Os Calados Consentem e Apoiam -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Joseph Goebbels, o propagandista do nazismo, suicidou-se. Mas antes ele e a esposa mataram os seis filhos do casal. Puseram fim à vida no dia seguinte ao suicídio de Adolf Hitler. Hermann Göring, autor de crimes de guerra e contra a Humanidade, suicidou-se na cadeia com cianeto para não se submeter ao julgamento no Tribunal de Nuremberga. Wilhelm Frick, ministro da Interior de Hitler, foi condenado à morte no dia 1 de Outubro de 1946  e enforcado 15 dias depois.  Muitos outros nazis do III Reich foram julgados e condenados à morte, prisão perpétua ou pesadas penas. 

O sionismo é o nazismo dos nossos dias em acções de extermínio e genocídio. O Estado de Israel está nas mãos de nazis que aprovaram leis de suporte a um regime de apartheid. Seguidores de Hitler e seus torcionários. Não culpem os judeus deste crime horrendo contra a Humanidade. Judaísmo é uma religião. A bíblia hebraica (Torá) não manda matar milhares de crianças e Mamãs na Faixa de Gaza. Nenhuma religião manda matar em nome do Deus.

Hoje foi revelado que desde 7 de Outubro, em apenas três meses, os nazis de Telavive mataram 22.722 civis palestinos indefesos. Mais de sete mil estão desaparecidos sob os escombros dos bombardeamentos aéreos. E destes mais de 80 por cento são crianças e Mamãs. Feridos, quase todos com gravidade, são 60.000 civis. A maioria crianças e Mamãs.

Ninguém diga que na Alemanha do III Reich os judeus estavam em guerra contra os alemães. Os judeus não eram terroristas. Os campos de concentração e extermínio dos esbirros de Hitler são hoje a Faixa de Gaza dos nazis de Telavive. Gaza não é Israel. Cisjordânia não é Israel. Mas as tropas israelitas ocupam, matam, torturam e prendem palestinos na sua Pátria. Como as hordas nazis de Hitler invadiram e ocuparam vários países da Europa, desde a França à Dinamarca. Não ocuparam Portugal, Espanha e Itália porque os governos desses países apoiavam Adolf Hitler: Os ditadores Franco, Salazar e Mussolini.

Hoje os nazis de Telavive estão isolados, apenas o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) os apoia, financia, arma e municia. Pelo menos abertamente. Quem não está com o governo de extremíssima direita Israelita é terrorista e apoia o HAMAS. O Papa Francisco é terrorista. O secretário-geral da ONU é terrorista. E como é assim as tropas invasoras sionistas matam em Gaza, deliberadamente, funcionários da ONU. Voluntários da Cruz Vermelha.  Nunca se tinha visto nada igual desde a fundação das Nações Unidas. 

Joe Biden, Blinken e Austin estão por trás do genocídio da Faixa de Gaza. Aos comandos da maquineta genocida! E quando é preciso escalar a limpeza étnica e os massacres, Washington faz manobras de diversão. Blinken está no Médio Oriente para isso, distrair o mundo dos crimes que estão a cometer, desde que foi aprovada na ONU a Resolução que impõe a Israel respeito pelo Direito Internacional Humanitário. Levantar as barreiras à ajuda humanitária. Respeito pelas vidas de civis inocentes. Não usar a fome e a sede como armas de guerra.

Nada disso está a ser cumprido. Pelo contrário, desde a aprovação da Resolução no Conselho de Segurança, os nazis de Telavive, pela voz autorizada de Netanyahu e alguns ministros do seu gabinete, defendem que Gaza não volta a ser território da Palestina, que todos os palestinos têm de ser deportados e a administração do território palestino tem de ser entregue a uma “entidade” escolhida por Israel e os EUA, eventualmente alargada a algum estado fantoche sob a patorra da Casa Branca. Espero que o Presidente João Lourenço não dê esse passo. Mas quem paga milhões para tirar umas fotos e filmar um vídeo com Joe Biden, é capaz de tudo e mais alguma coisa.

O estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) está a perder o papel do polícia do mundo. E quando esse processo chegar ao fim, pelo menos o trio assassino (Biden, Blinken, Austin) e os nazis do governo de Telavive vão ter o mesmo destino dos chefes do III Reich que não se suicidaram. Está à espera deles o Tribunal Internacional de Gaza. Pode ser constituído nas ruínas de uma mesquita, de uma igreja, de um a sinagoga, de uma universidade, de uma escola, de um hospital, de um campo de refugiados. Mas vão mesmo ser julgados.

O Governo da África do Sul apresentou queixa contra Israel no Tribunal de Justiça da ONU pelo crime de genocídio na Palestina. Os EUA defenderam os nazis genocidas de Telavive com unhas e dentes. Até dizem que a queixa dos sul-africanos “é uma calúnia”. A delegação dos EUA na ONU também é candidata ao julgamento no Tribunal Internacional de Gaza.

O polícia do mundo está a despir a farda e fechar a esquadra. Se nas próximas eleições presidenciais Trump for eleito, então o império afunda. É o Nero dos nossos dias. O romano foi o último imperador da dinastia júlio-claudiana. Com ele, Roma começou a arder. Depois dele foi a derrocada do Império Romano. Trump vai ser o último rambo do império dos polícias do mundo. Vai ser o fim das pipocas nas salas de cinema e os tiroteios mortais nas escolas. Vem aí o dia em que para comprar um Kwanza, é necessária uma carrada de dólares.

Os representantes do estado terrorista mais perigoso do nundo na ONU dizem que é uma calúnia acusar Israel de genocídio na Faixa de Gaza. O nazismo é isto. Cometem crimes hediondos e está tudo bem porque só conta a sua vontade. Só existe a sua religião. Só é humano quem se submete aos ditames de Washington.

Os nazis de Telavive matam jornalistas como nunca se viu porque não querem testemunhas. Mas todo o mundo ficou a saber que os nazis de Telavive forçaram ao êxodo de um milhão de palestinos, em poucos dias, do norte de Gaza para a cidade de Khan Yunis. Quando os refugiados estavam metidos em campos de concentração improvisados, os aviões de Israel começaram a matá-los. De Khan Yunis os deslocados tiveram de fugir mais para sul, fronteira com o Egipto. Nem ali escapam. Netanyahu diz que a “solução final” é expulsar todos os palestinos do território. Isto é limpeza étnica. É genocídio. É imitar Hitler. 

Os nazis anunciaram ontem que “desmantelaram o HAMAS” no norte da Faixa de Gaza. Já mataram todos os civis e os que não morreram, fugiram. Telavive e Washington estão sozinhos nestes crimes contra toda a Humanidade. Vão pagar por isso. Falta pouco. João Lourenço aliou-se a Biden, uma múmia putrefacta que já nem consegue moldar as palavras. Aliou-se ao estado polícia a dar as últimas. Um falhanço político mais profundo do que a fenda da Tundavala! Mas a responsabilidade é também de todos os membros do seu gabinete. Do seu Executivo. Da direcção do seu partido. Da Oposição. E de quem fica em silêncio, consentindo.

*Jornalista

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