O ASSALTO A ANGOLA POR VIA DOS DIAMANTES E A EXPANSÃO DA NATO NA DIRECÇÃO LESTE DO CONTINENTE EUROPEU
Martinho Júnior, Luanda
EXPANSÃO DA NATO, CRESCIMENTO DA RUSSOFOBIA E DAS TENDÊNCIAS NEONAZIS, SURGIMENTO DUM AMBIENTE DE “APARTHEID GLOBAL”, PODEM-SE REFLECTIR CONTRA A PAZ AINDA ESTE ANO EM ANGOLA!
Quando o Presidente José Eduardo dos Santos se decidiu, no seguimento do IIº Congresso do MPLA (num ambiente de início do abate do Partido do trabalho) em finais de 1985, pelo caminho duma espécie de “Perestroika à angolana” sob sua inteira égide e responsabilidade, por muitos considerada de “pragmática” nas clivagens de abertura à “economia de mercado”, começou por imediatamente desarticular a Segurança do Estado em Março de 1986, sabendo que ela era um dos garantes, enquanto um dos instrumentos ideológicos e do poder do exercício da República Popular de Angola, da defesa da independência e da soberania, assim como da estabilidade nacional propensa ao socialismo!
Mais de 80 quadros da Segurança do Estado foram detidos, colocados compulsivamente fora do aparelho e os que haviam feito combate cerrado ao tráfico ilícito de diamantes e moeda por via do Processo nº 105/83, foram efectivamente presos, julgados e condenados a penas pesadas de prisão maior, por alegado (de facto artificioso enredo) “golpe de estado sem efusão de sangue” através do processo 76/86!
Os oficiais que foram julgados e condenados no Processo 76/86, fiéis e juramentados combatentes da luta popular de libertação que se consubstanciou na República Popular de Angola, sabiam já naquela altura que, tendo sido coerentes, cumpridores, rigorosos e íntegros na defesa do estado, era uma 5ª coluna que subvertia o próprio estado e isso iria trazer consequências imprevisíveis de grande vulto para Angola.
Os diamantes de Angola teimosamente fugiam das mãos do estado angolano que deveria ser o fiel depositário dos interesses de todo o povo angolano e não sendo mais assim, não seriam mais diamantes para Angola, mas diamantes para serem usados por interesses que iriam colocar em alto risco a própria sobrevivência do estado angolano, mesmo que deixasse de haver República Popular!
Essa 5ª coluna foi formada, em termos de traficantes, por muitos indivíduos portugueses ou luso descendentes, que haviam beneficiado da incontinência da descolonização e começado a delapidar a riqueza com a voracidade de abutres, ligados não só às Bolsas de diamantes de Antuérpia, Tel Aviv e Nova-York, mas a bancos financiadores de programas de inteligência, entre eles o Trade Development Bank e o Union des Banques Suisses (a título de exemplo)!
No terreno, esses traficantes de diamantes e de moeda estavam por seu turno conectados a comunidades locais particularmente em regiões de língua quimbundo e chokwe, num processo que havia sido filtrado desde antes da independência pelas autoridades colonial-fascistas, por via de autoridades administrativas e dos aparelhos de inteligência como os Serviços de Coordenação Centralizada de Informações de Angola (SCCIA) e da Direcção Geral de Segurança, sucessora da PIDE!
Há que recordar que o Movimento das Forças Armadas Portuguesas (MFA), que levou a cabo o golpe do 25 de Abril de 1974, não extinguiu a PIDE/DGS em África, permitindo sua integração nos processos de inteligência dum Portugal membro da NATO, apto à neocolonização e reconvertido pelo golpe de estado de 25 de Novembro de 1975 em Lisboa!
Cito aqui dez nomes, a título de exemplo, por que confesso que vivi esse processo de golpe de estado, esse sim, do Presidente José Eduardo dos Santos contra a República Popular de Angola, a RPA de que se haveria de desenvencilhar definitivamente a 31 de Maio de 1991 em Bicesse!
Nomes:
Hadoindo da Silva Correia Miranda (que foi administrador colonial em Cacuso), José Manuel Correia Dias (reincidente no tráfico de diamantes com o cumprimento de duas penas em processos distintos), Fernando Gonçalves Ribeiro de Sousa e seu irmão António Augusto Gonçalves de Sousa, o “Feroz” (Stand Univendas, sendo ambos naturais de Famalicão; o segundo estava ligado à UNITA), Fernando Margarido Pires (o “Fernando do Soqueco”, antigo agente da Polícia Judiciária Portuguesa), José Alberto Ferreira Pinto (o “Zeca Sibéria” filho dum agente da PIDE), Antonino Simões Durão, “Tony Kafunfo”, Fernando Mendes da Silva, o “Colorau” (um dos tripulantes da TAAG que mais colaborava com os traficantes de diamantes e de moeda nas rotas de Luanda para Lisboa, França e Bruxelas), Amílcar Augusto de Oliveira Dias (agente da PIDE/DGS e dos serviços de inteligência do “apartheid” implicado na preparação dos apoios aos batalhões semi-regulares da UNITA nºs 360, 513 e 517 nos Dembos), Sérgio Pereira (que haveria de ser uma das peças de influência de negócios ao mais alto nível)…
Podem multiplicar por 10 o “arsenal” que compunha esse tipo de personagens em redes de geometria variável de acção e inteligência, que foram neutralizadas por via do processo 105/83 e acabou por levar à condenação dos seus principais oficiais instrutores por via do processo 76/86, por causa do golpe de estado dado pelo próprio Presidente José Eduardo dos Santos à linha do MPLA – Partido do Trabalho, com as transformações que isso progressivamente implicou até ao “apogeu” de Bicesse!
Uma parte dos argumentos de alguns dos traficantes de diamantes e moeda da linha do processo 105/83, foram utilizados para produzirem o substracto da acusação contra os oficiais instrutores do seu próprio processo, na base das acusações de que foram alvo no processo 76/86, de “golpe de estado sem efusão de sangue” pelo qual os dignos oficiais da Segurança do Estado foram condenados a penas de prisão maior, sacrificados de facto no golpe do Presidente José Eduardo dos Santos!
Nascido duma situação de neutralização duma rede de indivíduos conectados ao Departamento de Estado dos Estados Unidos em função da guarda clandestina do rol de documentos que haviam sido pertença do Consulado dos Estados Unidos em Luanda em tempo colonial, o processo 105/83 expunha essa 5ª coluna formada maioritariamente por angolanos e portugueses e a sua actuação em regiões onde proliferavam os filtrados oportunismos de natureza etno-nacionalista quimbunda e chokwe, transformando a feição colonial na feição neocolonial!
Foi esse o recurso do “jogo” do Presidente José Eduardo dos Santos com vista ao fim da República Popular, arriscando a que os diamantes ficassem cada vez mais à mercê de Savimbi através de sua obediência às inteligências europeias filiadas na NATO e na União Europeia após o fim do “apartheid” dos “irmãos afrikander”, em estreita conexão com os clãs que detinham o poder no então Zaíre, em torno do regime híper corrupto de Mobutu e franjas de elites afins, espalhadas desde a África do Sul à Libéria!
A inteligência portuguesa (por tabela a europeia e a NATO) filtrou toda essa devassa, valorizando-a desde os expedientes colonial-fascistas e desse modo fez o reaproveitamento a favor do híbrido União Europeia – Organização do Tratado do Atlântico Norte, do manancial original que foi o Exercício Alcora!
Toda essa fermentação tem que ver com os conteúdos inteligentes do REGIME DE MARCELOS a que me tenho referido e é fundamento da repulsa dos contactos “cultivados” por Rebelo de Sousa e todos os seus sequazes em África, estabelecendo nexos colonial-fascistas estimuladores de etno-nacionalismos, próximos aos tráficos (de diamantes, de moeda, de armas e de mercenários) e à onda de neonazismo que vai desde Jonas Savimbi aos apaniguados de Stepan Bandera na Ucrânia, passando pelo ressurgimento neonazi em toda a Europa de que o estado português é também coautor e cúmplice!
É claro que esse processo tem todas as evidências das práticas de conspiração levadas a cabo pelo “hegemon” unipolar em Angola, em África e na Europa, o “hegemon” unipolar enquanto “grão-mestre do jogo” e das máfias neonazis, em consonância com o exercício que vem fazendo contra todo o Sul Global, desde o deflagrar das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagazaki num Japão completamente derrotado, em 1945!...
Em 1991, o ano “oficioso” do fim da República Popular de Angola, do MPLA – Partido do trabalho e das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, FAPLA, o “hegemon” unipolar conseguia acabar com o Pacto de Varsóvia, unificar a Alemanha (simbolicamente derrubar o muro de Berlim), fazer implodir a União Soviética seu alvo prioritário e começar a saga semiclandestina de expansão do híbrido União Europeia – NATO até aos confins do leste europeu, ao mesmo tempo que choviam impactos neoliberais nos seus alvos que incluíam a própria Rússia vergada às correntes neoliberais mais desestabilizadoras!
Em países como a Bulgária (que fez parte do “bloco socialista” e do Pacto de Varsóvia) e a Ucrânia (que fez parte da União Soviética), os excedentes de efectivos e armamento começaram a ficar à mercê das redes “stay behind” que estavam já sincronizados com a expansão da UE-NATO ao leste, até às fronteiras com a Federação Russa!
A exposição na Ucrânia aumentou desde a Euro Maidan e desembocou na actual convulsão!
Os traficantes de armas não surgiram do nada: eram repescados nas redes de índole nazi em função de nacionalismos fundamentalistas exacerbados que na Europa eram autênticas 5ªas colunas a explorar pelo “hegemon” de tal modo que não tiveram qualquer problema em estabelecer contactos com receptores em África, como Mobutu e Savimbi, que se identificavam aos seus propósitos ideológicos e práticos, respondendo com uma “folha de serviços” completamente afim!
Acabado o “apartheid” na África do Sul, numa Europa ocupada pelas bases do Pentágono, o “hegemon” unipolar montou toda uma vasta prática de conspirações, fazendo-as alastrar pela Europa, por África e pelo Médio Oriente Alargado, até chegar ao bárbaro feudalismo que se propõe ao “apartheid global”!
A Ucrânia, como a Bulgária, foram dos países que mais armas tinham disponíveis para serem aplicadas nos processos de desestabilização, de caos, de terrorismo e de desagregação, percussores da doutrina Rumsfeld/Cebrowski que haveria de surgir no início do século XXI!
É essa a razão da eclosão da “revolução laranja” (2004/2005) e da Euro Maidan, (em 2014), sem as quais os neonazis na Ucrânia, parte deles surgidos desde o tráficos de armas, de mercenários, de diamantes e de moeda interligados com os exercícios de Mobutu e Savimbi na década de 90 do século XX, passaram a estar na base da actual superestrutura ideológica e práticas de conspiração do híbrido UE-NATO, no qual se move o REGIME DE MARCELOS e a “boca alugada” do Rebelo de Sousa e seus apaniguados!
É essa a história que explica expansão indevida da NATO a leste, crescimento de tudo o que diz respeito à russofobia, surgimento do “apartheid global” em curso e, as declarações dos “turcos” de Savimbi sobreviventes à sua gesta, inclusive alguns como Alcides Sakala, deputado no próprio Parlamento angolano, ainda que seja cúmplice de assassinatos e queima das bruxas na Jamba!
No caso africano, os diamantes foram um dos processos financiadores da guerra que começou com Mobutu e Savimbi e depois alastrou por um leque variado de países como a Libéria, a Serra Leoa, o Burkina Faso, o Togo, a Costa do Marfim, a República do Congo (Brazzaville), a Zâmbia, ainda a África do Sul em plena regência de Nelson Mandela… a “Iª Guerra Mundial Africana” conforme foi conhecida!
Sem mais oficiais capazes de combater os tráficos e com uma Segurança do Estado jogada em caixote de lixo, em Angola os diamantes ficaram à mercê dos clãs sob a égide da aliança Mobutu – Savimbi a tal ponto que seriam utilizados para a compra de armas à Ucrânia, à Bulgária, aos desagregados componentes duma Jugoslávia que desapareceu pela força das armas da NATO e até à Rússia, enquanto ela esteve subordinada ao tandem Gorbatchov – Yeltsin, numa via de tal modo “inspiradora” que haveria de alastrar Europa e África fora!
Na década de 90, para levar a cabo a “guerra dos diamantes de sangue” entre 1992 e 2002, Savimbi articulou polarizados colares de exploração de diamantes aluviais de tal modo que acabou por expor o sistema defensivo de suas articulações militares desde os vales do Cuanza, do Cuango e do Cassai, agregando muitos dos traficantes de diamantes e de moeda que passaram a pulular no eixo Luanda – Malange, a uma parte suculenta dos processos de logística do que chamei com toda a propriedade na altura “Organização Terrorista Armada de Savimbi”, OTAS, uma designação que foi aceite pelo então Chefe de Estado Maior Geral das FAA, General João de Matos a 18 de Julho de 1998, num encontro que com ele tive na Catumbela!
Num dos rescaldos do conjunto de actividades de inteligência em suporte do EMG das FAA e dos organismos de Segurança do Estado de então, produzi a 3 de Novembro de 2001 o documento-memória que se segue (integra)…
“O estudo operativo em relação à OTAS, a partir de meados de 1998, evoluiu do seguinte modo:
1998 – Avaliação das suas características gerais, (a partir de meios operativos disponíveis e dos dados existentes na INTERNET), particularmente em relação à sua organização, estruturas, áreas de implantação e minas de diamantes, tendo como princípio que, por razões de estratégia, as Forças da OTAS em posição defensiva não podiam estar muito longe das minas de diamantes, de forma a melhor as proteger.
1999 – Avaliação operativa (com os meios disponíveis) de todas as minas de diamantes, assim como dos suportes existentes na Capital Zairense, KINSHASA, de forma a possibilitar minimamente o conhecimento dos mecanismos próximos de apoio e suporte (retaguardas), bem como linhas de penetração em ANGOLA, de forma a possibilitar a leitura estratégica propiciado pelo conjunto dos seus objectivos.
O conjunto de dados obtidos contribuiu, entre outros:
Para se encontrarem soluções político-diplomáticas, militares e operativas em relação à RDC, de forma a procurarem-se articulações geminadas entre os Governos de ANGOLA e do CONGO em relação ao enfrentamento de problemas que se entenderam como problemas comuns.
Para se desencadear a OPERAÇÃO RESTAURO visando neutralizar a posição de força da OTAS na REGIÃO DAS GRANDES NASCENTES (neste caso, houve coordenações com o General SIMEONE e com o então Vice Ministro para os SINFO, FERNANDO MANUEL) e no vale do CUANGO.
Para se decidir o início da pesquisa sobre SAVIMBI, que culminou em MAR 2000, com o fecho do contentor e a retirada do operativo principal do BIÉ (na sequência da morte do General SIMEONE e a destituição do Vice Ministro FERNANDO MANUEL), de acordo com ordens do então CEMG das FAA, General JOÃO DE MATOS.
O fiasco em relação a SAVIMBI, é por si um elemento informativo importante, como fundamento do seguinte raciocínio:
O plano Americano para ANGOLA, utilizando SAVIMBI como uma espécie de engodo, é no fundo a formação duma BURGUESIA NACIONAL que se torne incondicionalmente disponível aos seus interesses e os diamantes foram o leit motiv que mais contribuiu para o apelo dos candidatos, uma parte substancial deles compondo as principais estruturas do poder militar do País – 03-11-2001 12:22.”
De facto no quadro do capitalismo neoliberal impactado deliberadamente em Angola, os diamantes deixavam de ser para Angola por que se iriam esvair nas vias do choque (Savimbi) e da terapia (José Eduardo dos Santos) com uma avalanche neoliberal que incrementou imparavelmente a corrupção, que em Angola vai levar muitos e muitos anos a extirpar!...
O presidente português da UNITA, Adalberto da Costa Júnior e muitos dos seguidores de Savimbi habituados às práticas de conspiração neonazi do “hegemon” unipolar, aprestam-se hoje não só para as eleições que vão ocorrer em Angola, mas vão dando alguns sinais de degeneração da via pacífica Não-Alinhada de Angola!...
No horizonte próximo há o risco de no ambiente sociopolítico angolano voltar-se a um caminho deliberado de desagregação, misto de provocações, de caos e de terrorismo com um paulatino incremento de tensões e conflitos, ou até se chegar à possibilidade duma nova convulsão armada, com Luanda a tornar-se num dos principais palcos!
Os neonazis não estão neutralizados, apesar da desnazificação e desmilitarização forçada na Ucrânia e entre os estimuladores do “apartheid global” em curso, está o híbrido UE-NATO que com seus agentes começou a dar sinais de estarem apostados na próxima desestabilização de Angola!
CÍRCULO
Imagem extraída do artigo do
Jornal de Angola que se junta – o bolo neoliberal “ficou em cima da mesa” e no
alvo que passou a ser Angola, o choque foi protagonizado por Savimbi (com seu
arsenal de diamantes e armas ucranianas, búlgaras, russas e croatas) e a
terapia por José Eduardo dos Santos (o petróleo serviu a causa de seu
“pragmatismo” que derivou para a tentativa de criação duma burguesia nacional
que se tem exaurido na corrupção) – foi assim que Durão Barroso, esse vómito
neoliberal, ficou tão “amigo de Angola” e do MPLA – texto: Acordos de Bicesse
foram há 27 anos – O país assinala hoje o 27º aniversário da assinatura dos
Acordos de Paz de Bicesse, que embora não tenham trazido a paz definitiva em Angola,
marcaram consideravelmente a vida política angolana. – 31/05/2018 ÚLTIMA
ATUALIZAÇÃO 08H43 – Os acordos foram assinados a 31 de Maio de 1991, no
Estoril, Portugal, pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos,
e o ex-líder da UNITA, Jonas Savimbi, na presença de representantes de países
da Troika de Observadores, designadamente Portugal, Rússia e EUA. Com os
Acordos de Bicesse tinham ficado para trás 16 anos de confrontação militar e
desentendimentos entre o Go-verno e o então movimento rebelde. Os angolanos
tiveram, assim, a possibilidade de encarar o futuro com optimismo e confiança.
No entanto, este optimismo foi desfeito, porque, pouco tempo depois, houve o
reacender dos conflitos.
Ainda assim, a UNITA, numa declaração por ocasião da efeméride, considera que o
31 de Maio de 1991 revestiu-se de um “significado histórico singular”, porquanto
os “Acordos de Bicesse exprimiram o patriotismo e a coragem política das partes
em conflito que, no interesse nacional, renunciaram aos ditames da guerra fria
e optaram pela via do diálogo directo - muitas vezes rejeitado - para cimentar
a reconciliação nacional, estabelecer o regime democrático e construir a Nação”
– https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/detalhes.php?id=405651
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