Artur Queiroz*, Luanda
Lutero Simango, Ossufo Momade e Daniel Chapo, candidatos à Presidência da República em Moçambique, estiveram reunidos com o Presidente Filipe Nyusi que convidou todos os candidatos. Venâncio Mondlane faltou.
Esta reunião foi anunciada como a
“abertura do diálogo” para resolver os problemas pós eleitorais
Por isso fez política de cadeiras vazias como tanto gosta a extrema-direita, que vai ao ponto de matar os opositores para as suas cadeiras não serem ocupadas. Venâncio Mondlane faltou porque a sua agenda é igual à da UNITA: Vandalismo, destruição de bens públicos, assassinatos, manifestações que só servem para causar o caos. Desde sábado passado, a UNITA está neste processo. Os métodos são os mesmos porque os donos que lhes pagam, são os mesmos.
A imitação de Savimbi faltou à reunião de Maputo, para mobilizar franjas da população no sentido de continuar o caos, a violência, as destruições. O pastor evangélico pediu aos seus seguidores que abandonassem os seus carros nas ruas e estradas a fim de causarem bloqueios e parar tudo.Um pequeno grupo de jovens seus
seguidores ergueu uma barricada
Portugal está sempre dos lados empenhados em derrubar a FRELIMO e o MPLA. É uma fé. Apesar disso, as autoridades de Maputo e Luanda continuam a dar trela à extrema-direita que ocupa neste momento o poder em Portugal, desde a Presidência da República ao Parlamento. Uma maioria perigosa, igual ao Venâncio Mondlane, ao PODEMOS, ao Adalberto da Costa Júnior e à UNITA.
A reunião dos candidatos à Presidência da República com o Presidente Nyusi aconteceu mesmo, apesar da ausência do imitador de Savimbi e com fumos de Zelensky, o nazi de Kiev. O patrão é o mesmo. O Candidato do MDM, Lutero Simango, disse aos Media que “devíamos estar os quatro na reunião para o bem da Nação Moçambicana. Mas Venâncio Mondlane faltou”.
O candidato da RENAMO, Ossufo Momade, foi mais longe: Venâncio Mondlane é o centro do problema. Ele é que convoca as manifestações violentas. A sua ausência é perigosa. Queremos coisas sérias, responsáveis e queremos resolver os problemas. Sem ele nada vamos resolver. A ausência dele é perigosa”. Ninguém deu a mínima atenção a esta intervenção nos Media internacionais.
Pois é. PODEMOS e Venâncio
Mondlane são parceiros dos terroristas que actuam
O candidato que venceu as eleições com 70 por cento dos votos, Daniel Chapo, visivelmente desiludido, limitou-se a esta declaração: “A falar é que a gente se entende. Se um candidato falta à reunião, ninguém pode falar por ele”.
Venâncio Mondlane deixou todos a falar sozinhos. A política de cadeiras vazias. Este Savimbi é mais perigoso do que o original.
O Presidente Nyusi declarou que vai continuar a dialogar com todos os intervenientes, “agora, um a um. Renamo MDM e FRELIMO representam milhões de moçambicanos. Vou continuar a ouvi-los para resolvermos os problemas. Mas também quero ouvir quem faltou. As vossas experiências são importantes. Venâncio Mondlane não foi expulso de Moçambique. Saiu porque quis e quando quis. Não há motivos legais para faltar às nossas reuniões. Mas se for preciso vamos lá ter com ele onde está!”
Em Angola os Venâncios estão a imitar o pastor evangélico, desde sábado passado. A direcção do Galo Negro anunciou que não vai participar nas comemorações dos 50 anos da Independência Nacional. Já se sabia. A UNITA lutou de armas na mão contra a Independência Nacional ao lado dos ocupantes colonialistas. O seu lado é esse. Derrotada, sempre!
A UNITA lutou de armas na mão ao lado do regime racista de Pretória, durante 13 anos, contra a Soberania Nacional e a Integridade Territorial. Em 2002, o General Kamorteiro assinou a Paz de Luena. A rebelião armada de Savimbi (criminosos de delito comum) terminou. Mas a UNITA não se integrou na democracia como propôs o Presidente José Eduardo dos Santos. Nem se vai integrar. Aquilo é uma seita, ainda mais perigosa do que os evangélicos.
Ao anunciar, mais uma vez, a política de cadeiras vazias, é claro que a partir de agora, a UNITA vai fazer tudo para pôr em causa a Independência Nacional e destruir o regime democrático.
De um lado o Galo Negro. Do outro o Destruidor Implacável. Vem aí o mobutismo no seu pior.
* Jornalista
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