sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

BLOG DE GAZA: Mais 20 mil palestinos mortos | Dir. do Min. Saúde ferido, filha morta


Ainda não há acordo de cessar-fogo | Golani retira unidades – DIA 77

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Um projecto de resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre um cessar-fogo em Gaza foi adiado, uma vez que o governo israelita continua a recusar a exigência do Hamas de um cessar-fogo abrangente. 

Entretanto, o número de palestinianos mortos na guerra israelita em curso ultrapassou o limiar dos 20.000, e o resto da população teria entrado num estado de fome. 

A Resistência Palestiniana continua a resistir aos avanços militares israelitas, matando e ferindo mais oficiais e soldados.

Sexta-feira, 22 de dezembro, 20h45 (GMT+3)

PORTA-VOZ DO EXÉRCITO ISRAELITA: Estamos nos concentrando na destruição dos túneis.

RESISTÊNCIA ISLÂMICA NO IRAQUE: Visamos uma plataforma de gás israelense no Mediterrâneo.

HAARETZ: Israel planeja desmobilizar soldados da reserva e criar uma zona tampão em Gaza.

ISRAEL: A resolução do CSNU preserva a autoridade de segurança de Israel para monitorar e inspecionar a ajuda à Faixa de Gaza. Não se pode confiar nas Nações Unidas para supervisionar a ajuda que entra em Gaza.

CASA BRANCA: Estamos monitorando de perto a situação no Mar Vermelho.

FM ISRAELITA: A guerra continuará até que o Hamas seja eliminado.

GUTERRES: Um cessar-fogo em Gaza para fins humanitários é a única forma de acabar com o sofrimento em Gaza.

Sexta-feira, 22 de dezembro, 19h40 (GMT+3)

CSNU: O Conselho de Segurança da ONU adoptou a Resolução 2722 relativa à expansão e monitorização da ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O Conselho de Segurança absteve-se de fazer uma alteração solicitada pela Rússia ao projecto de resolução devido ao veto americano.

RÚSSIA: O texto do projecto de resolução do CSNU sobre Gaza foi esvaziado da sua essência devido à pressão dos Estados Unidos.

CANAL ISRAELITA 12: 3.000 soldados israelenses foram classificados como “incapacitados permanentemente” desde o início da guerra em Gaza.

EHUD BARAK: O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Barak disse que Israel não tem interesse em entrar em guerra nas frentes de Gaza e do Líbano ao mesmo tempo.

A Argentina encara o fascismo-blitzkrieg


Ultradireita ensaia, com Milei, nova tática: ataque em massa aos direitos e à Constituição, para quebrar resistências. População responde, já na madrugada, num sinal de que a disputa será dura. As incógnitas: Justiça, mídia, poderes globais

Antonio Martins* | Outras Palavras | # Publicado em português do Brasil

No tempo acelerado da hipercomunicação, os mitos podem surgir mas também desabar rapidamente – e continua havendo espaço para a luta popular. A indignação e o sangue quente dos argentinos voltaram a aflorar na noite de ontem (20/12), agora contra Javier Milei, empossado em apoteose há apenas onze dias. Às 21h, o presidente anunciou em pronunciamento à nação um Decreto de Necesidad y Urgencia (DNU) inconstitucional, que revoga 300 leis e impõe, por ato de força, o programa máximo dos neoliberais. As medidas destroçam os direitos sociais, instalam a lei do mais forte em todos os âmbitos econômcos e anulam as chances de soberania do país, como se verá adiante.

Armou-se de imediato um panelaço nacional. Em Buenos Aires, cordões de manifestantes rumaram em seguida ao Congresso Nacional, onde milhares de pessoas permaneceram durante a madrugada. Foi ato espontâneo: não havia palanque, caminhão de som, oradores ou balões: apenas gente – em grande maioria jovem — que cantava, dançava e protestava (1 2 3 4). Alguns pediam às centrais sindicais que decretem greve geral. Vinte e dois anos depois, a mobilização instantânea fez lembrar o argentinazo — as jornadas de dezembro de 2003. À época,diante do congelamento dos depósitos bancários (o corralito), as ruas insurreitas forçaram o então presidente a fugir de helicóptero da Casa Rosada, derrubaram mais três chefes de Estado em doze dias e forçaram uma mudança de rumos que terminaria desembocando no governo de Nestor Kirchner, possivelmente o mais à esquerda na história do país.

O cenário é diferente hoje. O paquetazo de Javier Milei sugere que a ultradireita ensaia outra tática – distinta da empregada por Donald Traump ou Bolsonaro – para impor seu projeto. Múltiplos dispositivos da Constituição argentina proíbem que o presidente use o DNU para legislar por decreto, mas ao escolher este instrumento Milei parece ter detectado uma brecha a seu favor. Será importantíssimo verificar como reagem, nos próximos dias, alguns atores-chave: o Judiciário, a mídia, o próprio Congresso e o mundo das grandes finanças globais – inclusive o FMI. A batalha será longa, árdua e terá repercussões internacionais. Por isso, a madrugada de luta em Buenos Aires é, depois de tantos retrocessos na Argentina, um sinal animador.

Portugal | O PRÍNCIPE DAS ORELHAS DE BURRO, PROCURA-SE... ORA, ORA, ORA!*

O mistério do processo que investiga campanha de Passos Coelho

O Ministério Público averigua tudo ou vai deixando alguma coisa para trás? O processo 1441/17 investiga uma suspeita: a campanha eleitoral do PSD em 2015 terá sido financiada com "luvas" pagas pela construtora brasileira Odebrecht como contrapartida da construção da barragem do Baixo Sabor. Mas a investigação não anda nem desanda - apesar das informações vindas das autoridades judiciais brasileiras.

A procuradora-geral da República esclareceu em recente visita à sede da Polícia Judiciária que o Ministério Público não guarda denúncias na gaveta. "Investiga, perante a notícia da prática de factos, aquilo que deve investigar", disse Lucília Gago. Mas há investigações mais ou menos demoradas - e outras que se parecem arrastar no esquecimento, protegidas do escrutínio e da curiosidade, até que o carimbo do arquivamento lhes ponha um fim. 

O processo 1441/17 é um dos casos que não anda nem desanda. Investiga o negócio da construção da barragem da EDP no Baixo Sabor, em Torre de Moncorvo, por um consórcio constituído pela brasileira Odebrecht e o grupo português Lena - e abarca um rol de crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento de capitais, recebimento indevido de vantagens e fraude fiscal. Jaz misteriosamente adormecido, vai para sete anos, no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), o órgão do Ministério Púbico contra a criminalidade mais grave e complexa, sem que ainda se conheçam arguidos. 

O Ministério Público suspeita que a Odebrecht terá distribuído em Portugal "luvas" no valor de 4,7 milhões de euros como contrapartida pela adjudicação da obra - e que parte desse dinheiro, quase 870 mi euros, terá sido utilizada para financiar em 2015 a campanha eleitoral do PSD, então presidido por Pedro Passos Coelho.

Vamos ter de gramar durante mais uns meses largos a cachorrada e os mastins


A 'novela' das gémeas luso-brasileiras que o SNS de Portugal ajudou a tentar o milagre (que não aconteceu) continua a servir de estopa para incendiar a política e o que não se devia fazer com "cunhas" mas sim ser por via de processo normal para todos os portugueses e/ou para prestar ajuda a quem precise. A direita decidiu cavalgar o acontecimento e optou por se lançar como gato a bofe ao PR Marcelo e a seguir ao governo, concretamente a Lacerda Sales, então secretário de estado do governo de Costa. Atualmente não larga o osso e vai roendo, roendo, latindo, latindo sem parar. Os órgãos de comunicação social acolheram a tal 'novela' através dos seus escribas e ainda passados tantos meses e meses também não largam o osso. A tal ponto que a matilha continua a reproduzir-se. Espera-se que a este ritmo tão aumentativo ainda descambe num caso de saúde pública por excesso de insalubridade causada por tantos dejectos dos quadrupedes caninos, por raiva e também por sarna, entre outras maleitas.

É isso mesmo, o Curto de hoje também vem afetado outra vez e lá vem o Sales à baila. Béu, béu... Notícia que não é notícia ou que só é devido a tudo fazerem para conservarem a inopinada contenda em banho-maria com vista à longínqua proximidade da data das eleições (10 de março) que o PR Marcelo marcou, aproveitando a boleia da PGR/Ministério Público para chatear António Costa e fazer cair o governo, sabido que é que Costa PM não brinca em serviço com coisas sérias. Já sabem: vamos ter de gramar durante mais uns meses largos a cachorrada e os mastins. Chega.

Chega de chegar ou por este soar de teclas ainda daqui sai um livro de enredos e cenas malaicas de facas e alguidares com cheiros retardados a beduns. Basta. Adiante.

Hoje é véspera de sábado. Estamos também em vésperas de natal, a quadra mais hipócrita da vida em que quase todos alinham e em que os preços sobem, sobem, ainda mais que o balão cantado por Manuela Bravo no Festival da Eurovisão de mil novecentos e troca o passo. Aiiió! Béu, béu...

O Expresso Curto a seguir. Vem embalado em papel manteiga para escorregar melhor. Trás Cadernos. A Economia vem logo à cabeça com todos os pitons apontados aos plebeus famintos desta pseudodemocracia e pseudorepública logo explicitada esta manhã pelo presidente camarário da capital Carlos Moedas - a quem pintaram um memo na fachada do edifício histórico nas merdas e intrigas, golpes e contragolpes ali gizados (a bem da nação, pff) na sua chafarica. Que bom para ele, alentejanito de berço a pastorear os rebanhos de carneirada que por aí abundam. Pintaram de vermelho a fachada com um memo. Destacaram o genocídio em Gaza, implicitamente Netanyhau e sua horda de criminosos, e reivindicaram uma Palestina Livre. Moedas bufou como pão de centeio alentejano acabado de tirar da fornalha. República e democracia, edifício único... aquele pardieiro degenerado que é usufruto duns quantos e não dos lisboetas de facto. Moedas Papo Seco de farinha fina é ele agora. O centeio de antes é só destinado aos plebeus, não aos queques, aos copos de leite e às avantesmas da alta sociedade política, económica e financeira do burgo que se vai assemelhando cada vez mais a um real-casino em que só sempre os mesmos é que ganham e põem e dispõem. O costume, a modos de uma grande alcaponada.

Saltem para o Curto, do Expresso do tio Balsemão Bilderberg. Leiam até nas entrelinhas. Por isso: A TSF está nas lonas tio. Porque será? O Galinha D' Ouro saberá mas não quer dizer. Global Média ou Global Merda? Ora porra! Volta Rangel e todos os "fazedores de antanho da TSF". Foi bom, companheiros, camaradas.

António Veríssimo | Redação PG

"Genocida". Ativistas pintam fachada da Câmara de Lisboa contra Carlos Moedas

PORTUGAL

Um grupo de ativistas, que junta membros de diversos coletivos, pintou a fachada da Câmara Municipal de Lisboa (CML), contra o que diz ser "o apoio incondicional de Carlos Moedas, presidente da CML, ao genocídio e apartheid israelitas".

Além da frase a vermelho "genocida" grafitada nas paredes do edifício, o grupo hasteou ainda uma bandeira na varanda da Câmara Municipal.

Os ativistas, dos grupos Coletivo de Libertação da Palestina, o Climáximo e a Greve Climática Estudantil de Lisboa, dizem que as ações de Carlos Moedas "tornam-no e à autarquia cúmplices do genocídio que, há mais de dois meses, o regime israelita leva a cabo na Palestina". 

O protesto acontece no mesmo dia em que as forças de Gaza apontam para 20 mil mortos nestes quase dois meses e meio de guerra.

Referindo-se às publicações e posições tomadas pelo presidente da autarquia, os ativistatas dizem que "o apoio de Carlos Moedas ao regime sionista não é novo. Em 2017, quando era comissário na União Europeia, disse no Parlamento Europeu que 'o ecossistema de inovação bem-sucedido de Israel representa uma inspiração e um exemplo altamente relevante a ter em conta no desenho das nossas políticas de investigação e inovação da UE", defendem em comunicado, alegando que tal sucesso é construído sobre "o sofrimento do povo palestiniano, que serve de cobaia para uma indústria tecnológica de armamento, espionagem, 'segurança"'e não só".

"Ato selvagem e bárbaro"

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, reagiu ao protesto, manifestando "profundo repúdio contra o atentado levado a cabo a um património classificado e único" do país. 

"O que aconteceu esta madrugada na Casa da República e de todos nós é mais do que um ato selvagem e bárbaro. É a vandalização de princípios da democracia no seu estado mais puro", disse, em comunicado enviado às redações. "Esperamos que todos os grupos políticos representados no Executivo municipal possam publicamente acompanhar e condenar este crime contra a nossa cidade".

Jornal de Notícias

Portugal | O GRUPO CORAL

Henrique Monteiro | HenriCartoon

Tribunais moçambicanos tornam-se "instrumentos de repressão"

Amós Fernando*

Os tribunais de Nampula e Nacala suspenderam de funções os respetivos edis Paulo Vahanle e Raul Novinte. Jurista moçambicano Elvino Dias diz que a justiça está a ser usada como "instrumento de perseguição política".

Os tribunais das judiciais da cidade de Nampula e do distrito de Nacala suspenderam das funções de edis Paulo Vahanle, na cidade de Nampula, e Raul Novinte, em Nacala, acusando-os de incitação à violência aquando das manifestações de contestação aos resultados das eleições autárquicas.

Numa publicação com data de 20 de dezembro, o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), acusa a FRELIMO de usar a justiça como uma arma de arremesso contra opositores políticos.

Em entrevista à DW África, o jurista Elvino Dias concorda com o CDD e acrescenta que os tribunais estão a intrometer-se na política em Moçambique.

DW África: Como analisa as decisões dos tribunais de suspender Paulo Vahanle e Raul Novinte?

Elvino Dias (ED): Olhando para o contexto histórico em que tais decisões foram proferidas pelos tribunais, eu penso que os tribunais estão a ser usados como instrumentos de perseguição política. Isto é, pela primeira vez vimos tribunais a intrometer-se na política e a serem usados como instrumentos de repressão. No meu entender, não podemos de forma alguma perder de vista o que está por detrás desses três discursos, que também, por mim, não configuram nenhuma ilegalidade. O senhor Raul Novinte chamou os seus munícipes, [disse] que Quelimane foi defendido por quelimanenses, Nacala deverá ser defendida pelos nacalenses. Salvo opinião em contrário, não consigo encontrar nesta frase, em concreto, qualquer ato que configure qualquer tipo de crime de incitação à violência. Tanto é que, desde que o senhor Raul Novinte novamente proferiu essas palavras, nunca vi algum nacalense a partir uma montra ou agredir quem quer que fosse por conta dessas palavras.

Angola | Do Jornal do Congo à Biografia de Neto -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Um sacerdote foragido das igrejas abriu na cidade do Uíge o Colégio Padre Américo, onde podíamos fazer o ensino secundário até à conclusão do curso geral do liceu. Dois anos depois chegou a concorrência (economia de mercado a sério) e um advogado fundou o Colégio Santa Teresinha com a mesma oferta. Uma diferença. O primeiro aceitava alunas e alunos em regime de internato. O da santinha só recebia meninas. 

Andava eu num sofrido quarto ano do liceu e o padre Antunes, director do colégio, levou-nos a uma visita de estudo ao Jornal do Congo, propriedade dos grandes fazendeiros do café, Ferreira Lima, Ricardo Gaspar, Miguel de Almeida e outros ricaços. Fomos recebidos pelo director, Montanha Pinto, na redacção. Fez uma exposição sobre a importância do único jornal do então Congo Português e depois levou-nos à oficina, onde o chefe da Redacção preparava a próxima edição. Com ar de poucos amigos ele interrompeu o seu trabalho e explicou-nos o que estava a fazer, apresentou-nos os tipógrafos, deu nome às máquinas e explicou-nos para que serviam.

O jornalista que chefiava a Redacção era Acácio Barradas. Ainda que tivesse a cara trancada, no final ousei dizer-lhe: Gostava de fazer isto! Olhou para mim, sorriu (finalmente!) e disse que se eu quisesse me ensinava. Foi uma resposta de circunstância. Mas no dia seguinte pedi ao padre Antunes que me dispensasse da sala de estudo porque queria ir ao Jornal do Congo aprender com o senhor Barradas. Autorizado. Quando meu viu, Acácio Barradas mostrou logo que não gostou da minha presença. Mas quando lhe disse que ia aprender ele voltou a sorrir e à medida que trabalhava, explicava o que estava a fazer.

Desde esse dia, sempre que tinha um “furo” no horário ou aos sábados lá ia eu atrapalhar Acácio Barradas. Um dia, com ar sério, disse que ia trabalhar para Luanda. Caiu-me o mundo em cima. Fiquei sem o professor. Desde então a minha vida começou a andar para trás. O padre Antunes foi acusado de abusar de uma aluna e o pai, que vivia no Quimbele, foi ao Uíge de carabina na mão para matar o abusador.

Só não houve mortes porque o director fugiu a tempo. A maka foi resolvida com prejuízo para o padre Antunes. Vendeu o colégio ao proprietário do Santa Teresinha e foi para Luanda. Nessas férias da Páscoa estoirou a Grande Insurreição, 15 de Março de 1961. Fui para a capital na condição de refugiado.

Desterrado, impedido de ver das alturas do Pingano, desisti dos livros. Já era mau aluno, fiquei péssimo. Seguia penosamente a via-sacra quando me lembrei do jornalista Acácio Barradas! Estava a trabalhar no Diário de Luanda. Procurei-o, abraçou-me, contei-lhe as minhas desgraças e ele muito sério disse: Se me prometeres que vais estudar, eu volto a ensinar-te. Renasci! Aquela oficina era outro mundo, nada tinha a ver com o Jornal do Congo. Eu aparecia sempre que podia. 

A passagem para o ensino superior foi um desastre. Coimbra tem muitas ladeiras e as montanhas entram-nos pelos olhos. Estão mesmo em cima do nariz. Voltei para Luanda a correr e Acácio Barradas, agora no ABC, um jornal diário vespertino, recebeu-me como aprendiz. Repórter informador. Foi assim que tudo começou. Um dia levou-me a uma tertúlia literária. Ele declamava muito bem. Convidado a intervir tirou do bolso uma folha de papel e leu um poema de sua autoria: O Meu Copo de Uísque. Uma maravilha! Era um grande poeta. Nessa altura deu-me a febre da poesia. Quando me convidou para nova tertúlia, mostrei-lhe algumas composições: Barradas achas que são bons?

Angola | Confusão de Nomes e a Maka dos Ovos -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

No primeiro dia de Angola independente todas e todos que deram alguma coisa de si para esse acontecimento ímpar na História, orgulhavam-se da existência de três embaixadas na capital do novo país: Organização de Libertação da Palestina (OLP), Frente Polisário (FP) e FRETILIN, o movimento de libertação de Timor-Leste. Embaixadas dos EUA ou Portugal não existiam. Estes países estavam mais empenhados em impedir a Independência Nacional. Os novos amigos de João Lourenço (Casa Branca, CIA e Pentágono) comandavam as forças invasoras que destruíam e matavam no solo sagrado da pátria. 

O comunicado final da reunião do comité central do MPLA manifesta solidariedade com o Povo da Palestina mas, estranhamente, não condena o genocídio que Israel está a cometer na Faixa de Gaza. É a nova diplomacia. Os dirigentes do partido também manifestam apoio incondicional ao líder. Ninguém estava à espera de outra posição, nem o chefe Miala. Espero que ninguém me leve a mal por recordar este facto indesmentível: Muitos incondicionais manifestaram o mesmo apoio incondicional ao Presidente José Eduardo dos Santos, mas depois entregaram-no aos cães tinhosos da nova guarda pretoriana. Estas inconsistências é que derrubam o MPLA.

Hoje tomei conhecimento da existência de um Artur Queiroz que recebe milhões de Angola, é mercenário, trabalha para António Costa, o Partido Socialista e a UNITA. Tal cão tinhoso só pode ser sócio do Miala. Há alguns anos apareceu no meu caminho um Artur Queiroz dentista. Fez uma dívida num banco e quiseram cobrar-me. Tive que provar que não tenho dívidas aos bancos, só aos amigos. Agora aparece este canalha só para assombrar os meus últimos anos de vida. Logo tinha que ser o contrário de mim. Em Angola há uma instituição que me deve dinheiro. Espero há oito anos que me paguem!

Jamais aceitarei a existência da UNITA porque combateu contra a Independência Nacional ao lado das forças colonialistas. Fez uma aliança com os independentistas brancos no período de transição, até 11 de Novembro de 1975. Foi uma unidade militar especial dos racistas sul-africanos na guerra contra Angola, até à sua derrota na Batalha do Cuito Cuanavale. Tentou tomar o poder pela força quando perdeu as eleições, causando milhares de mortos inocentes. Protagonizou uma rebelião armada até 2002, contra a democracia. 

Nunca tive sócios, corri sempre por contra própria. Se alguma vez me associar a alguém não será seguramente ao chefe Miala. Com quem se serve dos cofres públicos para enriquecer e sustentar clientelas, não me associo. Quem monta cenas canalhas como a das ossadas da Jamba, não merece ocupar cargos públicos. Por falar nisso, aquela história de Wilson dos Santos e Tito Chingunji está muito mal contada. É mesmo uma mialada atroz.

Angola anuncia saída da OPEP devido a limites à produção

Deutsche Welle | Lusa

Angola anunciou hoje (21.12) a sua saída da Organização dos Países Produtores de Petróleo, após ter sido atribuída uma quota de produção de 1,110 milhões de barris por dia.

Angola anunciou a saída da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) . “E esta não é uma decisão irreflectida, intempestiva”, diz o Governo.

A informação foi avançada, esta quinta-feira (21.12), pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, à margem da 10.ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros. A informação foi transmitida pelo governante à margem da décima reunião ordinária do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente angolano, João Lourenço, dando conta que esta foi uma decisão governamental. 

“Sentimos que neste momento Angola não ganha nada mantendo-se na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair”, afirmou hoje Diamantino Pedro Azevedo, em declarações aos jornalistas, no Palácio Presidencial, em Luanda. 

Argumentou que esta foi uma decisão do Conselho de Ministros e que a mesma "não foi tomada de ânimo leve", considerando que não faz sentido estar organização numa cujos resultados não servem os interesses de Angola. 

“Esta não foi uma decisão tomada assim de ânimo leve, nós nos últimos seis anos temos sido bastante ativos na organização, e assim chegou o momento porque o nosso papel na organização não era relevante”, justificou. 

De acordo com Diamantino Pedro Azevedo, Angola é um país que quando tem assento numa organização internacional gosta de apresentar as suas contribuições "e dessa contribuição para resultados que servem" os seus interesses.

“Quando isto não acontece, resultou a ser redundante nessa organização e não faz sentido estarmos presentes, mas isto não retira o nosso respeito pela organização”, salientou.

Marrocos mantém acordo de armas com Israel para ter domínio no Sahara Ocidental

Marrocos continua o seu acordo de armas com Israel para manter o controlo sobre o Sahara Ocidental ocupado

Por un Sahara Libre

PUSL.- As armas testadas em cada guerra que Israel trava registam um aumento da procura a nível mundial. A atual guerra de Gaza é o mais recente laboratório para a sua indústria de armamento. (Paddy Dowling Publicado em 17 de novembro de 2023 na Aljazeera)

Marrocos tem vindo a atualizar a capacidade das suas forças militares com armas israelitas, spyware e outros dispositivos militares de alta tecnologia para serem utilizados contra a população saharaui tanto nos territórios ocupados como para atacar a Polisario na linha da frente da guerra que eclodiu em dezembro de 2020.

De acordo com o site de notícias israelita CALCALIST, os Acordos de Abraão tiveram um efeito positivo na indústria de armamento e, em 2022, os países árabes representaram um quarto das exportações de defesa de Israel, ao comprarem-lhe armas por cerca de 3 mil milhões de dólares. Os negócios mais notáveis foram feitos nos Emirados Árabes Unidos, que compraram mísseis Barak 8 às Forças de Defesa de Israel para proteger algumas das suas instalações estratégicas contra um possível ataque iraniano, e em Marrocos, que se está a equipar rapidamente com armas israelitas, incluindo mísseis Barak 8, por um montante estimado em 500 milhões de dólares.

GENOCÍDIO

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