A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique considerou hoje "complicada" a situação provocada por ataques a viaturas de moçambicanos na África do Sul, assegurando esforços entre os governos dos dois países para acabar com a insegurança.
"As medidas estão a ser tomadas para que aquilo não volte a acontecer, mas não é uma coisa simples, é complicado para nós", afirmou Verónica Macamo, em declarações aos jornalistas.
Macamo falava no final da acreditação em Maputo de novos embaixadores pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
A chefe da diplomacia moçambicana avançou que decorre um trabalho com as autoridades sul-africanas para que os ataques a viaturas que atravessam a fronteira entre os dois países cessem.
"A nossa responsabilidade é tomar conta dos moçambicanos e evitar que os moçambicanos sejam assaltados e as suas viaturas ou os seus bens sejam danificados e furtados", acrescentou Verónica Macamo.
Alguns transportadores moçambicanos, a fazer a ligação entre Maputo e Durban, na África do Sul, suspenderam no domingo a atividade, na sequência de relatos de ataques e assaltos num troço sul-africano.
Jonas Fumo, membro da Comissão de Transportadores da Junta, um dos terminais de Maputo, disse que os motoristas "com chapas de matrícula nacionais receiam deslocar-se à África do Sul usando a fronteira da Ponta do Ouro", de acordo com a Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Juliana Mwuitu, administradora do
distrito de Matutuíne, que faz fronteira com a África do Sul, referiu que houve
viaturas incendiadas no sábado, a
Não houve feridos, os passageiros foram assistidos pelas autoridades sul-africanas e escoltados de regresso a Moçambique.
O ataque do fim de semana segue-se a outros episódios que ocorreram no último ano, em que autocarros foram imobilizados por homens armados e os passageiros vítimas de roubo.
PMA (LFO) // VM - Lusa
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