Artur Queiroz*, Luanda
Os que me querem calar dizem que sou anti-americano. Todos Eram Meus Filhos, de Arthur Miller, é a peça teatral da minha vida. No Clube da Terra Nova tentei levá-la à cena, com o Mesquita Brehm (dramaturgo, escritor e filósofo), a Lisete Furtado D’Antas, a Fernanda Alpoim, o Ilídio Alves e o César Teixeira. Durante um ensaio, alta noite, apareceram lá uns senhores com passada de quadrupedes e rosto patibular. Um deles berrou: Não entram mais aqui! Miller ensinou-me a gostar de teatro. Mas entre Lóvua e Cassai apaixonei-me pela arte de Talma. Até hoje.
Dos EUA recebemos John dos Passos
e o seu Manhattan Transfer. Hemingway e O Sol Também Se levanta ou Por
Quem os Sinos Dobram. Ângela Davis e os Black Panters. Armstrong, Billie
Holiday ( Lady Day), Parker, Coltrane, Mingus, eu sei lá. Anti-americano
eu? A minha Mamã nasceu e cresceu
A Itália, através do fascista Mário Draghi, apresentou um plano de paz para a Ucrânia. Como disse a vice-ministra russa das relações exteriores, com a outra mão Roma manda armas para os nazis de Kiev.
Biden, para justificar a continuação da guerra, recorre impudicamente à mentira. Em Davos, Úrsula von der Leyen apelou “à derrota de Putin”. O terrorista mais perigoso do mundo, George Soros, patrão do condecorado Rafael Marques, disse isto aos milionários que participaram no fórum mundial: “A melhor - e talvez única - forma que temos de preservar a nossa civilização é através da derrota de Putin, o mais rápido possível”. Uns quantos ricaços agitaram-se, incomodados nas cadeiras e o multimilionário rematou: “A nossa civilização pode não sobreviver, caso as forças russas não sejam derrotadas, o mais rápido possível”.
Ainda em Davos, o ministro das relações exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, o tal que na reunião da OTAN (ou NATO) disse que a agenda dele é armas, armas, armas, sentenciou cruelmente: “A NATO não faz literalmente nada para travar a Rússia. Como aliança, como instituição, está completamente marginalizada e não faz literalmente nada. Lamento dizer isto”. Os ricaços agitaram-se, incomodados, nas cadeiras. O Fórum Económico Mundial tornou-se o palco da exaltação belicista. Eles querem guerra, desde 2014, quando os nazis de Keiv, embalados pelo triunfo no golpe de estado, iniciaram o genocídio dos russos no Leste da Ucrânia. O terrorista Soros tem razão. Os ricaços perderam o amor ao dinheiro, logo a civilização deles está no fim.
Em Davos, pasmem-se, apenas houve uma voz sensata, a de Henry Kissinger! Ele avisou os ricaços que o melhor é negociarem imediatamente a paz com a Federação Russa porque se a operação militar continuar mais três meses, “passa a ser uma guerra da NATO contra os russos”. Kissinger a falar de paz e os mabecos ladrando à guerra. Só faltava esta.
E quanto aos valores da democracia? A primeira-ministra sueca hoje explicou tudo bem explicado: “A Suécia não apoia nem arma organizações terroristas. A Turquia pode aceitar-nos na NATO”. Os meus amigos do PKK (curdos) que fujam rapidamente dos países nórdicos. Um dia destes são todos presos e entregues em Ancara, com um embrulho bonito, de lacinho e tudo. Washington, Paris e Londres andaram anos pressionando os países nórdicos para não apoiarem o MPLA. Mas nunca conseguiram.
Olof Palm foi um grande amigo de Angola. Os seus sucessores entregam os lutadores da liberdade a troco do negócio da guerra. Para que serve esta civilização? Nítido nulo! Conhecem? À lista dos laços que me ligam profundamente a Portugal acrescentem Vergílio Ferreira, o genial autor de Manhã Submersa.
Comentadores e “jornalistas” portugueses ficaram ante as câmaras da RTP (canal oficial) discorrendo sobre os mercenários na Ucrânia. Sabem quem incluíram no pacote do mercenarismo? As tropas da Chechénia! Assassinos do jornalismo, professoras e professores universitários analfabetos ainda não sabem que a República Autónoma da Chechénia pertencesse à federação Russa. Como o Texas faz parte dos EUA. Quanto ao presidente Ramzan Akhmadovich Kadyrov eles simplesmente dizem que é “o chefe dos mercenários que combatem na Ucrânia”. Às costas de tanta ignorância, a CIA e o Pentágono vão facturando com a tragédia humana em terras ucranianas.
Enlouqueceram completamente. Agora puseram os Media ocidentais a dizer que a Federação Russa perdeu a guerra na Ucrânia. Em Portugal a loucura ultrapassa tudo. A CNN Portugal pôs o major-general Isidro Morais Pereira a dizer isto: “Aquilo em Mariupol ainda não está resolvido, há indícios de que existe sabotagem de 300 insurgentes na cidade. Eles só se renderam em Azovstal por decisão política do governo de Kiev. Caso contrário ainda estavam a combater”. Uma especialista em assuntos loucos, Sónia Sénica, acrescentou: “Em Mariupol aconteceu uma derrota militar e moral dos russos”. Pagam-lhes para dizer estas coisas.
A ONU também entrou na espiral de loucura. António Guterres disse que em África a fome vai apertar porque a Ucrânia não exporta cereais! É a tempestade perfeita, diz o secretário-geral. Antes da operação militar russa, mais de dois terços dos ucranianos passavam fome. Eram pobres de pedir. Mas o país é que alimentava África! Grande maluco, este Guterres.
Michelle Bachelet,
alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos recebeu ordens do estado
terrorista mais perigoso do mundo para ir a Pequim ameaçar os chineses. O
presidente Xi Jinping disse à moça de recados: “Minha senhora, não precisamos
cá de pregadores!” Ela, coitada, pensava que estava em Caracas, Damasco ou
Teerão. Levou uma corrida das antigas. O dono do Rafael Marques, George Soros,
tem razão. A civilização deles está feita
Uma informação que todos esconderam. O Zelensky mandou fechar uma das torneiras do gás que segue para os países da União Europeia. Mais de um terço da energia ficou pelo caminho. A inflação sobe. Os preços trepam que trepam. E as armas não chegam às mãos dos nazis. Tempestade mais do que perfeita!
*Jornalista
Sem comentários:
Enviar um comentário