Vai haver uma troca detalhada de pontos de vista sobre questões relacionadas com a resolução da situação na Ucrânia e sobre formas de garantir a estabilidade e a segurança na região Ásia - Pacífico, anunciou um porta-voz do governo chinês.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, vai visitar a Rússia, entre esta segunda e quinta-feira, para participar em reuniões no âmbito da segurança e colaboração na cena internacional, anunciaram fontes dos dois países.
"A convite de Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, Wang Yi vai viajar para a Rússia, para participar na 18ª sessão das Consultas Estratégicas de Segurança China - Rússia", afirmou o ministério, em comunicado.
O ministério dos Negócios Estrangeiros russo indicou que Wang Yi vai também reunir-se com o seu homólogo, Sergei Lavrov, e que os dois homens vão "concentrar esforços no fortalecimento da colaboração na cena internacional"
"Vai haver uma troca detalhada de pontos de vista sobre questões relacionadas com a resolução da situação na Ucrânia e sobre formas de garantir a estabilidade e a segurança na região Ásia - Pacífico", disse um porta-voz.
Os líderes da China e Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, respetivamente, declararam, nas vésperas da invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, uma amizade "sem limites" entre os dois países. Pequim bloqueou os esforços para condenar Moscovo nas Nações Unidas e repetiu as justificações russas para o ataque.
A China considera a parceria com o país vizinho fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos Estados Unidos.
No mês passado, o ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, visitou a Rússia e a Bielorrússia e apelou a uma cooperação militar mais estreita entre Pequim e Moscovo. Nos últimos meses, os dois países realizaram patrulhas marítimas e aéreas conjuntas.
Em março passado, Xi fez uma visita de Estado à Rússia. Putin deve também deslocar-se à China em outubro, anunciou um dos seus conselheiros.
A China tem procurado posicionar-se como parte neutra na guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo que oferece à Rússia, cada vez mais isolada na cena internacional, um apoio diplomático e financeiro crucial.
Diário de Notícias/Lusa | Imagem: © STR / AFP
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