Bom dia. Expresso Curto, a seguir. Bom dia? É o que se verá porque ainda o dia começou há pouco e ainda é uma criança que comporta a desesperança causada por governantes armados de falsas promessas e de falsa democracia. É esse o “pão-nosso de cada dia” nos quotidianos invadidos por mastruços (plantas daninhas) mafiosos na política e nos grandes e opacos negócios. Os tais saídos de universidades onde aprendem superiores artes de mentir, iludir e manipular. Enricando-se com o alheio… Daí aquele dito popular sonoramente exclamado “é fartar vilanagem!”.
Temos assim em Portugal alguns dessa espécie na política, no empresariado e etc.., com ela emparceirado ou não. É a vida proporcionada aos plebeus inertes da atualidade que se deixam ludibriar olhando-se nos seus próprios umbigos e gerindo as suas misérias de fome e de esclavagismos de toda ou quase toda uma subvida estupidamente embalada por coices e loas.
AFINAL FOI A UCRÂNIA QUE ATACOU A POLÓNIA, UM PAÍS DA NATO. PODE?
Internacionalmente, que é o que também o Expresso Curto aborda de seguida – naquilo a que o jornalista Artur Queiroz denomina a Redacção Única OcidentaL - o que está a dar e a vender são os mísseis (foi um, foram dois?) que atacaram a Polónia. Que o atacante foi a Rússia… Não, afinal foi a Ucrânia que atacou a Polónia. Credo, a Ucrânia atacou um país da NATO. Pode? Os nazis-fascistas de Zelensky o que querem é a Terceira Guerra Mundial e que o mundo se pegue à pancada com cachaporras nucleares devastadoras. Na Segunda Guerra Mundial também foram os nazis e fascistas que deram os tiros de partida para as desgraças históricas que se seguiram durante anos e anos… Parece que não aprendemos nada. Pois não?
“Oh, desculpem, enganámo-nos!” Exclamará o querido Zelensky nazi-fascista que após a queda do míssil (mísseis?) apressou-se a dizer cobras e lagartos do “ataque russo à Polónia e à NATO”. Apetece dizer: abram os olhos mulas. Dos nazis que detêm os poderes na Ucrânia não veio nem virá nada de bom para a humanidade. Curiosamente também países como a Letónia e a Estónia, entre outros da casta nazi, se apressaram a atiçar o fogo contra a Rússia Malvada que atacou a NATO com mísseis sobre a Polónia… São mesmo uns merdas nazi-fascistas.
Adiante, porque já cheira mal e o Curto do Expresso está a seguir. Com muito para ler. Com e sem propaganda. Siga. É sempre útil chafurdar um pouco na fossa dos que nos querem fazer a cabeça para vantagem de uns quantos (poucos) em prejuízo de biliões que correspondem ao total da humanidade neste planeta tão ajavardado por esses tais energúmenos.
Bom dia e boa leitura. Siga.
MM | Redacção PG
ATAQUE OU ACIDENTE?
Cristina Peres, jornalista de Internacional | Expresso (curto)
É “pouco provável” que o
míssil que caiu ontem à noite em território polaco tenha sido disparado a
partir da Rússia, declarou o Presidente Biden após reunião com os aliados na
reunião do G-
Às 9h de hoje a NATO faz uma reunião de emergência. Duas horas mais tarde,
volta a reunir-se o Conselho Nacional de Segurança da Polónia depois
da primeira reunião de emergência de ontem à noite, quando se soube da explosão
em território polaco na zona de Przewodów. “As afirmações da comunicação social
e de funcionários polacos sobre a alegada queda de mísseis ‘russos’ ” são uma
provocação deliberada para fazer escalar a situação”, lê-se num comunicado do
ministério da Defesa russo. Moscovo nega responsabilidade pelos projéteis que
atingiram território polaco e o Presidente da Turquia, citado pela CNN Internacional, disse-se satisfeito com a declaração de
Moscovo: “Levamos a sério a declaração russa de que não teve nada a ver com
isto”.
“Ataque ou acidente?”. Versão russa, reação da NATO, o que muda na guerra depois de a Polónia ter sido
atingida? Depois do “provável acidente” pode haver uma escalada da
guerra.
Segundo a CNN internacional, o isolamento internacional da Rússia
aumentou esta quarta-feira quando os líderes G20 reunidos em Bali procuraram
uma condenação unânime da guerra na Ucrânia. O escrutínio caiu sobre a
China e a Índia quando os países ocidentais procuravam denunciar a guerra
na declaração final.
O esboço da declaração
conjunta final do G20, desta vez não é um “comunicado” como de costume (a
declaração seria unânime e o comunicado admite divergências entre os
signatários), foi conhecido às 6h (hora de Portugal continental). “Deplora nos
termos mais fortes a guerra da Rússia na Ucrânia”, exigindo a “completa e
incondicional retirada” da Rússia do território do país seu vizinho,
reporta o jornal “The Guardian”.
A referência à guerra é uma rejeição da pretensão russa de estar envolvida
num “operação militar especial”. Porém, a declaração diz haver “outras opiniões
e diferentes avaliações da situação e das sanções”, refletindo as divisões
entre os Estados G20 relativamente à Rússia. A declaração avisa que “o uso ou a
ameaça de uso de armas nucleares é inadmissível. A resolução pacífica de
conflitos, esforços para lidar com crises, bemc como diplomacia e diálogo, são
vitais. A era de hoje tem de não ser de guerra”, lê-se no documento reportado
pela Reuters.
A guerra na Ucrânia, sublinha, “está a causar imenso sofrimento humano e
a exacerbar as fragilidades existentes na economia global -
contraindo o crescimento, aumentando a inflação, destruindo as cadeias de
fornecimento, elevando a insegurança energética e alimentar e
fortalecendo os riscos da estabilidade financeira”.
Ainda a propósito do G20, o podcast Bloco de Leste analisa o aperto de mão de Xi
Jinping e Joe Biden.
Leia aqui (Expresso) a sequência dos acontecimentos e as notícias
ao minuto.
OUTRAS NOTÍCIAS
O ex-Presidente norte-americano Donald Trump anunciou ontem à noite a sua recandidatura à Casa Branca prometendo
“trazer a América de volta”. Adiantou o pedido de eliminação de votações
antecipadas, votos à distância e o uso de urnas eletrónicas. De caminho,
ignorou os republicanos, os processos e quem lhe puxou o tapete. O mogul dos
media, Rupert Murdoch, avisou Donald Trump de que não vai contar com o seu império mediático
para apoiá-lo na sua vontade de regressar à Casa Branca. Ron DeSantis
é a sua escolha, depois dos maus resultados dos candidatos apoiados por Trump
nas eleições midterms.
A revista “The Economist” entrevistou Joko Widodo, o Presidente
da Indonésia e anfitrião do encontro do G20, que termina hoje
A Índia afirma-se como o maior motor da economia mundial para
os próximos cinco anos (crescimento de 6%) ao mesmo tempo que o Japão
anuncia ter entrado em contração económica e a Europa admite estar
“Esquadras” ilegais chinesas. Pequim nega, porém a investigação avança por todo o mundo. É o universo
do “alegadamente” a deixar de o ser investigado pelas unidades que se
dedicam a crimes complexos e transnacionais.
Guangzhou revoltado. Os residentes de Guangzhou revoltaram-se contra o prolongado confinamento a
que a política chinesa de covid-zero está a obrigar. Barreiras derrubadas
ao som de entusiásticos gritos dão conta do cansaço dos chineses.
Israel recusa. Não quer participar da investigação à morte da jornalista da Al-Jazeera Shireen Abu
Akleh. Diz o PM que “os soldados israelitas não vão ser investigados pelo
FBI ou qualquer outro organismo ou Estado estrangeiro”.
Guerra na Ucrânia. Wolodymyr Zelensky expõe dez pontos fulcrais para uma futura
negociação de paz no mesmo dia em que as Nações Unidas alertam para o uso de tortura em
prisioneiros de guerra por russos e ucranianos. Siga aqui as notícias em direto.
Em 2003 metade da população mundial passou oficialmente a viver nas
cidades. Hoje são 56% e em 2050 serão sete em cada dez humanos.
Entretanto, passámos a ser 8 mil milhões de humanos. No entanto, em Portugal, está a
perder-se população e para remediá-lo há que atrair trabalhadores estrangeiros.
Hidrogénio verde. Há milhares de milhões de €€ prometidos que não saem
do papel.
87 crimes de abuso a 15 vítimas menores. O caso vai a tribunal em Famalicão e o réu é um
professor de… Moral.
Mundial de Futebol. Marcelo, Santos Silva e Costa vão ao Catar. “O Mundial da
Vergonha” como lhe chama António Araújo neste texto de Opinião do DN. A FIFA pede que o futebol tenha prioridade e o ativismo
acabe…
Mal começou a chover e a temperatura desceu uns três graus o título “Vêm
aí os Festivais de verão” quase assusta. Mas parece que é só o plantel do NOS Alive e do Kalorama a serem revelados…
FRASES
“Joe Biden personifica os fracassos da esquerda e a corrupção de Washington”, Donald
Trump, durante o anúncio da sua recandidatura à presidência dos Estados Unidos
“A reação dos nossos aliados, o seu inequívoco apoio e vontade de estar ao
nosso lado mostra que somos um país muito mais seguro do que se não
estívessemos na NATO”, Pavel Jablonski, Ministro dos Negócios Estrangeiros
da Polónia citado pela Reuters
“Por favor, vamos focar-nos no futebol”, Gianni Infantino, presidente da
FIFA, Fatma Samoura, secretária-geral da FIFA, pedido encarecido feito
numa carta enviada às 32 equipas que vão disputar no Catar o Mundial 2022
O QUE ANDO A LER E A OUVIR
Um ser humano anda há anos a fazer um trabalho incrível com o intuito (também)
didático de ensinar o muito que há a aprender sobre a Ucrânia, o Leste
europeu, o fim muito menos cor de rosa da II Guerra Mundial do que foi
pintado pela vontade geral de encerrar o capítulo, e as razões políticas,
económicas e demográficas para que o mundo esteja a viver o que está neste ano
de 2022.
Chama-se Timothy David Snyder, é historiador, norte-americano nascido
no Ohio, criou sede na Europa na capital da Áustria, onde é fellow permanente
do Instituto de Ciências Humanas, cidade onde passa a maior parte do tempo que não
está a ensinar na Universidade de Yale. Foi em Viena que o entrevistei para o Expresso em 2016, altura
em que o Brexit ainda era uma de duas possibilidades e em que o termo
Eurásia era muito raramente ouvido, porém usado com frequência nas teses de
Snyder.
Todos os títulos dos livros do Professor Snyder disponíveis (muitos deles traduzidos
para língua portuguesa) apontam para o presente que vivemos e são fruto de
um ponto de vista raro: nascido em 1969, 20 anos mais tarde assistia ao fim da
União Soviética, altura em que se muda para a Polónia a fim de estudar o Leste
europeu aperfeiçoando, em simultâneo, as dez línguas que fala.
“Bloodlands” (“Terra Sangrenta”), “Black Earth” (“Terra Negra - O Holocausto
como História e Aviso”), “The Road to Unfreedom” (“O Caminho para o fim da
liberdade - Rússia, Europa, América”), “On Tyranny - Twenty Lessons from the
Twentieth Century” (“Sobre a Tirania - Vinte Lições do Século XX”) e, mais
ainda, as lições que transformou em podcast e que dão pelo nome “The Making of Modern Ukraine” são estudos
superiores que Snyder torna acessíveis ao mundo inteiro como quem abre a
academia a todos os interessados. Um verdadeiro cidadão inscrito na sua época
cuja produção académica, intelectual, e atividade no Twitter, valem a pena.
Termino este Curto bendizendo a pouca chuva que vai caindo, as conquistas no
combate às alterações climáticas que consigam sair do papel e não sejam
boicotadas e desejando que todos os nossos leitores, ouvintes e seguidores
fiquem com expresso.pt
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