O Presidente da Guiné-Bissau acusou o ex-chefe da Marinha Bubo Na Tchuto e outros dois homens - condenados nos EUA por tráfico de droga -, de serem os responsáveis pelo ataque ao Palácio do Governo, a 1 de fevereiro.
O Presidente da Guiné-Bissau acusou esta quinta-feira (10.02) um ex-chefe da Marinha e outros dois homens, detidos no passado pela agência antidrogas norte-americana (DEA), de serem responsáveis pela tentativa de golpe de Estado, a 1 de fevereiro.
Umaro Sissoco Embaló citou à imprensa os nomes do ex-contra-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, líder da Marinha na primeira década dos anos de 2000, Tchamy Yala, também ex-oficial, e Papis Djemé.
Os três acusados foram detidos após os acontecimentos da semana passada, segundo o chefe de Estado guineense.
"Não estou a dizer que são os políticos que estão por trás disto, mas a mão que carrega as armas é de pessoas ligadas aos grandes cartéis de drogas", disse Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente da Guiné-Bissau lembrou que todos os três homens tiveram problemas com a justiça norte-americana.
Regresso a Bissau após condenações nos EUA
Os homens foram presos em abril de 2013 por agentes da DEA a bordo de um barco em águas internacionais na costa da África Ocidental.
De acordo com a justiça norte-americana, os agora acusados tinham negociado, nos meses anteriores à detenção, com investigadores norte-americanos que se faziam passar por representantes de narcotraficantes sul-americanos, a importação para a Guiné-Bissau de cocaína que seria depois distribuída pela América do Norte e pela Europa.
José Américo Bubo Na Tchuto foi
assinalado como traficante de droga pelo Tesouro dos Estados Unidos, tendo sido
condenado em
No dia 1 de fevereiro, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, e de que resultaram oito mortos. O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".
Deutsche Welle | Lusa
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