Artur Queiroz*, Luanda
O “Diário de Notícias” tinha a
maior tiragem, expansão e circulação
A CNN Portugal tem um tal Santos Costa que faz uns comentários desconchavados e primários. Para dizer os disparates que diz, podia estar na Porcalhota ou no Bairro da Jamaica. O abominável falsificador do jornalismo é apresentado como “correspondente na Ásia”. Mas não está no centro do continente. Ladra à lua a partir de Tóquio que como de sabe, fica numa ilha. Levanto esta questão porque tal dislate é um abuso, uma mentira, um embuste, uma forma miserável de enganar a opinião pública.
Mas é também um sintoma evidente do eurocentrismo acéfalo que esta gentalha gosta de exibir. O mundo é a Europa. E o centro desse mundo liliputiano é a santa terrinha deles. Por isso é que dizem, com uma arrogância desmedida, que os portugueses descobriram Angola, descobriram a Índia e descobriram o Brasil. Até descobriram o Japão! Infelizmente, os africanos, indianos e índios é que descobriram os portugueses. E a descoberta aconteceu demasiado tarde. Já os ocupantes tinham montado a quitanda da escravatura e depois desfraldaram a bandeira do colonialismo.
O correspondente da CNN Portugal
na Ásia está
Ainda os europeus não sabiam o que era um jornal ou uma máquina de imprimir já coreanos e chineses davam cartas nessas áreas. E estou a incluir as “Tábuas Brancas” da velha Roma. Os coreanos inventaram tipos de bronze! Nas minas de ferro do Bembe, os artesãos do Reino do Congo faziam miniaturas de bronze, exactamente com as mesmas técnicas dos tipos da Imprensa coreana.
A CNN Portugal não se atrevia a
apresentar o tal Santos Costa como “corresponde na América”, se o moço estivesse
Depois vai a Cuba falar com o
Presidente Miguel Mário Díaz-Canel e propõe-lhe a instalação de armas nucleares
em vários pontos da Ilha. Instalam rampas de lançamento dos mísseis
hipersónicos Kinzhal. Atingem, com alta precisão, mais de
Instaladas em Cuba as bases nucleares e os mísseis hipersónicos, a Ucrânia pode entrar na OTAN (ou NATO) sem qualquer problema.
Ninguém no mundo vai contestar a instalação de armas nucleares e mísseis hipersónicos de longo alcance, na República de Cuba. Úrsula von der Leyen diz que cada país decide que armas tem e a que organizações militares adere. Charles Michel diz o mesmo. Borrell até diz que os estados soberanos “não andam a mando da Rússia”. O senhor Blinken afina pelos mesmos argumentos. Comentadoras e comentadores de todo o mundo repetem o mesmo discurso. Até uma canzoada de generais portugueses garantem que cada estado soberano é livre de instalar no seu território as armas que entender.
Está feito e aprovado. No dia da inauguração das bases com armas nucleares, o presidente Miguel Mário Díaz-Canel faz um aviso a Washington: Ou param imediatamente o embargo ilegal ou levam com múltiplas bombas atómicas. Têm uma hora para parar esse crime! O Biden fica sem fala, o Blinken começa a patinar e a Nancy Pelosi borra-se toda no colo do Zelensky.
Hoje mesmo, um comentador da CNN Portugal disse que o primeiro-ministro português António Costa é um herói. Tem um papel muito importante na “guerra da Ucrânia”. E qual é esse papel? “Vai falar com os países africanos de língua portuguesa e diz-lhes que não podem continuar a abster-se, têm de votar contra a Rússia”. O rapaz tem razão. Ios pretos têm de obedecer aos brancos. Um dia destes lá vem ele com o Cravinho a Luanda ordenar o voto contra os russos.
Por Cabo Verde não ponho as mãos no fogo. Mas Angola, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe dão uma corrida ao Costinha que ele só para no cemitério de Benfica para se enfiar na urna e descer à terra.
Armas nucleares e mísseis hipersónicos Kinzhal para Cuba, imediatamente! Cada estado soberano toma as medidas que quiser.
Se o Presidente Andrés López Obrador quiser uma bases nucleares e uns quantos mísseis hipersónicos na fronteira com os EUA, é ouro sobre azul. Teremos, finalmente, a paz no mundo. Porque o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) vai pensar duas vezes antes de se armar em papão e atacar estados independentes, para roubar o petróleo e os fundos soberanos.
Os deputados do Parlamento Europeu e “advogados” da União Europeia já estão a estudar a melhor forma de roubar os fundos da Federação Russa depositados nos bancos norte-americanos e europeus.
Nisto eles são excelentes. Aliás, não sabem fazer mais nada que não seja roubar no peso, na medida e a riqueza dos outros. O banditismo está a dar as últimas.
*Jornalista
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