terça-feira, 1 de junho de 2021

O exército secreto de espionagem do Pentágono tem 60.000 homens

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Dez vezes o tamanho do elemento clandestino da CIA, a força supostamente visa "minimizar as ameaças" à segurança dos Estados Unidos

Dave Makichuk | Asia Times | opinião

Quando eu era criança, crescendo no leste do Canadá na década de 1960, um dos meus programas de televisão favoritos era um drama de espionagem chamado The Man From UNCLE

Envolveu um exército supersecreto de agentes, operando internamente e em todo o mundo, lutando contra os bandidos de uma organização chamada THRUSH.

Estrelado por atores bonitos e arrojados Robert Vaughn e David McCallum, foi um programa popular em sua época.

Claro, era tudo ficção de espionagem.

No entanto, em um caso aparente de vida imitando a arte, aprendemos esta semana que tal força secreta, na verdade existe - exceto a sede legal em Nova York com a falsa entrada da alfaiataria.

De acordo com um relatório investigativo na Newsweek , o Pentágono dos Estados Unidos está comandando um exército secreto de 60.000 operativos disfarçados em todo o mundo, alguns deles incorporados às principais empresas e realizando operações sem o conhecimento ou consentimento do Congresso.

Brasil: País vítima de um presidente protofascista… Votem mais nesses 'Bolsonaros'

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Clipping Mundo - 01/06/2021 

Carlos Eduardo Silveira – Carta Maior

Notícias internacionais sobre o Brasil; Notícias do Mundo; e Artigos (siga links)

Brasil, segundo país com mais mortes por Covid-19, vai sediar a Copa AméricaTorneio, que seria realizado na Argentina e na Colômbia, agora será realizado no Brasil; decisão foi anunciada a 13 dias do início das partidas

(Página 12, Argentina; The Guardian, Inglaterra; El Diário, Espanha; El País, Espanha; La Diária, Uruguai; Libération, França; Financial Times, Inglaterra; El Mercurio, Chile; Diario Correo, Peru; El País, Uruguai; Tiempo Argentino, Argentina)

Carlos Eduardo Silveira | Carta Maior

1. NOTÍCIAS INTERNACIONAIS SOBRE O BRASIL

COPA AMÉRICA/ O país escolhido pela Conmebol é o segundo com mais mortes pela pandemia no mundo. Onda de críticas pela opção do governo. O Brasil, governado pelo negador Jair Bolsonaro, é um dos países mais afetados pela pandemia do coronavírus: o terceiro em número de casos e o segundo em número de mortes. Porém, a Conmebol 2021 fez ouvidos moucos a esta situação e anunciou que a Copa América 2021 finalmente será disputada em território brasileiro, após a suspensão do torneio na Argentina. América mudou da Argentina para o Brasil apenas 13 dias antes do início do jogo. O torneio, com 10 nações sul-americanas, deveria ser realizado na Argentina e na Colômbia entre 13 de junho e 10 de julho, a primeira vez em seus 105 anos de história com dois anfitriões. O país tem um dos maiores índices de mortalidade Covid-19 do mundo, com mais de 400.000 brasileiros perdidos na pandemia. Manifestações foram realizadas em todo o país para exigir o impeachment do presidente, Jair Bolsonaro, por sua forma de lidar com a crise. (Página 12, Argentina; The Guardian, Inglaterra; El Diário, Espanha; El País, Espanha; La Diária, Uruguai; Libération, França; Financial Times, Inglaterra; El Mercurio, Chile; Diario Correo, Peru; El País, Uruguai; Tiempo Argentino, Argentina) | bit.ly/2TsCOzL | bit.ly/3ySZn0U | bit.ly/3uE6rv3 | bit.ly/2R8OqqU | bit.ly/3c4UVCo | bit.ly/3i8GEZq | on.ft.com/3padXMZ | bit.ly/3i9R5eX | bit.ly/3fEuF3Q | bit.ly/3i9ZiQC | bit.ly/3uEXD84 | bit.ly/3uAlw0t

BOLSONARO/ Os elos entre o presidente do Brasil, a CBF e as máfias ligadas ao futebol. Bolsonaro e a Copa América: gol com a mão do ex-capitão. Ao aceitar que o Brasil sedie a Copa América, o presidente optou por aprofundar a política, ou para melhor expressá-la, a falta de políticas para conter o avanço do coronavírus que já custou a vida a mais de 462 mil pessoas e infectou 16, 5 milhões. A realização do torneio, uma decisão com muitas lacunas que ainda não foi resolvida. Do impacto das recentes manifestações de rua à relativização do impacto epidemiológico de sediar a Copa. Para o partido do líder oposicionista e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que várias pesquisas apontam como favorito para as eleições do próximo ano, é preciso que a Justiça impeça a disputa pela "Copa da Morte no Brasil". (Página 12, Argentina) | bit.ly/3yWah5V

MANIFESTAÇÕES/ Os oponentes do presidente Jair Bolsonaro montaram os maiores protestos desde o início da pandemia. À medida que aumenta o número de vírus, as divisões políticas do Brasil se espalham pelas ruas. Até recentemente, os oponentes do presidente se abstiveram de convocar protestos de rua, optando por mostrar sua exasperação batendo potes e panelas nas janelas e trocando memes online. Mas no fim de semana, milhares de brasileiros críticos de Bolsonaro saíram às ruas na maior mobilização pública contra o presidente desde o início da pandemia. Sua demonstração de força em cidades de todo o país seguiu uma série de revelações contundentes em audiências no Congresso examinando a resposta catastrófica do governo ao coronavírus, que matou mais de 461.000 brasileiros. (The New York Times, EUA; El País, Espanha; Público, Portugal; Tribune de Genève, Suíça; Libération, França; La Repubblica, Itália; Jornal de Notícias, Portugal) | nyti.ms/3uzvShe | bit.ly/2RSdXoT | bit.ly/3yQHi3r | bit.ly/3wPV9p8 | bit.ly/3yUjI5N | bit.ly/3yVrRqE | bit.ly/3i7NgHj

BOLSONARO/ Manifestações, pesquisas desfavoráveis. Bolsonaro mais impopular do que nunca. A popularidade do presidente brasileiro está caindo à medida que sua gestão da pandemia Covid-19 é violentamente criticada por seus detratores, que aumentam as manifestações. As manifestações contra Jair Bolsonaro estão aumentando e as pesquisas estão manchando há vários dias. Em todo o país, a pandemia já ceifou mais de 461.000 vidas e ameaça piorar novamente. Desde o início da pandemia, que descreveu como "gripezinha", o presidente brasileiro criticou as medidas de quarentena, promoveu medicamentos sem eficácia comprovada e questionou a eficácia das vacinas. (L’Express, França) | bit.ly/3vHxuqr

GOVERNO BOLSONARO/ O Ministério Público brasileiro pede ao STF para investigar o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O Ministério Público do Brasil pediu ao Supremo Tribunal Federal na segunda-feira que investigue o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por suposta interferência nas investigações e auditorias de crimes ambientais na Amazônia. O Ministério Público defendeu na segunda-feira uma investigação mais aprofundada do caso, considerando que os autos da denúncia apresentada indicavam "diversos episódios de atuação desses servidores" com o objetivo de "promover a regularização das cargas exportadas irregularmente, interferência nas investigações “. (El Diário, Espanha) | bit.ly/3c87blQ

ELETROBRÁS/ Brasil perderá a soberania energética com privatização de Eletrobrás. A perda da soberania energética no Brasil surgiu hoje como a principal preocupação na audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) sobre o impacto da privatização da empresa Eletrobrás. Soma-se a essa preocupação o aumento considerável das tarifas de energia elétrica e a abertura de mais espaço para termelétricas (carbonização) em detrimento de fontes renováveis de energia (água, sol e vento). A Agência do Senado indicou que, diante do possível racionamento devido à crise hídrica e à calamidade econômica e sanitária devido à pandemia de Covid-19, os senadores presentes no debate foram enfáticos em condenar a discussão da desnacionalização neste momento. (Últimas Notícias, Venezuela) | bit.ly/3wMfECX

VACINA/ O experimento do Brasil para vacinar a cidade com o CoronaVac chinês reduziu as mortes de Covid-19 em 95. Nesta segunda-feira, foram conhecidos os resultados de um experimento inédito no mundo que buscou analisar a capacidade da vacina chinesa Coronavac em reduzir o índice de contágio do coronavírus em Serrana. A vacinação massiva contra a Covid-19 de toda a população adulta do município gerou resultados surpreendentes. A imunização de toda a população adulta do município fez com que as mortes por Covid-19 caíssem 95% após a segunda vacinação do último grupo, informou o Instituto Butantan em nota publicada nesta segunda-feira. Enquanto o número de casos sintomáticos foi reduzido em 80%, e as hospitalizações relacionadas à doença foram reduzidas em 86%, de acordo com os pesquisadores do estudo. (El Espectador, Colômbia; The Sydney Morning Herald, Austrália; The Wall Street Journal, EUA; Global Times, China) | bit.ly/3ySWpJW | bit.ly/3i7N4I5 | on.wsj.com/3i81SXl | bit.ly/3c7zEYX

YANOMAMIS/ Bolsonaro promete aos índios Yanomami o fim da mineração ilegal. A mineração, principal causa da destruição ambiental na floresta amazônica, aumentou 30% no ano passado, de acordo com uma associação Yanomani. Desde 2020, os indígenas Yanomani alertam as autoridades para a situação extremamente tensa que impera em seus territórios, que constituem a maior reserva indígena do país com 96.000 km2 e cerca de 27.000 habitantes. Por várias semanas, os indígenas dos territórios Yanomani e Mundurucu (norte) sofreram ataques de menores ilegais, o que levou um juiz do Supremo Tribunal Federal a ordenar que o governo tomasse as “medidas necessárias” para protegê-los. (Le Monde, França) | bit.ly/3wNnLz3

PAPA FRANCISCO/ Papa irrita os brasileiros brincando que bebem demais. O papa indignou os católicos conservadores no Brasil ao alegar, em tom de brincadeira, que não abençoaria os brasileiros porque eles bebem muito e nunca rezam. Em um vídeo, Francisco pode ser ouvido recusando o pedido, dizendo: “Não há salvação para você. Muita cachaça e nenhuma oração. ” (The Times, Inglaterra) | bit.ly/3yTE1jV

COVID-19/ O Brasil soma 860 novas mortes por coronavírus e o total passa de 462 mil. O Brasil, um dos países mais atingidos pela pandemia no mundo, somou 860 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o número total de mortes para 462.791, informou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira. De acordo com o último boletim divulgado pela carteira, o Brasil também confirmou 30.434 novas infecções por coronavírus, elevando o número total de infectados para 16.545.554. (El Diário, Espanha; Diario Correo, Peru) | bit.ly/3gfPVML | bit.ly/34P2Gsl

Colômbia | "O governo assassina impunemente porque tem por trás o império dos EUA"

ENTREVISTA

Cecilia Zamudio -- entrevistada por Carlos Aznárez y María Torrellas

Cecilia Zamudio é escritora, poeta, jornalista e artista colombiana. Tal como muitos dos seus compatriotas vive estes dias com grande preocupação pela escalada repressiva do governo de Iván Duque – mas também com profunda satisfação pela revolta protagonizada pelo povo colombiano ao manter uma paralisação produtiva nacional que já ultrapassa um mês de duração. Com ela falámos sobre esta conjuntura, a fim de intensificar os esforços de solidariedade internacionalista com a luta desse povo.

- Dia após dia, o uribismo no governo continua a desenvolver uma política repressiva que atinge números de mortos, feridos e desaparecidos próprios das ditaduras militares clássicas sofridas nos anos 70-80. Como está a ver esta grave situação?

Nas últimas jornadas as forças repressivas colombianas, tanto a polícia como a sua ferramenta parapolicial, paramilitar e o exército estiveram a reprimir em diferentes pontos da Colômbia, em Tuluá e em Usme, em Cali particularmente, com vários assassinados pela polícia e centenas de feridos. Também é preciso dizer que a polícia está a perpetrar o desaparecimento forçado, como prática de terrorismo de estado. Detêm centenas de manifestantes, durante a paralisação nacional, mas não só os detêm como os desaparecem. São pessoas das quais não se sabe seu paradeiro. Alguns apareceram a flutuar nos rios da Colômbia, esquartejados, com a cabeça em bolsas, os corpos com sinais de tortura. Esta é a duríssima realidade de terrorismo estatal com que o povo colombiano é confrontado neste momento.

- Aprofundemos este último ponto. Soubemos da investigação feita à cadeia de supermercados "Exito", onde aparentemente o local foi utilizado para tortura. Há conivência da parte dos empresários?

Observou-se durante toda a paralisação nacional como, na realidade, isto é uma luta de classes. O que vemos é que a classe trabalhadora da Colômbia está em paralisação produtiva nacional a reclamar seus direitos a uma vida digna, a reclamar contra níveis de exploração aberrantes, a reclamar contra o saqueio capitalista que perpetram as multinacionais bem como, também, a burguesia colombiana. Há uma série de reclamações da classe trabalhadora que vem questionar o reino de exploração e saqueio que é o que enriquece a burguesia colombiana e transnacional. Efectivamente, os oligarcas puseram-se ao serviço da repressão. Ou seja, a pressão não só é exercida pelo estado com as suas ferramentas repressivas, mas também se estão a unir a eles os exércitos privados da burguesia. Nós o vimos com a burguesia de Cali armada, que saiu a disparar contra a Minga Indígena afrodescendente e camponesa.

Evidencia-se com as lojas "Éxito", que em Cali emprestaram seus armazéns e centros comerciais para que a polícia entrasse e saísse com camiões a fim de deixar detidos. A população denunciou estes factos angustiosamente, as mães tiveram conhecimento de rapazes detidos e de que se ouviram gritos de terror como se estivessem a torturar gente dentro desse local comercial. Assim, vemos como a empresa privada "Éxito", cujos proprietários são capitalistas franceses do Grupo Casino e outra parte societária é gente da burguesia colombiana, empresta os seus armazéns para que as forças repressivas, segundo denuncia a comunidade, realize torturas e desaparecimentos forçados.

Angola | MEMÓRIA PESSOAL DO DIA DO GOLPE -- Martinho Júnior

Martinho Júnior, Luanda

27 DE MAIO DE 1977

E DAS CONDICIONANTES QUE SE ARRASTARAM DEMASIADO TEMPO E PROPICIARAM O FERMENTO DUMA LONGA CAMPANHA FORMATADA EM PORTUGAL VELADAMENTE CONTRA ANGOLA

Todos os anos o exercício de memória pessoal vem ao de cima a 27 de Maio, em torno das impressões vividas surreal e inesperadamente, a quente, ainda que num exercício recolhido de dores, de sortes e de inevitáveis balanços, que jamais um combatente da justa causa de libertação em África deveria ter alguma vez passado e sentido.

A data obriga-me ao recolhimento, isolando-me tanto quanto o que me é possível, pois assim o obriga a memória e o significado do juramentado compromisso de defender a soberania do estado angolano, ainda que haja de então para cá tantas nuances de autodeterminação, de independência e até de soberania!

Se os juramentos foram feitos por via dum compromisso intimamente relacionado com a República Popular de Angola e sua mais que legítima aspiração socialista, nem por isso esses compromissos estão desfeitos hoje, por que participar no parto sangrento mas decisivo duma pátria como a de Agostinho Neto, obriga a revigorá-los ainda hoje, tal é o cuidado com a criança que nasceu, vai fazer 46 anos e com a paz que há que cultivar abrindo caminho ao renascimento africano que tarda!

A 27 de Maio não foram missões de carácter proactivo que desempenhámos, foram missões obrigatoriamente de carácter reactivo, a que não podemos fugir nem escolher em função de juramentados compromissos de estado, que nada têm a ver com o indivíduo em si, nem com as suas propriedades, nem com seus interesses, nem com os seus bens, nem com as suas próprias famílias, apesar dos riscos de elas poderem ser directa ou indirectamente, por tabela atingidas por causa de algum acontecimento…

"Deslocados da fome": Angolanos refugiam-se na Namíbia

Fluxo migratório de angolanos que fogem à fome no Cunene e Huíla e se refugiam na Namíbia pode pôr em risco as boas relações diplomáticas entre os dois país, diz especialista em questões internacionais ouvida pela DW.

Mais de dois mil angolanos refugiaram-se na vizinha Namíbia fugindo à fome nas províncias do Cunene e Huíla. Os dados avançados recentemente pela imprensa pública angolana indicam que mais de metade destes "deslocados da fome", como são chamados em Angola, são crianças e cerca de 70 mulheres encontram-se grávidas.

Como pode o governo angolano articular possíveis soluções? Emília Pinto, especialista angolana em questões internacionais, propõe que o Estado solicite asilo na Namíbia para os chamados "refugiados da fome". 

"Para mais tarde conseguirem alcançar o estatuto de refugiados e este estatuto é que lhes garante alguma proteção diplomática e alguma garantia de que o Estado se compromete a salvaguardar os interesses destes refugiados e que, de alguma forma, lhes é dado condições mínimas para sua sobrevivência", explica.

Para a especialista, é urgente a adopção deste mecanismo para contenção do fluxo migratório.

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