intelectual. O Professor Ferguson passou a vida a predizer catástrofes que nunca aconteceram [2].

Fome, pandemia e a ONU em ponto morto

#Publicado em português do Brasil

Três especialistas alertam: em momento em que 265 milhões de pessoas estão ameaçadas pela carestia, entidade organiza Cúpula dos Sistemas Alimentares sem espaço para discussões cruciais, como a soberania alimentar e a Agroecologia

Michael Fakhri, Hilal Elver and Olivier De Schutter* | Outras Palavras

Os sistemas alimentares globais têm falhado com a maioria das pessoas há muito tempo, e a pandemia de covid-19 agravou a situação. 265 milhões de pessoas estão ameaçadas pela fome, um aumento de 50% em relação ao ano passado; 700 milhões sofrem de fome crônica; e mais 2 bilhões de desnutrição, com a obesidade e outras doenças relacionadas à dieta aumentando em todas as regiões do mundo.

Todos concordam que precisamos de soluções e de ações urgentes. A convocação da Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU deste ano pelo Secretário-Geral António Guterres foi, portanto, bem-vinda. No entanto, à medida que avançamos para momentos críticos no caminho para a Cúpula, continuamos com a profunda preocupação de que esta “cúpula dos povos” irá falhar com as pessoas que afirma servir.

Depois de mais de um ano de deliberações, os participantes da Cúpula se reunirão neste mês de outubro em Nova York para apresentar “princípios para orientar governos e outras partes interessadas que buscam alavancar seus sistemas alimentares” para apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Seremos informados de que os resultados foram endossados pelos grupos da sociedade civil que participaram e que foram coletadas propostas de “soluções” por dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo. E se outras soluções não existirem, seremos informados de que isso ocorre porque seus proponentes se recusaram a vir à mesa para dialogar.

Portugal | Apoios sociais: as declarações da Ministra não batem certo

José Soeiro | Expresso | opinião

António Costa decidiu travar uma batalha constitucional contra a decisão do Parlamento de alargar os apoios sociais, mesmo que, sobre a substância da questão – isto é, corrigir as regras dos apoios que fazem com que uma grande parte dos trabalhadores independentes com atividades encerradas esteja a receber pouco mais de 200 euros por mês – ninguém, incluindo o Primeiro-Ministro, se atreva a contestar o mérito da medida do Bloco que o Parlamento aprovou e o Presidente promulgou. A Ministra do Trabalho, por seu turno, parece empenhada em lançar confusão em torno do assunto, com argumentos e números que não batem certo. Vale a pena relembrar o que está em causa.

NENHUM DOS APOIOS QUE O GOVERNO RETOMOU EM JANEIRO ESTAVA PREVISTO NO ORÇAMENTO

O principal argumento de António Costa, quando anunciou que iria recorrer ao Tribunal Constitucional, foi que não podia estar a aplicar-se agora um apoio que não estava previsto no Orçamento. Acrescentou que “por iniciativa do Governo, já estão - e estarão - em vigor medidas de apoio aos trabalhadores independentes” e que “todas estas situações têm financiamento garantido no Orçamento do Estado. [Mas] o que a Constituição não permite é que, agora, o parlamento possa aumentar a despesa com estes apoios, para além do previsto no Orçamento que o próprio parlamento aprovou".

Ora, nenhum dos apoios em causa estava previsto no Orçamento para 2021. No debate de especialidade do Orçamento, foi chumbada a continuação, em 2021, do “Apoio Extraordinário à Redução de Atividade do Trabalhador Independente” (o que está agora em debate). Mas a 15 de janeiro, percebendo que a “nova prestação social” (chamada AERT – Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores) prevista no Orçamento não ia funcionar, o Governo repescou para os trabalhadores independentes estes apoios de 2020, que tinha chumbado em novembro, e anunciou novos apoios para a cultura. Fez bem, porque a “nova prestação social”, que foi a bandeira social do Orçamento, é um fracasso, chegando apenas a 39 mil pessoas, em vez das 250 mil que o Governo dizia. Ou seja, estamos sempre a debater apoios que não tinham previsão específica no orçamento, mas que todos reconhecem que são imprescindíveis e que o Governo sabe que tem margem para pagar.

Portugal | Marcelo afasta crise

Diz que aprovou alterações aos apoios sociais para salvar preventivamente o próximo orçamento

Presidente da República reagiu à decisão de promulgar as alterações aos apoios sociais aprovadas pela oposição contra vontade do Governo. Marcelo diz que o fez a pensar na estabilidade

"Não há crise nenhuma. Vou continuar com esta orientação para salvar Orçamentos do Estado, em nome da estabilidade, para salvar leis, por razões da crise, desde que isso não violente a Constituição". Foi desta forma que Marcelo Rebelo de Sousa comentou este sábado a sua decisão de promulgar as alterações aos apoios sociais aprovadas no Parlamento pela oposição contra a vontade do Governo.

"O que está aqui é uma salvação preventiva do Orçamento do Estado, à distância de uns meses", disse depois de uma visita a um lar de idosos em Lisboa. O Presidente da República garantiu assim que mantém a linha de atuação do primeiro mandato e continuará com a "salvação preventiva de orçamentos", justificando decisões com os tempos de crise, seja pandémica, seja económico-social.

"Temos um Plano de Recuperação e Resiliência. Temos um país numa crise económica e social profunda. Temos à nossa frente anos decisivos. Os dois [próximos] orçamentos são fundamentais para o Governo chegar a 2023. Se não, não chega. O que eu estou a fazer é uma salvação preventiva de orçamentos", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Há soluções, mas estão verdes

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Foi divulgado o Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho 2021. Como se sabe, em questões jurídicas e políticas o diabo esconde-se nos detalhes e nas interpretações que, em regra, acabam por ser as dos poderes dominantes.

Ora, hoje os trabalhadores e as suas organizações estão bastante fragilizados e o "futuro do trabalho" surge enquadrado por determinismos vindos do digital e das novas tecnologias. São secundarizadas as implicações das opções económicas e das políticas públicas, e não se considera devidamente o papel do trabalho na estruturação da proteção social.

Encontram-se neste Livro Verde formulações de interesse e de desinteresse. Abordá-las-ei depois de uma leitura e reflexão consistentes. Entretanto, como não se deve comprar gato por lebre, é preciso fomentar um amplo debate que aborde, simultaneamente, o conteúdo do livro e o cenário económico e político atual.

Há dinâmicas em curso, no plano nacional e europeu, que aproveitam a urgência da saída da crise para forçar um novo normal carregado das injustiças e dos mecanismos de exploração do velho normal. A Comissão Europeia não se cansa de relembrar que as chamadas bazucas virão acompanhadas de condições sujeitas a exame. Em Espanha, onde existe uma ministra (Yolanda Diaz), sensível às vozes do trabalho e interveniente de forma bem-sucedida, começaram já a chegar recados. A 31 de março o "El País" titulava "Bruxelas exige a Espanha uma reforma laboral integral e ambiciosa". E a notícia explicava o significado de integral e ambicioso para a Comissão: o Governo implementar a desastrosa reforma laboral da "resposta" à crise anterior, adotada pela Direita espanhola e europeia.

Covid-19 | Algarve no vermelho e variante britânica representa 70% dos casos

DGS e INSA divulgam o primeiro relatório sobre a monitorização das linhas vermelhas para a covid-19, que passará a ser publicado semanalmente às sextas-feiras.

O índice de transmissibilidade da covid-19 em Portugal está abaixo de 1 em todas as regiões do país, à exceção do Algarve (1,19), onde o número de casos tem vindo a subir. Em todo o país, a variante britânica do vírus já representa mais de 70% dos casos.

Estas são duas das conclusões do primeiro relatório sobre a monitorização das linhas vermelhas para a covid-19, publicado pela Direção Geral de Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Este relatório, onde se analisa a incidência a 14 dias, o índice de transmissibilidade, a evolução dos internamentos nos cuidados intensivos ou a proporção de testes positivos, passará a ser publicado semanalmente às sextas-feiras.

"A análise global dos diversos indicadores sugere uma situação epidemiológica controlada, ou seja, transmissão comunitária de moderada intensidade e de reduzida pressão nos serviços de saúde nas próximas semanas. Deve, no entanto, atentar-se ao aumento da transmissibilidade numa das regiões do continente. O atual período pascal e o início do desconfinamento são fatores que podem interferir nesta situação, com reflexos que demorarão algumas semanas a ser visíveis", concluem os especialistas.

Em 11 de março, na apresentação do plano de desconfinamento, o primeiro-ministro, António Costa, avisou que as medidas da reabertura serão revistas sempre que Portugal ultrapassar os "120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias" ou sempre que o Rt - o número médio de casos secundários que resultam de um caso infetado pelo vírus - ultrapasse 1.

Moçambique | Populações dispersas transportadas para Afungi

As populações dispersas em redor de Palma estão a ser transportadas pelas forças moçambicanas para Quitunda, na península de Afungi, disseram à Lusa duas pessoas que deixaram hoje o local.

População em fuga ou escondida em locais em redor estava a ser transportada para ali por helicóptero e estavam também a ser mobilizadas viaturas para as recolher.

Informação das Nações Unidas citava na sexta-feira dados da petrolífera Total segundo os quais havia 23.000 pessoas refugiadas em Quitunda, junto ao recinto da empresa.

As descrições de quem chega a Pemba apontam para o mesmo cenário: Embora sem quantificar referem que há muitas pessoas na zona com todo o tipo de necessidades básicas, desde logo, alimentação.

Timor-Leste | Pelo menos onze mortos em inundações na capital timorense

As cheias que atingiram hoje grande parte da cidade de Díli provocaram pelo menos 11 mortos, segundo um balanço atualizado, mas ainda provisório da Proteção Civil, estando as autoridades a planear a resposta de emergência.

Responsáveis do Governo e das várias estruturas de emergência estiveram reunidos de urgência no Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) para analisar os danos causados pelas cheias, que arrastaram casas, destruíram estradas e várias outras estruturas.

Entre as prioridades definidas nessa reunião alargada liderada pelo CIGC está o apoio à evacuação das zonas mais afetadas e ao realojamento de centenas de famílias afetadas pelas inundações em vários pontos da cidade.

Participantes no encontro explicaram à Lusa que as prioridades passam igualmente pelo apoio humanitário de emergência a todas as vítimas e pelas operações de limpeza e recuperação de infraestruturas danificadas.

Timor-Leste regista 51 recuperações e 37 novos casos de covid-19

DÍLI, 03 de abril de 2021 (TATOLI) – O Coordenador da Força Tarefa para a Prevenção e Mitigação do Surto de Covid-19 em Timor-Leste do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), Rui de Araújo, anunciou hoje a recuperação de 51 doentes infetados com covid-19 e 37 novos casos da doença.

Entre estas 37 novas infeções, 36 são do Município de Díli. O outro é de Covalima de um residente de Díli, que regressou à capital no dia 02 de abril.

“Entre os 37 casos ativos, 25 são de homens e 12 de mulheres. Quatro apresentam sintomas e os restantes 33 estão assintomáticos.

Há ainda 51 recuperações e um total de 447 casos ativos”, disse o coordenador num comunicado de imprensa.

Foram ontem apresentados 53 pedidos de autorização de entrada e saída do Município de Díli. O secretariado do CIGC deu resposta a todos por preencherem os

O CIGC apela a todos os habitantes que mantenham a tranquilidade e adotem medidas preventivas.

TATOLI -- Jornalista: Felicidade Ximenes | Editor: Francisco Simões |  Tradutor: Domingos Piedade Freitas

Timor-Leste | Díli vive situação de "calamidade" com inundações na cidade

Grande parte da cidade de Díli está inundada, com os leitos das principais ribeiras a transbordar, depois de três dias de chuva intensa, convertendo toda a capital timorense numa "zona de calamidade", disse à Lusa fonte da Proteção Civil.

Relatos da Protecão Civil e de residentes em vários bairros da cidade indicam que a água em alguns locais chega aos dois metros, com casas nas margens da ribeira de Comoro a serem arrastadas pelas águas.

Fonte da Proteção Civil disse à Lusa que ainda não é possível fazer um balanço da situação e apurar se há ou não vítimas, já que "toda a cidade é uma zona de calamidade".

Parte da Avenida de Portugal, ao longo do mar, onde estão situadas algumas das embaixadas, abateu, com as águas a entrarem nas casas, incluindo na delegação da Lusa.

Vários residentes, incluindo cidadãos portugueses, já tiveram de abandonar as suas casas, apesar de a circulação em Díli estar muito limitada, devido ao largo volume de água que se acumula.

Tentou-se usar Hong Kong para atingir Pequim e para ocidentalizar o país, diz especialista

Um especialista do Centro de Estudos ‘Um País, Dois Sistemas’ do Instituto Politécnico de Macau (IPM) disse à Lusa que se tentou usar Hong Kong para atingir Pequim e como base para ocidentalizar a China.

Em entrevista, Xu Chang lembrou ainda que na região administrativa especial chinesa foram entoados ‘slogans’ anti-China, anticomunistas e independentistas, o que era “estritamente proibido sob o domínio britânico”.

Ou seja, acusou, “tentou-se usar Hong Kong como uma base ou ponte para a ocidentalização e subversão da China”, algo que ficou patente nos protestos violentos de 2019, argumentou.

O académico, que desenvolve investigação na área do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, afirmou que parte da comunidade internacional não percebe a simplicidade da fórmula chinesa em vigor nas duas regiões administrativas especiais chinesas: “A parte principal do país forma um sistema socialista e Hong Kong e Macau mantêm o sistema capitalista original e permanecem inalterados”.

Ou seja, explicou, “‘Um País, Dois Sistemas’ é um arranjo institucional inabalável e imutável de longo prazo” e “os dois sistemas existem sob a premissa de um país”, tendo sido realizados “alguns ajustes realistas às circunstâncias especiais de Hong Kong”.

“Direitos humanos americanos” criam desastres e exportam ódio

Qin Chuan | People Daily | opinião

Em 17 de março, a 46ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas analisou os resultados da revisão dos direitos humanos nos Estados Unidos, a que foi alvo de críticas de diversos países.

As autoridades sírias inquiriram: quais são as qualificações dos Estados Unidos para se autodenominarem um "estado de direito"? Os Estados Unidos fogem às suas obrigações perante o direito internacional e procuram desculpas para a sua agressão militar e ameaças à unidade e integridade territorial de outros países. Os Estados Unidos devem emendar suas leis internas para cessar agressões militares a outros países sob pretexto da proteção da sua própria segurança nacional, ocupação de territórios de outros países, saque de recursos naturais e financiamento de atividades terroristas e separatistas.

Enquanto uma das vítimas da práticas dos direitos humanos nos Estados Unidos, a acusação da Síria está repleta de sangue e lágrimas. Com o passar dos anos, a prática dos direitos humanos nos Estados Unidos foi incorporada nas violações dos direitos humanos contra outros países. Para atingir seus interesses nacionais políticos, econômicos e de segurança, os Estados Unidos consideram, por um lado, os direitos humanos uma ferramenta estratégica que se faz sentir em toda parte como promotor de discórdia. Os conflitos étnicos e raciais daí decorrentes são numerosos e incontáveis.

Este ano é assinalado o 10º aniversário da guerra civil na Líbia. Depois da guerra, a Líbia não apenas falhou em alcançar a democracia política, a prosperidade econômica e a estabilidade social, como também ficou repleta de problemas. De acordo com os últimos dados do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, há ainda 278 mil líbios deslocados. O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu que a interferência na Líbia foi o maior erro de sua gestão.

Este ano é também o 10º aniversário da crise síria. A guerra de dez anos desferiu um sério golpe no desenvolvimento interno da Síria. De acordo com dados do Observatório Sírio de Direitos Humanos, o número de mortes causadas pela guerra pode ultrapassar as 500.000. Lamentavelmente, a crise síria ainda não terminou. O antigo país produtor de petróleo do Oriente Médio foi reduzido a uma fonte de refugiados da noite para o dia, e sendo que o que lhe resta é o "benefício" trazido pelos direitos humanos americanos.

A resgatar investidores ricos em países pobres

John Smith [*]

Em 2020, as nações ricas gastaram cerca de US$12 milhões de milhões (10^12), mais de 31 por cento dos seus PIBs somados, para impedir o colapso económico e amortecer os efeitos da pandemia do Covid-19 sobre os seus cidadãos. Este "estímulo orçamental" não incluiu o estímulo monetário na forma de taxas de juros mais baixas e compras de activos financeiros por bancos centrais.

Em contraste absoluto, a sua resposta aos efeitos económicos catastróficos do Covid sobre os assim chamados países em desenvolvimento na África, Ásia e América Latina – descritos pelo presidente do Banco Mundial , David Malpass, como "piores do que a crise financeira de 2008 e, para a América Latina, pior do que a crise da dívida da década de 1980" – foi uma afronta (kick in the teeth).

Em Novembro, Ken Ofori-Atta, ministro das Finanças do Gana, comentou que:

"A capacidade de bancos centrais no ocidente para responderem (à pandemia) numa medida inimaginável, e os limites da nossa capacidade de resposta, são bastante chocantes... Apetece-nos mesmo gritar 'Não consigo respirar' ".

A capacidade de resposta das nações pobres à pandemia é também dificultada por sistemas de saúde lamentavelmente subdesenvolvidos. A despesa média de saúde per capita em países de elevado rendimento em 2018 era de US$5.562 dólares, 156 vezes superior aos 35,6 dólares por ano per capita gastos em países de baixo rendimento e 21 vezes mais do que os US$262 gastos per capita nos "países em desenvolvimento" como um todo.

Na véspera da cimeira do G20 de Novembro, presidida pela Arábia Saudita, o secretário-geral da ONU António Guterres advertiu que "o mundo em desenvolvimento está no precipício da ruína financeira e da escalada da pobreza, da fome e de sofrimento incalculável" e apelou aos líderes do G20 para uma resposta proporcional.

O G20 é realmente o G7 – isto é, os sete principais países ricos: EUA, o Reino Unido, França, Alemanha, Canadá, Itália – disfarçados. Eles detêm o poder, enquanto os outros 13 países, incluindo Brasil, África do Sul, Arábia Saudita e Índia, prestam-se a dar legitimidade às suas decisões.

A resposta dos países ricos à catástrofe que aflige países pobres é a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (Debt Service Suspension Initiative, DSSI) – uma oferta aos 77 "países menos desenvolvidos" de suspensão dos pagamentos de juros aos credores oficiais (isto é, governos ricos, FMI e Banco Mundial) até Junho de 2021. A suspensão de pagamentos será acrescentada à dívida já insuportável e cada centavo terá de ser pago dentro de cinco anos.

Na América Latina e no Caribe, apenas Bolívia, Granada, Guiana, Haiti, Honduras e Nicarágua qualificam-se para estes miseráveis benefícios. O resto deve continuar a encher de dinheiro as bocas dos seus credores nos países ricos sem fazer pausa nem num único dia, ao invés de utilizar este dinheiro nas suas emergências médicas e económicas.

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