sexta-feira, 15 de abril de 2022

CUIDADO COM AS IMITAÇÕES E COMIGO

Artur Queiroz*, Luanda

Em 2014, ano do golpe dos nazis na Ucrânia e que marcou o início da guerra civil, Bjelajac Curtis Michael foi nomeado director executivo do Centro de Ciência e Tecnologia da Ucrânia (STCU). Quem é? Entre 1991 e 1995 foi consultor “sénior” da Artur Andersen LLP.

Hood Andrew Anthony. Quem é? Foi oficial da inteligência na Marinha de Guerra do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA). Entre 1996 e 2000 foi analista e investigador na área da inteligência no Departamento de Estado. Entre 2004 e 2012 foi director executivo do STCU, dando lugar a B C Michael.

Pauwels Natalie. Quem é? Representante do STCU na União Europeia. Maier Eddie Arthur. Quem é? O grande chefe da STCU junto da União Europeia. O Centro de Ciência e Tecnologia da Ucrânia (STCU) domina os laboratórios de armas biológicas instalados no país pelo estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA). Já que ninguém quer falar disso, falo eu. 

Quando a Federação Russa iniciou a operação militar especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o presidente Zelensky impôs a Lei Marcial. Logo a seguir baniu todos os partidos que são contra a adesão do país à União Europeia e à OTAN (ou NATO). Decretou a mobilização geral. E começou a caça a tudo quanto era “pró-russo”. Há quem diga que a GESTAPO de Zelensky já matou mais ucranianos do que as tropas russas. Um dia se saberá. Hoje sabemos que um alto funcionário ucraniano que integrou a primeira equipa de negociadores com a Federação Russa foi morto, acusado de espionagem. Os agentes dos serviços secretos ucranianos alegam que ele tentou fugir quando foi descoberto!

Viktor Medvedchuk foi eleito nas últimas eleições à frente da Plataforma de Oposição Pela Vida. Em 2021, ele e sua mulher, Oksana, foram colocados em regime de prisão domiciliar. Quando começou a operação militar esconderam-se, como fizeram milhares de ucranianos. O herói Zelensky anunciou nas redes sociais: “O Serviço de Segurança da Ucrânia prendeu Viktor Medvedchuk, o maior aliado de Putin no nosso país”. Não sei de quem é aliado. Mas sei que é o líder da oposição. Isso conta alguma coisa para as sacrossantas democracias ocidentais? Nada.

Segundo dia operação militar especial da Federação Russa para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. O herói Zelensky mandou libertar todos os presos. Depois foram armados para enfrentarem as tropas russas. Os assassinos foram libertados e armados em primeiro lugar.

Mais de metade da população ucraniana é russa ou fala russo. Logo no início da operação, centenas de civis andavam com uma braçadeira branca sinalizando que eram contra a guerra. Os agentes da GESTAPO ucraniana começaram a prender e a matar essas e esses cidadãos. Quando as tropas russas levantaram o cerco a Kiev, grupos de nazis da Guarda Nacional e dos serviços de segurança correram para as cidades até então ocupadas e executaram os “colaboracionistas”. Bastava que um vizinho apontasse o dedo a alguém e dissesse que recebeu bem as tropas russas, os denunciados tinham garantido um tiro e a vala comum. Foi assim que nasceu o massacre de Bucha e outras cidades dos arredores da capital da Ucrânia.

Bjelajac Curtis Michael, Hood Andrew Anthony, Pauwels Natalie e Maier Eddie Arthur. Por que foram referidos no início do texto? Porque eles estão ligados a uma rede de laboratórios criados na Ucrânia e financiados pelo estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA). O maior de todos está localizado em Mariupol a 30 metros de profundidade. É ainda mais importante do que o do Cazaquistão, perto da fronteira com a República Popular da China. Tropas russas destruíram-no recentemente e recolheram as provas das armas biológicas que ali se produziam. 

Os líderes dos países da União Europeia são os pais da democracia. Mas aceitam que o líder da Oposição na Ucrânia, o deputado Viktor Medvedchuk, esteja preso. Aceitam que um negociador ucraniano seja assassinado por ter ousado contrariar Zelensky. Acreditam que há massacres de civis num país onde o presidente armou esses civis. Libertou e armou presos de delito comum para participarem nos massacres. Grandes democratas.

Os líderes dos países da União Europeia sabem que os EUA têm um programa de armas biológicas para extermínio dos que não se submetem. Em vez de contrariarem e denunciarem, ajudam. Os grandes humanistas europeus, estrénuos defensores dos direitos humanos, fizeram fortunas colossais com o esclavagismo. Vendiam seres humanos. África ainda hoje está a sofrer os malefícios causados por esse hediondo crime contra a Humanidade. 

Os líderes europeus são herdeiros de fortunas astronómicas feitas à custa do colonialismo. Ainda ganham mundos e fundos. A Espanha mantém as colónias de Ceuta e Melilla. A França ainda tem ministro do ultramar para gerir as colónias de Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica e Nova Caledónia. O Reino Unido mantém domínio sobre vários países que eram suas propriedades. Mas guarda ainda as colónias de Anguilla, Bermudas, Ilhas Cayman, Ilhas Malvinas (roubadas à Argentina), Montserrat, Gibraltar, Ilhas Pitcairn, Santa Helena, Ilhas Turks e Caicos, Ilhas Virgens Britânicas. 

O estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) tem as colónias Samoa Americana e Guam. Mais os países da União Europeia, quase todos da América Latina e o mesmo na Ásia. A ONU pediu encarecidamente a todos os países colonialistas, há mais de 50 anos, para que extinguissem o colonialismo e colaborassem na consolidação da independência das antigas colónias. Acontece que o Reino Unido e os EUA são contra a liberdade política das suas colónias. A França está na mesma mas é mais elegante na recusa. 

Agora querem submeter a Federação Russa. Para isso fazem-lhe uma guerra por procuração da Ucrânia e com as armas da OTAN (ou NATO). A seguir viram-se contra a República Popular da China. Assassinam o jornalismo em directo, matam desgraçadas e desgraçados, põem uns palhaços a falar todos os dias nas televisões como se fossem chefes de estado, mostram valas comuns, espalham peluches por tudo quanto é sítio e glorificam os nazis ucranianos. Se Hitler fosse Zelensky, hoje na Terra só existiam loiros e de olhos azuis. Mas vão perder. Os nazis da África do Sul pensavam que submetendo Angola dominavam toda a África Austral. Os negros seriam todos escravos e os brancos seus senhores. Perderam no Triângulo do Tumpo!

Rui Valério é bispo das Forças Armadas Portuguesas e dos órgãos de Segurança. Disse hoje na CNN Portugal que “a guerra na Ucrânia é civilizacional, de um lado está a luz e do outro estão as trevas”. Ai os russos que querem dar cabo da civilização ocidental! Mais uma besta insanável. Mas ali há voz escondida do Tio Celito.

Um dia destes vamos ouvir certos bispos angolanos dizer que a UNITA é a luz e o MPLA está nas trevas. O Galo Negro ilumina Angola com as fogueiras da Jamba, com os atentados sangrentos ao aeroporto de Luanda e ao comboio do Zenza, com os cercos do Huambo, Cuito e Luena, cos a guerra nas ruas de Luanda. Os bispos devem estar loucos! Mas ainda estão a tempo de curar a loucura. 

Quanto aos angolanos, por favor, ponham os olhos na Ucrânia. O estado terrorista mais perigoso do mundo e a União Europeia pegaram num actor de novelas e comédias, puseram-no à frente de um partido chamado Servo do Povo e vejam o resultado. Milhões de refugiados, mortos, feridos, destruições. 

A tragédia de Mariupol deve-se exclusivamente ao actor herói da União Europeia e EUA. Porque ele não foi capaz de recusar as ordens de Washington, Paris, Berlim e Londres. Quando as tropas russas deram um prazo para o Batalhão de Azov e as outras forças militares se renderem, Zelensky deu ordens para lutarem até ao último homem. Agora estão quase todos mortos. De quem é a culpa? Do comediante do povo. Os votos que os ucranianos lhe confiaram redundaram em tragédia. 

No mês de Agosto temos eleições. Cuidado com as imitações. Nós também temos uns quantos Zelensky prontos a entregar Angola aos bandidos, a troco de uma mansão em Miami e uns milhões na conta bancária. E não faltarão bispos a dizer aos eleitores que devem votar nos matadores e ladrões de diamantes do povo.

Amigas e amigos contactaram-me porque estive uns dias ausente. Calma está tudo controlado. Deixei a escrita por alguns dias porque o chefe Biden me pediu para ir fazer uma entrega de armas ao Zelensky. E eu nem hesitei, sempre fui muito obediente e adoro os mentores do banditismo político. Mas já estou de novo aos comandos do teclado. Cuidado com o cão e comigo!

* Jornalista

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