Artur Queiroz*, Luanda
Os bispos estiveram reunidos em Benguela e no final explicaram aos crentes que a Igreja Católica está em falência nos países que dominam o sistema financeiro mundial e são os principais produtores /vendedores de material bélico. Como reverter o desastre? O porta-voz da CEAST explicou: Queremos transparência nas eleições gerais em Angola e a presença de observadores internacionais.
A Voz da América informou-nos que Belmiro Chissengueti disse isto: “A Igreja trabalha para um processo inclusivo, sem preferências quanto ao vencedor nas eleições”. O bispo da UNITAFLEC acrescentou: “As eleições devem ser internacionalmente observáveis. Mas lá onde cada um estiver deve ser observador eleitoral, procurando trabalhar para a lisura do processo. A Igreja pode dar o seu contributo, mas a parte essencial é o povo, que deve evitar o absentismo, fazer o seu registo e ver que documentos são necessários”.
O porta-voz da FLEC e da UNITA, fardado de bispo, disse ainda à Voz da América, prestimosa instituição da CIA, que está preocupado com a contagem dos votos: “É evidente que a legislação eleitoral é muito confusa neste aspecto, mas o melhor era, efectivamente, a contagem nas mesas, nos municípios e nas províncias, e depois fazer o total nacional, cheia de graça, pai-nosso que estais no céu, creio em Deus todo poderoso”.
O presidente da CEAST, do Protectorado Português Lunda e da UNITA, arcebispo de Saurimo, José Manuel Imbamba, lembrou que o processo eleitoral é complexo mas destacou aspectos a ter em conta para as suas causas políticas: “Dever de igualdade de tratamento das candidaturas e do que a estas esteja licitamente associado, a liberdade de expressão e informação no marco da lei, a liberdade de reunião e de manifestação, direito de tratamento imparcial pela comunicação social em nome do pai, do filho e do espírito santo salvé rainha mãe da misericórida assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
O bispo da UNITAFLEC também está muito preocupado com o cenário de fome. E reclama ajudas para “suprir situações de emergência, mas também para que sejamos ajudados a aprender a produzir aquilo que nós consumimos. Temos um grande país, abençoado com rios, terra, por isso devemos ser também exportadores, não apenas consumir o que recebemos”. Os bispos também da Igreja Católica também pediram “a definição de um calendário eleitoral para as autarquias, cientes de que a sua institucionalização ajuda a edificar a democracia, até porque, como realçam, ninguém está predestinado a governar nem a fazer parte da oposição”.
Bem visto. E as autoridades tradicionais brotam de ditaduras? Os aprendizes de feiticeiro não devem esquecer que poucos países do mundo têm um poder local que nasce das comunidades e só existe com elas. Que a UNITA, a FLEC, o Protectorado e outras associações de malfeitores ignorem o papel das autoridades tradicionais, compreende-se, porque são entraves ao banditismo político. Mas os bispos da Igreja Católica alinharem pelo mesmo crime já me faz confusão. Porque o bandulho descomunal de Belmiro Chissengueti é cheio com as esmolas e doações do povo. Os sacerdotes da Igreja Católica sempre viveram das comunidades. A não ser que agora se dediquem ao negócio dos diamantes de sangue.
Belmiro Chiessengueti é o último angolano autorizado a falar de fome. Porque ele é uma bola de banha com pernas, braços e cabeça. O pescoço desapareceu num embrulho de gordura. É só banha. A pança não lhe cabe na bata de bispo. A gordura pesa-lhe nas pestanas e só vê UNITA e FLEC. A bunda e a pança desabam para cima das coxas. Quando este pote de banha fala de fome, até os famintos se riem. Pobrezinhos, mas alegres.
Os senhores Imbamba e Chissegueti foram eleitos por quem? Na Igreja deles quem elege os dirigentes? Como se desenvolve a democracia? Nos países onde a Igreja de Roma está falida, há comissões que investigam os abusos sexuais de padres, bispos e cardeais sobre crianças. O que tem chegado à luz do dia é verdadeiramente repugnante. Em Angola não houve abusos sexuais de crianças pelos membros do Clero? Se Imbamba e Chissengueti quiserem eu falo-lhes do que fizeram pelo menos dois padres na cidade do Uíje.
Imbamba e Chissengueti Já ouviram falar da Ilha dos Padres, ali em frente ao Mussulo? Aproveitando a presença em Angola dos peritos em ossadas, era boa ideia fazerem uma prospecção ao que lá foi enterrado. Não se assustem só lá estão ossadas pequenininhas dos golpistas de 27 de Maio, lá enterrados quando eram projectos de vida ou mesmo recém-nascidos. Por aqui me fico.
O bispo da UNITAFLEC e o bispo do Protectorado deviam ter um nadinha mais de juízo. Não brinquem com coisas sérias. Quem não é democrata não está autorizado a falar de democracia. Quando fizerem eleições na Igreja, então podem falar de actos eleitorais e do regime democrático. Até lá falem de Deus, foi para isso que vos distribuíram as fardas de bispos e vos enchem a barriga até rebentar. Cidrália! Cidrália! Roubou o bacalhau lá na Alfândega! Coma e arrebenta o que sobra, vai no mar. Pai-nosso que estais no céu.
Hoje descarrilou perto de Ndaltando um comboio de combustíveis que ia para Malanje. Chissengueti, Imbamba, quem sabotou a via-férrea? Não sabem? Perguntem a Deus, que sabe tudo. Se a resposta for UNITA não se admirem. Por que essa é a forma que eles têm de fazer política e de concorrer a eleições democráticas. Estão-se nas tintas para os resultados. Ainda não está marcada a data e eles já falam de fraude. Os bispos insinuam e abrem caminho ao banditismo político.
Os órgãos de comunicação social da UNITA dizem que o concurso para fornecimento do material eleitoral é batota. Porque um dos requisitos é os concorrentes terem 15 anos de experiência. Que crime! Um concorrente, a Smartmatic, vai fornecer os materiais para o Sistema Integrado de Gestão Eleitoral do Quénia. Já puseram a circular que está sob suspeita. A única empresa que eles querem é a Jamba Eleitoral Corporation, fundada pelo engenheiro à civil Adalberto da Costa Júnior e dirigida por Jonas Savimbi, de além-túmulo. Já ganharam
*Jornalista
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