sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

"Genocida". Ativistas pintam fachada da Câmara de Lisboa contra Carlos Moedas

PORTUGAL

Um grupo de ativistas, que junta membros de diversos coletivos, pintou a fachada da Câmara Municipal de Lisboa (CML), contra o que diz ser "o apoio incondicional de Carlos Moedas, presidente da CML, ao genocídio e apartheid israelitas".

Além da frase a vermelho "genocida" grafitada nas paredes do edifício, o grupo hasteou ainda uma bandeira na varanda da Câmara Municipal.

Os ativistas, dos grupos Coletivo de Libertação da Palestina, o Climáximo e a Greve Climática Estudantil de Lisboa, dizem que as ações de Carlos Moedas "tornam-no e à autarquia cúmplices do genocídio que, há mais de dois meses, o regime israelita leva a cabo na Palestina". 

O protesto acontece no mesmo dia em que as forças de Gaza apontam para 20 mil mortos nestes quase dois meses e meio de guerra.

Referindo-se às publicações e posições tomadas pelo presidente da autarquia, os ativistatas dizem que "o apoio de Carlos Moedas ao regime sionista não é novo. Em 2017, quando era comissário na União Europeia, disse no Parlamento Europeu que 'o ecossistema de inovação bem-sucedido de Israel representa uma inspiração e um exemplo altamente relevante a ter em conta no desenho das nossas políticas de investigação e inovação da UE", defendem em comunicado, alegando que tal sucesso é construído sobre "o sofrimento do povo palestiniano, que serve de cobaia para uma indústria tecnológica de armamento, espionagem, 'segurança"'e não só".

"Ato selvagem e bárbaro"

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, reagiu ao protesto, manifestando "profundo repúdio contra o atentado levado a cabo a um património classificado e único" do país. 

"O que aconteceu esta madrugada na Casa da República e de todos nós é mais do que um ato selvagem e bárbaro. É a vandalização de princípios da democracia no seu estado mais puro", disse, em comunicado enviado às redações. "Esperamos que todos os grupos políticos representados no Executivo municipal possam publicamente acompanhar e condenar este crime contra a nossa cidade".

Jornal de Notícias

Sem comentários:

Mais lidas da semana