Artur Queiroz*, Luanda
António Guterres, secretário-geral da ONU, resolveu entrar na propaganda do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) e seguiu o discurso de Biden, um desgraçado podre da cabeça e doente de tudo o resto até aos pés. Dirigiu as suas críticas à situação de Mariupol. E manifestou o seu choque pela forma como as tropas da Federação Russa atacavam a cidade. Mas porquê? Interrogou. Eu sou bom rapaz e vou ajudá-lo. Espero que Marcolino Moco não pense que é uma encomenda e vou ser pago pelo favor.
A operação militar especial da Federação Russa na Ucrânia tem dois objectivos, desmilitarizar e desnazificar o país. Capricho? Não. O Kremlin avisou a OTAN (ou NATO) que não admitia a continuação do cerco iniciado com a entrada de vários países de Leste na organização militar ofensiva e reacionária. Os políticos russos no poder classificam a expansão como um “perigo existencial”.
Quando os dirigentes da Federação Russa se aperceberam de que a Ucrânia estava às portas da OTAN (ou NATO) avisaram que não toleravam a instalação de bases da organização militar à frente do nariz e reagiram cortando o mal pela raiz. A Ucrânia não vai aderir. E v ai ser desmilitarizada. A extrema-direita nazi domina o poder político e militar na Ucrânia. O país vai ser desnazificado. A Federação Russa nisto não recua. É uma questão de sobrevivência do país. Senhor António Guterres, Mariupol é a sede das forças armadas do Batalhão de Azov, uma organização militarizada que desde 2014 cometeu crimes de guerra e um genocídio no Leste da Ucrânia.
O Batalhão de Azov é uma organização nazi. Promove o neonazismo através da Milícia Nacional e o seu braço político, o Corpo Nacional. Em 2014 começou a recrutar estrangeiros neonazis dos EUA e da Europa. As suas forças armadas têm grande presença em Kiev, Kharkiv e Mariupol. Durante a guerra civil no Leste da Ucrânia cometeu gravíssimos abusos de direitos humanos e crimes de guerra. Os relatórios da ONU reportam torturas, violações, saques, limpeza étnica e perseguição de minorias como russos, judeus e homossexuais.
O Batalhão de Azov tem um partido
político, duas editoras, acampamentos de Verão para crianças, a Milícia
Nacional (Natsionalni Druzhyny), que patrulha as ruas das cidades ucranianas ao
lado da polícia. A ala militar tem bases de treino e um vasto arsenal de armas,
drones, carros blindados e peças de artilharia pesada. Grande parte das suas
forças estava baseada
Senhor António Guterres, em 2018, o Congresso dos EUA aprovou um projeto de lei que proíbe a venda de armas ao Batalhão Azov. Hoje, um grupo de congressistas exigiu ao governo que suspenda o apoio aos nazis da Ucrânia. Leia esta declaração do senhor presidente Zelensky: “Os voluntários do movimento Azov são verdadeiros heróis, eles são um apoio muito necessário para a nossa Guarda Nacional”. “
Ihor Mykhailenko é uma das principais figuras dos nazis ucranianos. Começou na organização de extrema-direita “Patriotas da Ucrânia” e depois juntou-se ao Batalhão de Azov. Ascendeu à liderança quando o chefe original, Biletsky, foi eleito para o Parlamento. Em 2018, Mykhailenko foi nomeado o chefe da Milícia Nacional.
Um relatório da ONU refere que em maio de 2014, membros do batalhão de Azov, que alegavam estar sob as ordens da Security Service of Ukraine (SBU) sequestrou, torturou e matou civis no Leste da Ucrânia. O senhor Guterres pode ler esse material quando quiser. Tal como eu fiz. Foi para acabar com os nazis à porta de casa que aconteceu a operação militar especial. O senhor António Guterres é secretário-geral da ONU, não pode comportar-se como o porta-voz dos nazis ucranianos e muito menos o seu anjo protector. Nem pode agir como o amigo da onça.
O “Amigo da Onça” é uma personagem criada pelo genial Péricles (de Andrade Maranhão) que ele publicava na revista brasileira O Cruzeiro onde Ernesto Lara Filho publicou uma grande entrevista que fez a João Goulart.
O “Amigo da Onça” colocava as pessoas em situações altamente embaraçosas. Como fez António Guterres com os estados-membros da ONU que não recebem ordens de Washington. Mas para perceberem bem quem era essa personagem hilariante, conto este episódio. O presidente Zelensky falou hoje com o Papa Francisco que tem condenado a guerra e apelado à paz. E no meio da conversa convidou o chefe da Igreja de Roma para visitar a Ucrânia. Eis o que é um amigo da onça.
Antes que seja demasiado tarde, desta humilde tribuna quero lançar um alerta. A OTAN (ou NATO) destruiu o Iraque e a “coligação ocidental” roubou os fundos soberanos do país. Roubou milhares de milhões de dólares, libras e euros. Ainda roubam o petróleo. Depois fizeram o mesmo com o Afeganistão. A seguir a Jugoslávia. Depois a Síria. Ao mesmo tempo a Venezuela. Enfim, estados falidos e a sua organização militar roubam que se fartam na maior das impunidades, até agora. Calma, longas noites têm cem anos. Um dia pagam, com juros e língua de palmo.
Cuidado, a Federação Russa não é a Jugoslávia! Não é o Iraque. Não é a Síria. Não é a Líbia. Os aviões da OTAN (ou NATO) não podem bombardear Moscovo ou matar o Presidente Putin como mataram o Presidente Kadhafi. Pelo contrário. Se continuarem a fazer declarações de guerra e a criar na Federação Russa os problemas económicos e sociais como criaram na Venezuela ou Síria podem preparar-se para desaparecer do mapa. O problema é se vamos todos na enxurrada, mesmo os inocentes.
Senhor António Guterres. Em
O líder dos nazis ucranianos diz que o objectivo deles é levar os brancos a dominar o mundo. O senhor presidente Zelensky incluiu os nazis do Batalhão de Azov nas forças armadas e sobretudo na Guarda Nacional, em 2019. Quem apoia nazis é nazi. Eu sou contra. Até à morte.
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