Martinho Júnior, Luanda
OS FALCÕES DO “HEGEMON” COMEÇAM A NÃO TER MAIS ESPAÇO PARA SE ESCONDER!
O avassalador domínio da comunicação social global por parte dos interesses dos falcões anglo-saxónicos da barbárie, está a abrir cada vez mais brechas, por que se alargam as fissuras nas profundezas antropológicas, sociológicas e históricas dos seus termos, face aos olhos globais!
Na América o cadinho das culturas torna-se, à medida que o tempo passa e as experiências se acumulam, num obstáculo maior aos processos de domínio anglo-saxónico e o êxito das resistência nas artérias abertas por uma Cuba Revolucionária e pela Venezuela Bolivariana, inspiram a transversalidades de todas as sociedades, inclusive a complexa sociedade estado-unidense, onde os contraditórios fermentam exponencialmente de geração em geração, com reflexos na própria aristocracia financeira mundial.
O bloqueio mediático-informativo tende a desvanecer-se por via do desgaste provocado pelas contradições: dum lado a mescla das culturas hispânicas, autóctones e afrodescendentes, do outro a barricada antropológica do imperialismo “hegemon” e sua cultura eminentemente anglo-saxónica de natureza dominante, elitista e exclusivista!
A vergonha da mentira continuada procuram tapar as práticas de conspiração e, quando ficam a descoberto, a vergonha tolhe psicologicamente os que se empenharam nelas por via da guerra psicológica… que se perde em irada vergonha, cada vez mais vazia e inconclusiva!
Para além das capacidades críticas que arrastam sempre consigo as questões de fundo que se prendem à antropologia, à sociologia e à história, torna-se também cada vez mais possível o surgimento de brechas na relativa homogeneidade das burguesias nacionais, por que os vínculos de vassalagem das oligarquias tornam-se insustentáveis face aos projectos de vida, isolando os baluartes de representatividade de tendência capitalista neoliberal que estão cada vez mais em causa e sob assédio dos povos, tornando-se enquistadas ditaduras!
Por incrível que pareça, a figura desarticulada de Juan Guaidó veio dar uma ajuda: é fácil hoje detectar os fantoches Guaidós da União Europeia, expostos a olho nu!
A radiografia da barbárie vai-se evidenciando e é cada vez mais intensa no continente Euroasiático, na América e até na ultraperiferia africana agravada com o que foi semeado por via da Conferência de Berlim entre as potências coloniais, por que se tornou mais explícita de há dez anos a esta parte, quando a Líbia foi destruída, abrindo espaço à devassa da drenagem de riquezas aproveitando a disseminação do caos em direcção a sul!
De facto reedita-se em grande parte com novas fórmulas o que o império britânico fazia à Índia, antes da Iª Guerra Mundial, numa continuada rapina e pirataria!... (https://www.resistir.info/patnaik/patnaiks_mr_21fev21.html).
Em África as radiografias tornam-se mais intensas em função do contraditório entre os interesses das potências coloniais ávidas da matéria-prima e produtos tropicais que de há muito deixaram de possuir nos seus próprios espaços nacionais, da mão-de-obra barata ou escrava e da fuga de cérebros, que esvaem de conhecimento grande parte das capacidades humanas nos continentes que dão corpo físico-geográfico ao Sul Global!
Preço algum de matéria-prima alguma, é estipulada por africano algum e em África, ao se tomar consciência disso, não há alternativa senão a resistência, velada se não conseguir ser em aberto! (https://patrialatina.com.br/o-imperialismo-e-a-transformacao-de-valores-em-precos/).
Em todos os casos para o “hegemon”, o partido da guerra prevalece e por isso continua a IIIª Guerra Mundial, não declarada mas efectiva, contra os povos do Sul Global! (https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/01/11/ahi-esta-la-iii-guerra-mundial/).