Zelensky diz que se negociações falharem será "a terceira guerra mundial"
O Presidente da Ucrânia garante que está pronto para falar com Putin e sublinha que as forças russas estão a exterminar os ucranianos.
Presidente da Ucrânia afirma que só as negociações podem acabar com a ofensiva militar russa e avisa que o falhanço das conversações significará uma terceira guerra mundial.
Em declarações à CNN, Volodymyr Zelensky garantiu que está "pronto para negociar"
"Eu estou pronto para negociações. Eu tenho estado pronto durante os últimos dois anos. E sem negociações não podemos vencer esta guerra", afirmou.
"Todas as pessoas que acham que o diálogo é superficial e que não vai resolver nada não entendem que isto é algo muito valioso. Se houver nem que seja 1% de hipóteses de parar esta guerra, temos de agarrar esta oportunidade, temos de fazer isso", acrescentou.
O Presidente ucraniano realçou ainda a dignidade do povo e do exército ucranianos, que têm respondido à invasão russa. "Mas, infelizmente, a nossa dignidade não vai preservar vidas", lamentou. "As forças russas vieram para exterminar-nos, para matar-nos."
"Temos de usar qualquer forma, qualquer hipótese, para termos a possibilidade de negociar, a possibilidade de falar com Putin. Mas se estas tentativas falharem, significa que isto será uma terceira guerra mundial", rematou.
A lei marcial foi imposta a 24 de fevereiro, dia em que a Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Rita Carvalho Pereira | TSF | Imagem: AFP
Sem comentários:
Enviar um comentário