terça-feira, 7 de junho de 2022

Com 211 votos a favor. Boris mantém confiança dos deputados conservadores

O primeiro-ministro do Reino Unido enfrentou os deputados do partido e, embora não tenha caído com a votação, sabe que enfrenta mais de cem vozes de protesto interno.

O primeiro-ministro britânico e líder dos conservadores, Boris Johnson, viu 211 deputados do Partido Conservador votarem a favor da confiança no chefe de Governo. Isto quer dizer que apenas 148 parlamentares do partido não têm confiança no líder.

Boris Johnson precisava de pelo menos 180 votos para permanecer como líder do partido e ter um ano de imunidade contra novas moções de censura. Uma derrota significaria uma eleição interna para encontrar um sucessor na qual o atual primeiro-ministro não poderia concorrer.

Todos os 359 deputados participaram na votação e os resultados revelam que Johnson enfrenta agora uma maior oposição, em termos proporcionais, do que a que Theresa May enfrentou em 2018. Nesse ano, 117 deputados conservadores mostraram-se contra a continuidade da então primeira-ministra.

Boris Johnson enfrentou esta tarde a votação de uma moção de censura, enquanto líder do Partido Conservador, após dezenas de deputados terem manifestado o seu descontentamento.

Entre as razões constavam o escândalo das festas em Downing Street durante a pandemia de Covid-19, conhecido como Partygate, a intenção de legislar para suspender partes do Protocolo da Irlanda do Norte do Acordo do Brexit ou a política de enviar imigrantes ilegais para processamento no Ruanda.

Graham Brady, presidente do grupo parlamentar conservador, também conhecido por Comité 1922, declarou hoje de manhã ter sido ultrapassado o patamar de 54 subscritores para desencadear o processo.

A votação secreta teve lugar na Câmara dos Comuns entre as 18h00 e as 20h00 e o resultado, determinado por maioria simples, foi declarado pelas 21h00.

Esta é uma moção de censura interna do partido e não no Parlamento, pelo que só os 359 deputados conservadores podem participar.

TSF | Lusa

Imagem: Boris Johnson, primeiro-ministro britânico © Jason Alden/EPA

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