domingo, 16 de janeiro de 2022

Portugal | CAMPANHA ELEITORAL ABRE COM PS A RECUPERAR


PSD em perda e sem maioria absoluta à vista

A sondagem da Aximage para TSF-JN-DN mostra um deslize do PSD e o PS a subir 2 pp. Na luta pelo terceiro lugar, o Chega ganha vantagem sobre o Bloco. Esquerda vale mais do que direita, mas PS e PSD são eleitos parceiros preferenciais.

Depois dos dez pontos ganhos na última sondagem, o PSD parece, este mês, ter perdido algum embalo que resultava da vitória de Rui Rio nas diretas e do congresso social-democrata.

Na semana em que começaram os debates, o PSD desce quase 5pp e está com 28,5% de intenções de voto (mas legislativas de 2019, teve 27,7%). Aumenta, por isso, para quase 10pp., a distância em relação ao PS que recupera quase 3pp e está com 38,1%.

Em terceiro, a luta está renhida: este mês, é o Chega quem segue à frente com 9% de intenções de voto, seguido pelo Bloco de Esquerda com 7,4%.

Praticamente estabilizados, estão a CDU que regista 4,8% e a Iniciativa Liberal com 3,7%.

Mais abaixo na tabela o PAN que continua a deslizar, agora nos 2,1% e uma ligeira recuperação do CDS com 1,8%.

Quando se analisa a transferência de voto em relação a 2019, PS, PSD e Chega são quem melhor segura os respetivos eleitorados.

No caso do Bloco de Esquerda, pouco mais de metade dos eleitores mantêm o voto, outros 20% admitem votar no PS.

Já no CDS, regista-se uma transferência de voto para o Chega (mais de metade) e para o PSD (um quarto dos inquiridos que votaram CDS em 2019).

Analisando a dinâmica de vitória, ou seja, quando se pergunta "quem acha que vai ganhar", a tendência positiva do PS acentua-se nos últimos meses (de 43% em outubro, para os atuais 58%). Em sentido inverso, o PSD que, em outubro, registava 29%, agora tem 23% de respostas.

Embora 67% dos inquiridos afirmem que não deverá existir uma maioria absoluta (20% respondem sim), essa ainda é a solução preferencial para 25%, logo seguida por uma coligação de esquerda (24%) e uma outra de direita (20%). Abaixo de 10%, estão soluções como um governo minoritário com entendimentos pontuais ou um bloco central. Os valores não se alteraram muito em relação a dezembro.

Mas, curiosamente, aqueles que dizem votar no PS e no PSD elegem-se como parceiros preferenciais.

Quando se pergunta com que partido deve o PS coligar-se, 35% respondem "PSD" (entre eles, 30% dos que assumem votar no PS e 65% dos eleitores do PSD). A seguir, surgem o BE (22%), o PCP (10%) e o PAN 8%.

Se a questão é sobre o melhor parceiro para o PSD, 37% respondem que seria o PS (entre eles estão 39% de votantes no PSD e mais de metade dos eleitores socialistas). Na lista de parceiros preferenciais, seguem-se o CDS com 17%, o Chega com 11% e a Iniciativa Liberal com 9%.

A menos de um mês das legislativas, a sondagem indica uma abstenção acima dos 40%.

Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSFJN e DN com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados a intenção de voto nas legislativas. O trabalho de campo decorreu entre os dias 6 e 12 de janeiro. Foram recolhidas 807 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal.
Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade.
À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,45%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.

Judith Menezes e Sousa | TSF

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