Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião
Há sempre possibilidade de abrir caminhos à esperança, ao futuro. Os movimentos dos jovens contra as causas das alterações climáticas e ambientais provam-no. A politização da juventude é da máxima importância para atingir aquele objetivo. Os jovens irão descobrindo formas de lá chegar. Não poderão dispensar a memória, mas serão eles os construtores mais responsáveis: a vida abre-se-lhes por muito tempo. Aos mais velhos compete tentar ser jovens, ou seja, assumir o futuro como presente contínuo - onde as gerações todas se encontram - e darem um contributo prospetivo com humildade.
Parece-me muito positivo termos visto recentemente alguns milhares de jovens, em escolas secundárias e universidades, darem sinais de não quererem sucumbir à despolitização egoísta, nem ao consumismo desenfreado, nem à desesperança que lhes é incutida quando, num contexto de extraordinários avanços técnicos e científicos, lhes dizem que a Humanidade está condenada a viver sob as violências de "crises" sucessivas, a continuação do belicismo, a "cultura" do egoísmo e de ódios.
Dir-me-ão alguns mais velhos e
até jovens mais politizados que naquelas ações se percecionaram contradições e
fragilidades concetuais face ao significado do combate