Artur Queiroz*, Luanda
Era uma vez um país que foi invadido por forças da coligação mais agressiva e reacionária do ‘planeta, capitaneada pelo estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA). Às portas da Independência Nacional as tropas estrangeiras ocupavam a maior parte do território. Matavam, destruíam, saqueavam. O dia 11 de Novembro de 1975 devia ser a grande festa de um povo que suportou os ocupantes colonialistas durante séculos. Foi um dia de morte e tristeza. Os invasores semearam a dor e o luto. A guerra continuou até à vitória final. A comunidade internacional prometeu apoiar a reconstrução. Mas os derrotados impediram a ajuda numa reunião de doadores em Bruxelas, em 1993.
Quando tínhamos a necessidade premente de avultados recursos financeiros para a reconstrução nacional do nosso país devastado pela guerra prolongada, foi a República Popular da China o único país do mundo que veio verdadeiramente em nosso socorro, para a reconstrução das principais infra-estruturas e construção de novas igualmente importantes para o desenvolvimento económico e social de Angola.
EUA, União Europeia, Reino Unido
e todas as outras potências ocidentais viraram as costas ao Povo Angolano
depois de apoiarem a Guerra Colonial, entre 1961 e
Na sua presença, Senhor Presidente, aproveitamos a oportunidade para, de todo o coração, agradecer o quanto a República Popular da China os foi útil no combate à pandemia da COVID-19, por ter sido quem nos forneceu em grandes quantidades os equipamentos de laboratório, de biossegurança e vacinas que nos ajudaram a salvar o maior número possível de vidas humanas.
Os países interesseiros fizeram negócios com a pandemia. Ganharam milhões. Fecharam-se na concha e ignoraram os povos mais necessitados, no combate à pandemia. O egoísmo das potências do ocidente alargado custou milhões de vidas em África, América Latina e África. Os que sustentam as potências colonialistas pagam sempre a factura e um preço elevado. Angola nesse aspecto é um país privilegiado.
Manifesto ao senhor Primeiro Ministro do Governo da República Popular da China o nosso interesse de ver financiados três projectos de infra-estruturas públicas, nomeadamente a construção da refinaria do Lobito e o Metro de Superfície de Luanda, ambos autossustentáveis, assim como uma grande infra-estrutura militar - a Base Aérea número 1 -, como forma de se aproveitarem as capacidades existentes da empresa chinesa AVIC que concluiu, com sucesso, a construção do grande e moderno Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto em Luanda.
Os amigos são para as ocasiões. A República Popular da China em relação a Angola já o provou e comprovou Os amigos da onça são para as traições. O estado terrorista mais perigoso do mundo, mais cedo ou mais tarde, trai os parceiros. Os EUA abandonaram os seus fantoches no Vietname e no Afeganistão. Alguns, noutras paragens, quando deixaram de prestar aos seus interesses, foram mortos ou presos. A República Popular da China fez grandes investimentos em Angola para a Reconstrução Nacional. Os EUA até agora só fizeram empréstimos!
Angola defende o princípio de uma só China e Taiwan como parte integrante do território chinês, assunto que deve ser solucionado por meios pacíficos, a exemplo do que aconteceu com Hong Kong e Macau, não havendo por isso razões para se pensar de forma diferente depois desses dois casos de grande sucesso da diplomacia chinesa.
A guerra na Ucrânia começou em 2014, após o triunfo de um golpe de estado em Kiev que derrubou o presidente da república eleito. De imediato começou a limpeza étnica em vários pontos da Ucrânia, mas sobretudo no Leste do país onde a população é russa, fala russo e tem cultura russa. Só aqui, segundo a ONU, os nazis de Kiev mataram 16.000 civis entre 2014 e 2022. O discurso do ocidente alargado é enganador. Falso. Manipulador. Afirmam que a guerra começou em Fevereiro de 2022 quando a Federação Russa decidiu proteger os cidadãos russos na Ucrânia. Os seus agentes papagueiam esta propaganda. A guerra começou do nada só para rasgar a Carta das Nações Unidas. Pobres diabos.
Ao fim de mais de dois anos de guerra, é imperioso pôr fim à guerra na Ucrânia. Como acontece em todas as guerras, ela deve terminar necessariamente à volta de uma mesa de conversações para se alcançar a paz definitiva e se garantir a soberania nacional da Ucrânia.
O estado terrorista mais perigoso do mundo e seus aliados deram ordens aos seus sargentos israelitas para iniciarem um genocídio na Palestina. Não querem gente num território onde foram descobertas grandes reservas de petróleo e gás natural. Extermínio dos palestinos, imediatamente. Os nazis de Telavive cumprem as ordens. A fome instalou-se na Faixa de Gaza. Bebés nascem já mortos. Ou morrem nos primeiros dias de vida. A Organização Mundial de Saúde implora o cessar-fogo imediato, em nome da Humanidade. Os nazis continuam o genocídio às ordens do trio assassino Biden, Blinken, Austin.
Defendo o fim imediato da ofensiva militar desproporcional do Exército israelita contra as populações indefesas da Faixa de Gaza, o fim dos colonatos e o fim definitivo do conflito israelo-palestino com a criação, de facto, do Estado da Palestina que seja internacionalmente reconhecido, única solução definitiva para trazer a liberdade e dignidade ao povo palestino e garantir realmente a segurança de Israel e dos povos daquela conturbada região do nosso planeta.
Um genocídio afinal é apenas “uma ofensiva militar desproporcional”. Matar civis à fome e à sede é uma acção militar desproporcional contra civis. Destruir hospitais é uma acção militar desproporcional. Matar 20.000 crianças é uma acção militar desproporcional. Matar 7.000 Mamãs é uma desproporção. Quem manda, manda. E o estado terrorista mais perigoso do mundo ordenou aos seus lacaios para falarem assim. E eles falam
*Os parágrafos a itálico fazem parte de um discurso do Presidente João Lourenço em Pequim
* Jornalista
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