segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

CRISE CAPITALISTA, PANDEMIA, MILITARIZAÇÃO E GUERRA

– A imprescindível análise de totalidade da ofensiva capitalista contra a classe operária

CNC [*]

I. Os planos da oligarquia capitalista para “sair” da crise e conservar o poder: destruição de capital e evitar a revolução. A experiência de controle social do Covid

Nos dois relatórios políticos da Coordenação de Núcleos Comunistas analisam-se os grandes acontecimentos recente – a gestão do Covid e a guerra da NATO contra a Rússia – de forma integral, ou seja, inscritos na crise geral do modo de produção capitalista e em especial do núcleo central do imperialismo, os EUA e a UE.

Esta crise, a maior da história do capitalismo, verifica-se quando se efetuou uma inédita centralização do capital em todas as suas formas, acelerada pelos avanços científico-técnicos da 4ª revolução industrial (informática, robótica, inteligência artificial, neuro-ciência).

A oligarquia, que através dos grandes fundos de investimento controla os centros chave do capital financeiro, industrial e comercial, tem hoje na sua mão os instrumentos para implementar, através dos governos ao seu serviço, as decisões políticas necessárias para cometer as transformações com que o capitalismo enfrentou todas as suas grandes crises: destruição em grande escala do capital menos competitivo, aceleração da concentração das grandes empresas em cada vez menos mãos e “saneamento” do mercado para começar de novo, mudando as regras do jogo.

Para entender melhor este processo é útil recordar a chamada “reconversão industrial” dirigida pelo PSOE nos anos 80 no Estado espanhol, com o engodo da entrada na Comunidade Europeia. Com esse cínico nome cometeu-se a destruição maciça da indústria pesada, da mineração, da agricultura e da pecuária, acompanhada da privatização de grandes empresas públicas. Então, esse processo que destruiu em grande escala nosso tecido produtivo e que foi acompanhado da precarização generalizada das relações laborais, contou com a cumplicidade subornada das direções da CC.OO e UGT que dividiram e debilitaram a resistência operária.

Algo parecido, só que a uma escala muito maior e, como dissemos, com os recursos técnicos da chamada quarta revolução industrial, é o que o Fórum Económico Mundial, estado maior do capitalismo “ocidental”, chama “a Grande Reinicialização”, uma paráfrase do que então se chamou “reconversão”.

Trata-se agora da liquidação maciça de empresas e de postos de trabalho; trabalho humano substituído pela digitalização, pela robótica, etc. Isto supõe, está a supor, o afundamento na paralisação, sem expectativa alguma de conseguir um emprego, de milhões e milhões de trabalhadoras e trabalhadores e a privação de futuro à juventude.

É evidente que esta situação, que se apresenta como irreversível, vai produzir revoltas sociais generalizadas que podem desembocar em processos revolucionários. Aqueles que estão a conceber o “Great Reset” sabem-no perfeitamente.

A preocupação maior das classes dominantes, ao longo da história do capitalismo e agora com mais razão, é impedir que o cumprimento do seu objetivo prioritário de maximizar lucros incrementando a exploração, possa conduzir a que a insurreição daqueles que não têm mais do que a sua força de trabalho para sobreviver lhes arrebate o poder.

É neste quadro que se inscreve a experiência maciça de controle social que implicou, à escala mundial, a gestão da pandemia Covid. A fabricação do micro-organismo “com ganho de função”, ou seja, com um aumento artificial da sua capacidade patogénica num laboratório de armas biológicas dos EUA, e a sua colocação em circulação à escala planetária, permitiram implantar medidas de militarização em grande parte dos países, sobretudo nos EUA e na UE.

A centralização do poder económico nos grandes fundos de investimento implica o controle das grandes multinacionais farmacêuticas e, através delas, da OMS, das agências de medicamentos, sobretudo a FDA (EUA) e a EMA (UE) e dos grandes meios de comunicação e redes sociais. Tudo isso tornou possível que de forma centralizada, coordenada e com disciplina militar se impusesse a censura, se gerasse o pânico e se dessem ordens que os governos subornados aplicaram.

A psicose de terror diante do Covid e as brutais medidas repressivas impostas, que incluíram a ocupação pelo exército e corpos repressivos de povoados e cidades, tornaram possível que se aceitassem sem grande resistência medidas que até agora só se tomavam em tempos de guerra, tais como o confinamento e a paralisação da economia ou a suspensão de direitos e liberdades fundamentais.

Estes factos conduziram à destruição de milhares de pequenas e médias empresas e permitiram às classes dominantes comprovar até que ponto podem reduzir as sociedades a uma massa informe de seres submissos, capazes inclusive de exercer as denúncia e a repressão contra aqueles que não aceitaram tornarem-se vassalos. Tal como nos melhores tempos do fascismo. A oligarquia reunida no Fórum Económico Mundial de Davos de 2021 não cabia em si de gozo ao comprovar a eficácia do disciplinamento social e, ao mesmo tempo, o rápido avanço da digitalização, do trabalho telemático, da implantação do passe Covid, do uso maciço do cartão bancário – precedentes de mecanismos de controle de populações – ou a generalização das compras pela Internet. Mas, sobretudo, o confinamento acelerou exponencialmente o uso de redes sociais, a visualização de séries e, especialmente nos mais jovens, dos jogos “on line”, cujas plataformas e conteúdos, produzidos pelas grandes empresas tecnológicas, permitem a evasão maciça de uma realidade cada vez mais hostil e conduzem ao isolamento destruindo as relações sociais.

O aumento espetacular dos suicídios, principalmente na juventude, inclusive em crianças cada vez mais pequenas, ou o incremento do consumo de ansiolíticos e anti-depressivos, são, provavelmente, as consequências mais dramáticas sobre a mente humana da implantação de formas de vida que convertem as pessoas numa espécie de zumbis solitários e são instrumentos fundamentais para implantar seu projeto de dominação sem resistência.

Todos estes mecanismos focam-se sobretudo na juventude, nos filhos e filhas da classe operária aos quais esta “reconfiguração” do capitalismo não oferece futura algum e que deveriam ser os principais protagonistas da resistência. Sua auto-exclusão da vida social e sua aniquilação como seres pensantes, incapazes de tomar decisões, que estão a ser alimentados pela introdução maciça de drogas nos bairros operários, é condição chave para a implantação deste projeto criminoso de destruição social.

Esta é a materialização do lema macabro da Agenda 2030: “não terás nada e serás feliz”.

II. O silêncio cúmplice das organizações da classe operária

Esta análise é imprescindível para as organizações revolucionárias. Dela e da identificação do papel complementar a militarização social e da guerra, deveriam deduzir-se as linhas políticas fundamentais para organizar a resistência. Salvo raríssimas exceções, esta análise não foi efetuada.

Antes pelo contrário. Não só a esquerda institucional, a política e a sindical, atuaram como cúmplice necessário e privilegiado, incluídas as auto-proclamadas esquerdas independentistas que serviram de aríete decisivo para a implementação das medidas repressivas mais brutais. Tão pouco a imensa maioria das organizações anarquistas e comunistas atreveram-se a levantar a voz.

Renegando toda a análise materialista anterior que identificava as multinacionais farmacêuticas como executoras de todo tipo de crimes contra a população, recorrendo à corrupção sistemática de políticos e pessoal médico para vender fármacos cujos graves efeitos adversos eram ocultados mediante ensaios clínicos truncados, renegando desta análise, aceitou-se sem crítica o discurso oficial. Não só não se levantaram vozes para denunciar a subjugação de direitos e liberdades: o atentado contra a classe operária que implicou o confinamento ou a coerção brutal à vacinação contra as trabalhadoras e trabalhadores precários que tiveram de inocular-se para não perder o posto de trabalho. Fez-se algo mais. Membros destacados destas organizações atuaram como censores e caluniadores daqueles que discordavam, fazendo seus os mesmos epítetos usados pelos grandes censores: negacionistas, não solidários, anti-vacinas ou colaboradores da extrema-direita.

Este posicionamento, incompatível com a análise materialista mais elementar, além de haver deixado a classe operária sem quaisquer referências políticas e sindicais e de haver contribuído decisivamente para a submissão generalizada frente aos brutais mecanismos de controle social, implicou a assimilação de dois elementos fundamentais para a luta ideológica do sistema:

Que as descobertas científicas feitas pelas empresas privadas não estão submetidas às leis do capital.

Que o Estado é uma entidade benfeitora preocupada com a saúde da cidadania.

Estes graves posicionamentos não foram retificados, apesar de os dados revelarem a cada dia a magnitude do experimento social e sanitário a que nos submeteram. Recordemos apenas as declarações da Pfizer, reconhecendo perante o Parlamento Europeu que nos ensaios clínicos prévios não se avaliou a cessamento da possibilidade de contágio das pessoas vacinadas – facto chave para justificar o passe Covid ou a coerção à vacinação por “solidariedade” – ou os terríveis dados de sobre-mortalidade verificados precisamente desde que principiaram as inoculações e mais altos em países, como Espanha e Portugal, com maior proporção de população vacinada.

Reproduzimos aqui um gráfico que dá uma ideia da situação:

E o mais preocupante é que, perante a mais que provável repetição de situações parecidas em que se apliquem drásticas medidas repressivas como as previstas na Lei de Segurança Nacional – seja por outra “epidemia” ou pelas variadas situações identificadas nessa lei – se continue sem denunciar o caráter de classe do Estado e sua função executora das diretrizes do capital.

Se não o tivéssemos vivido, seria inconcebível que sindicatos alternativos e organizações revolucionárias tivessem aceite que o mesmo Estado que, independentemente de quem governe, executa com mão de ferro reformas laborais, que desmantela serviços públicos, especialmente na saúde, que mantém intactas leis repressivas, ou que envia armas aos nazis ucranianos, tenha executado todas essas medidas “para proteger a nossa saúde”.

III. A ofensiva dos EUA contra a UE. Destruição de empresas e de postos de trabalho, militarização e guerra

Por outro lado, este processo de reconfiguração do capitalismo está a produzir mudanças drásticas nas relações internacionais. Por um lado, a destruição de capital industrial dirigida pelos EUA, centro do imperialismo ocidental, está a ser forçada nos países da União Europeia, através de diferentes mecanismos, como veremos mais adiante, e está a acelerar mediante as sanções e a guerra promovidas pelo “ocidente”, pelo alinhamento de um número crescente de países da Ásia, África e América Latina em torno ao “mundo multipolar” promovido pela Rússia e a China.

Tal como a gestão da pandemia Covid foi dirigida pelos EUA e seguida disciplinadamente pela UE, os interesses geo-estratégicos e económicos dos EUA estão a ditar as medidas, assumidas docilmente pelos governos europeus, da sua auto-destruição económica e, mais do que nunca, da sua subordinação militar através da NATO.

O interesse histórico anglo-saxónico em desvincular a Europa da Rússia está a ser imposto à UE tornando-a protagonista da sua auto-destruição. A guerra da NATO contra Moscovo, tanto através das sanções executadas pela UE contra a lógica mais elementos dos próprios interesses económicos dos seus membros, especialmente os da sua principal potência, a Alemanha, como através dos gastos militares sem precedentes que lhe são impostos, é fundamentalmente uma guerra contra a Europa.

A paralisação do gasoduto Nord Stream 2, já acabado, que teria permitido a chegada de gás russo à UE, barato e de excelente qualidade, imposta pelos EUA, e a sabotagem das suas instalações executada pelo Reino Unidos, juntamente com as sanções que impedem a compra de gás e petróleo russos por outras vias, estão provocando uma elevação descomunal do preço da energia que afunda a indústria europeia, ao mesmo tempo que deixa a classe operária sem poder cobrir as suas necessidades vitais diante do inverno.

A alternativa de comprar aos EUA gás liquefeito procedente do fracking, imposta meses antes de começar a intervenção da Rússia na Ucrânia, é muito mais cara e além disso insuficiente. A subjugação dos governos da UE é especialmente clamorosa no caso do governo espanhol. A decisão do governo PSOE-UP de reconhecer a soberania do Marrocos sobre o Sahara, além de trair o povo sahrauí comprometeu a chegada de gás argelino que já encareceu cerca de 70%.

A destruição de empresas europeus é ainda mais incrementada pela subida descomunal das taxas de juros, executada pelo BCE, que segue a estrela da Reserva Federal dos EUA. O pretexto apresentado é a “luta contra a inflação”; inflação criada por eles mesmos, favorecendo o recurso generalizado ao crédito com taxas juros próximas de zero e, sobretudo, criando dinheiro artificialmente (a Reserva Federal e o BCE fabricaram do nada 22 milhões de milhões de dólares nos últimos quatro anos). O resultado, de modo algum casual, é o encerramento maciço de empresas e de postos de trabalho e um encarecimento de alimentos, de produtos básicos para a sobrevivência e da energia para as casas, que deixa milhões de famílias em situação limite.

A tudo isto acrescenta-se um incremento histórico e sem precedentes dos gastos militares, à custa da aceleração do desmantelamento e da privatização dos serviços públicos, com destaque os da saúde que já se vinham verificando desde que, com o apoio do PP, PSOE e direitas nacionalistas, foi aprovada a Lei 15/97, que continua intacta apesar dos compromissos eleitorais de Unidas Podemos.

Esta auto-destruição da UE e das condições de vida da classe operária verifica-se porque as oligarquias europeias e os governo ao seu serviço fazem parte do projeto imperialista de “destruição criativa” concebido pelos grandes centros de poder. A militarização social, já ensaiada com a pandemia Covid e todas as demais leis repressivas, de que faz parte destacada a Lei de Segurança Nacional e a que se acrescenta a recente modificação do Código Penal para penalizar ainda mais qualquer tentativa de mobilização social, pretendem assegurar a manutenção da dominação do capital frente a possíveis levantamentos sociais.

IV. Os planos de domínio global desmoronam-se

Contudo, a ilusão da “governação global” cai a olhos vistos.

As contradições que conseguiram evocar com a encenação do apocalipse da pandemia, agora minam o delírio globalista.

A ofensiva económica e militar do imperialismo dos EUA e da UE serviu de catalisador para a consolidação de um bloco, cada vez mais numeroso, de países que não se submetem e que tecem as suas próprias alianças de forma independente.

A decisão russa de intervir na Ucrânia e a evidência de que, apesar do apoio militar maciço da NATO, a vitória da Rússia é inexorável, contribui decisivamente não só para reforçar as alianças da “ordem multipolar” como também para agudizar as contradições entre os países da UE e os EUA.

As mobilizações operárias e populares nos países da UE, além de clamarem contra o encarecimento da vida assinalam cada vez com mais clareza os EUA e a NATO, e a própria UE, como responsáveis da repercussão das sanções contra a Rússia no afundamento das suas condições de vida.

Numa situação de crise grave como a atual, na qual não cabe esperança alguma de solução para a imensa maioria da população, reaparece o auge do fascismo como recurso da burguesia frente à agudização da luta de classes.

A aliança da NATO com o fascismo é uma constante desde a II Guerra Mundial. A perpetração de atentados terroristas em diferentes países da Europa, como a Rede Gládio, mostra a colaboração entre a NATO, grupos fascistas e serviços secretos militares para a desestabilização de governos, não dóceis suficientemente, e em geral na luta contra o comunismo.

Hoje a colaboração direta dos EUA e da UE com os fascistas ucranianos é a atualização dessa aliança e põe em evidência como “governos progressistas” como o do PSOE-Unidas Podemos, enquanto agitam o espantalho de que “aí vem o Vox”, mancham as mãos com o sangue dos anti-fascistas do Donbass, apoiando os nazis da Ucrânia.

Mas não se trata só do que ocorre na Ucrânia. A evidência de que o governo “progre” não resolve os problemas da classe operária e atua seguindo com a maior disciplina a agenda da oligarquia, na ausência de uma alternativa coerente que o enfrente, alimenta objetivamente o fascismo.

Mais uma vez, o disciplinamento da suposta esquerda diante do ataque às condições de vida das classes populares durante o Covid, a traição dos grandes sindicados e a evidência, como aconteceu recentemente com a saúde, de que as grandes mobilizações são orquestradas com objetivos eleitorais, deixam o campo aberto para que o discurso “radical” da extrema-direita se enraíze na classe operária.

V. Nossas tarefas

Neste cenário de ofensiva geral contra a classe operária, para uma organização comunista revolucionária não há outra possibilidade senão construir a independência de classe a partir de baixo, a partir das raízes, dos lugares em que se vivem as condições de vida mais duras, a partir dos bairros operários e dos centros de trabalho.

Não é possível explicar à nossa classe e ao nosso povo os planos da burguesia contra a classe operária se não for a partir da sua experiência concreta, a partir da percepção da realidade em que vivem. E os discursos não valem a pena.

A realidade nos pressiona, mas não há atalhos. É preciso trilhar o caminho passo a passo.

É aí, a partir da compreensão específica da forma em que percebem a sua realidade aqueles que vivem com toda crueza as repercussões de todo o projeto criminosos da burguesia, é que é preciso construir a independência de classe.

A dominação da burguesia exerce-se, além dos seus mecanismos de imposição violenta da sua ditadura, através da penetração da sua ideologia: “a ideologia dominante é a ideologia das classes dominantes”; se assim não fosse, faríamos a revolução em seguida. Mas esta situação não é estática e a construção da independência de classe é, acima de tudo, a construção e o fortalecimento da ideologia, da visão do mundo e do porque das coisas, do proletariado.

Nesse terreno é preciso combinar o que resta da experiência operária de lutadores e lutadoras de outros tempos com a força vital e o desespero da juventude perante a negação de qualquer aspiração de futuro.

O objetivo é resgatar a nossa gente da idiotização programada pelos meios de comunicação ou pelo consumo de álcool, medicamentos e outras drogas. E é preciso fazê-lo a partir da experiência quotidiana da falta de alternativa e da inutilidade de miragens eleitorais; através da solidariedade e da prática concreta da construção da independência de classe.

Não há espaço para soluções que não partam da sua experiência, do seu saber e, sobre essa base, tecer novas formas de organização operária e popular.

O trabalho com a juventude é prioritário. Não importa quão difícil seja. É preciso procurá-los e reconhece-los; favorecer o seu protagonismo em todas as expressões de raiva e de resistência que hoje se manifestam, fundamentalmente através da música. E, sobretudo, impulsionar a construção por eles mesmos de meios alternativos de comunicação que exprimam o que estão a viver.

No movimento operário estão a surgir novas formas de organização e de luta que tendem a superar as burocracias sindicais. Estão a gerar-se hoje a partir das próprias necessidades da luta. O exemplo é o surgimento das primeiras comisiones obreras durante a ditadura, como duplo poder e experiência de independência de classe.

Neste caminho, se o empreendermos conscientemente, vão surgir novas aprendizagens e novas possibilidades materiais que ainda não vislumbramos. Neste processo é indispensável ter em conta, quando se derem as condições, a importância da formação política das pessoas mais conscientes. E não se pode ter medo de enfrentá-la. A juventude, sobre tudo a mais consciente, está em busca não de soluções eleitorais e sim dos instrumentos teóricos e políticos para acabar com a realidade que a oprime como uma lousa. A teoria política que nos foi legada por aqueles que nos precederam no combate, e a sua capacidade para analisar a realidade atual, é a mais preciosa ferramenta de luta. E junto a ela, a expressão cultural. Nosso cinema, nossa música, nossos meios de comunicação, nosso teatro; o antigo e o novo que se construa, são armas indispensáveis.

O caminho está aberto e nos aguarda.

27/Novembro/2022

[*] Coordinación de Núcleos Comunistas,  Espanha,  coordinadoranucleoscomunistas@gmail.com,   youtube.com/channel/UC,  @CoordinadoraNC,  WhatsApp: +34 657 396 884

O original encontra-se em www.cnc2022.wordpress.com .

Este artigo encontra-se em resistir.info

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