sexta-feira, 26 de novembro de 2021

CONVITE -- CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA 6ª REGIÃO AFRICANA

Convergências possíveis entre a Diáspora Negra e o Continente Africano

Encontro Preparatório Internacional em dezembro

A Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), articulação do movimento negro de extensão nacional com mais de 30 anos de história, em conjunto com o Instituo Hamilton Cardoso, vem a público divulgar o Encontro Preparatório Internacional da 6ª Região Africana, que ocorrerá nos dias 04 e 05 de dezembro, na modalidade virtual (via ZOOM). Participam como parceiros: Instituto Lula, FES, ARAAC e MST. 

Para se inscrever, acesse o site: https://www.eira.soweto.org.br/

Por entender de suma importância o debate sobre a realidade sócio-político-econômica e cultural do povo negro em diáspora no presente e no futuro (também recorrendo ao passado quando necessário), A CONEN propõe a união de entidades e personalidades da 6ª Região Africana e do Continente Africano na “Conferência Internacional da 6ª Região Africana: Convergências possíveis na diáspora negra e com o continente africano” a ser realizada em 2022, para possibilitar um diagnóstico qualificado das comunidades negras nacionais e internacionais e promover fortalecimento das organizações presentes, através do diálogo e das trocas constantes. Como preparação para a Conferência de 2022, a CONEN realizará um Encontro Internacional dividido em quatro mesas temáticas, que ao final colaborarão com a proposta de criação de um Fórum Internacional da 6ª Região Africana:

Filho de Kadhafi pode recorrer da anulação da sua candidatura à Presidência

Na Líbia, Comissão Eleitoral diz que invalidou uma lista de candidaturas por irregularidades em documentos e pedidos oficiais de órgãos de justiça e segurança. Seif al-Islam é procurado pelo Tribunal Penal Internacional.

A Alta Comissão Eleitoral Líbia rejeitou, esta quarta-feira (24.11), a candidatura do filho do falecido líder líbio Muammar Kadhafi, que pretendia concorrer à Presidência nas eleições de 24 dezembro.

O nome de Seif al-Islam Kadhafi apareceu numa lista de candidatos inelegíveis emitida pelo principal órgão eleitoral do país. Seif al-Islam pode recorrer da decisão nos próximos dias. 

O filho do antigo líder da Líbia tinha anunciado a candidatura em 14 de novembro. Seif al-Islam Kadhafi é procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade e a Comissão Eleitoral explicou que não validou estas candidaturas por irregularidades em vários documentos e ainda devido a missivas que lhe foram dirigidas pelo Ministério Público, o chefe da Polícia Criminal e o presidente do Departamento de Passaportes e Nacionalidade. 

O anúncio da candidatura de Seif al-Islam Kadhafi, de 49 anos, que até então estava em parte incerta, causou surpresa. No final de julho, o filho de Muammar Kadhafi tinha revelado, em entrevista ao jornal New York Times, um possível regresso à política.

PROXIMIDADE ENTRE UE E O RUANDA ABORDADA PELOS EUA

O Ruanda, sob a Presidência de Paul Kagame, não responde aos critérios de uma democracia liberal, entende Samantha Power, responsável da USAID, a Agência dos EUA para o desenvolvimento internacional.

Falando à imprensa em Bruxelas, na última sexta-feira (19.11), Samanta Power disse, de acordo com a Devex, uma plataforma de media para o desenvolvimento global: "Não acho que haja um ambiente no terreno que permita críticas, ou que haja o desenvolvimento de um partido pluralista ou os critérios existentes em qualquer livro didático para uma democracia liberal”.

Neste contexto, a responsável norte-americana da USAID, a Agência dos EUA para o desenvolvimento internacional, questionava as relações próximas entre a União Europeia e o Ruanda. O Devex lembra que "altos funcionários da U nião Europeia têm viajado com regularidade para o Ruanda para consultas ao Presidente Paul Kagame, preocupados com a influência chinesa em África". 

Portugal | ESPERAR PELO DESASTRE

Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

As medidas restritivas anunciadas por António Costa chegam tarde e são, para nossa infelicidade, um meio caminho que não evita o desastre.

Haverá uma fórmula para acreditar que a dimensão da pandemia está controlada e que a asfixia dos SNS, exausto e sem o investimento em outras condições e mais recursos humanos recursos, não irá acontecer. Passemos, então, a afiançar piamente que placebos são os mais perfeitos curativos e que reflectir sobre os números é um exercício de adivinhação sem gravidade ou causa-efeito.

A reunião de peritos da passada sexta-feira deu indicações claras sobre o caminho a seguir. No entanto, com o "efeito tampão" da pandemia atirado para os primeiros 10 dias de Janeiro e não para a contenção que - por natureza - deveria acontecer agora, António Costa segue o caminho político e elenca um conjunto de medidas, para daqui a uma semana, que os números crescentes da pandemia se encarregarão de desmentir em meados de Dezembro.

COVID-19 | NOVAS MEDIDAS DESTA 5ª VAGA SÃO MAIS BRANDAS

Novas medidas porque "não estamos tão bem quanto queríamos estar"

Férias escolares prolongadas, teletrabalho obrigatório durante uma semana depois da passagem de ano, uso obrigatório de máscara nos espaços fechados, necessidade de certificado para ir a restaurantes. O menu das novas medidas foi apresentado esta quinta-feira

"Aquilo que é essencial evitarmos é que o janeiro do próximo ano tenha qualquer coisa que seja a ver com o terrível janeiro que vivemos este ano de 2021."

Foi com este cenário na memória - quando o número de novas mortes diárias chegou a ultrapassar, por duas vezes, as trezentas pessoas - que o primeiro-ministro anunciou ontem novas medidas de combate à pandemia covid-19.

Reconhecendo que "não estamos tão bem quanto queríamos estar", António Costa apresentou as novas medidas numa lógica preventiva face ao aumento da perigosidade da pandemia. "São as regras que permitem evitar que tenhamos de voltar aqui a falar dos temas que falávamos há um ano atrás. Hoje não estamos aqui a falar de encerramento de atividades, de recolheres obrigatórios, da proibição de circulação entre concelhos, de limitação de lotações, de confinamento geral."

Após mais uma reunião do Conselho de Ministros essencialmente dedicada à pandemia - o que já há muito não acontecia -, o chefe do Governo apontou a necessidade de prosseguir com sucesso o processo de vacinação, de usar mais vezes máscara, de as pessoas fazerem mais vezes testes e de exibirem mais vezes o certificado digital. "É assim que poderemos continuar a viver com segurança, tranquilidade e liberdade para que o conjunto das atividades económicas que também já tanto sofreram possam agora prosseguir e a nossa vida tenha a normalidade adequada aos momentos em que estamos a viver", afirmou.

Costa aproveitou a oportunidade para assegurar que a primeira fase de administração da dose de reforço da vacina para os grupos da população atualmente elegíveis vai estar concluída até 19 de dezembro. Salientou que o primeiro passo "é reforçar o esforço de vacinação" e vincou que "esse esforço prossegue desde já" com a administração da dose de reforço nos grupos já elegíveis.

Ou seja: "Pessoas com mais de 65 e que há mais de cinco meses tiveram a segunda dose, pessoas que por prescrição médica devem ter a vacina, pessoas que estiveram infetadas e que já estão recuperadas há mais de 150 dias e também as pessoas com mais de 50 anos e que foram vacinados há mais de cinco meses com a vacina da Janssen - todos estes estarão vacinados ate ao próximo dia 19 de dezembro."

Defendeu, por outro lado, os efeitos da vacinação no menor impacto da atual quinta vaga da covid-19 em Portugal, enaltecendo o "esforço e o elevadíssimo sentido cívico dos portugueses" e a taxa de vacinação "largamente superior à generalidade dos países europeus", que estão a ser mais afetados pelo agravamento da situação epidemiológica.

"Ser [o país] mais vacinado tem consequências benéficas para todos nós. Graças a uma maior vacinação, Portugal tem tido um menor número de internamentos do que se tem verificado nos outros países, de internamentos em unidades de cuidados intensivos e, sobretudo, tem tido menos óbitos, o que significa que a vacinação tem permitido salvar vidas." Numa comparação com a situação do país por esta altura em 2020, o primeiro-ministro reiterou ainda a conclusão de que Portugal está "francamente melhor" e que o número diário de novos casos de covid-19 é "significativamente inferior" face ao ano passado.

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