Artur Queiroz*, Luanda
Albino Forquilha, líder do partido moçambicano PODEMOS, segundo partido mais votado nas eleições legislativas (nas autárquicas teve votação residual) fez uma declaração ao estilo dos sicários da UNITA: “A Comissão Nacional de Eleições confiscou a soberania do povo!” A “soberania do povo” é ele e o seu partido. Venâncio Mondlane, candidato presidencial copiosamente derrotado (teve apenas 20 por cento) diz que o Conselho Constitucional vai fazer dele Presidente da República, porque ganhou as eleições! Aquilo já não é só suruma. O homem está envolvido em coisas mais duras. E os seus apoiantes vandalizam, saqueiam, ferem e matam. Como manda a Internacional Fascista.
Isto de jornalistas serem ao mesmo tempo “activistas” dá grandes marretadas na credibilidade do Jornalismo. Luzia Moniz escreve hoje no Novo Jornal que Elvino Dias e Paulo Guambe foram assassinados em Maputo por dois indivíduos que usavam viaturas oficiais e armas das forças de defesa e segurança de Moçambique. É mentira. Totalmente falso. Manipulação grosseira, desinformação criminosa. Mas como a autora é activista, está tudo bem.
O Jornalismo foi destruído em todo o mundo e particularmente em Angola desta forma. Jornalistas activistas, jornalistas membros do Conselho da República, jornalistas avençados pelos partidos políticos e tantos outros atropelos e incompatibilidades. A festa continua.
Em Portugal está encontrada a solução (revolucionária!) para acabar com o banditismo. O líder do partido Chega deu um contributo precioso para acabar com o racismo e a xenofobia, gravíssimos crimes contra a Humanidade. André Ventura, o chefe do bando neonazi, diz que os polícias devem disparar a matar contra bandidos. O presidente do grupo parlamentar reforçou: “Se a polícia atirar a matar, Portugal fica melhor”. Boa ideia. Os polícias vão imediatamente ao parlamento e baleiam na testa os 50 deputados do Chega. Já está!
Pereira Santana mandou dizer que me vai partir os cornos. Por uma questão de lealdade, informo o decano dos analfabetos acomodados no Jornal de Angola que tenho orgulho nos meus cornos. São os apêndices e enfeites que mais estimo. Memórias de doces relações amorosas que me mantêm vivo. O director por conta do Marta e da Joana Lina pode partir-me tudo ainda que tenha de contar com a reciprocidade. Mas não toque nos meus queridos cornos porque é um homem morto.
O Victor Silva jurou partir-me os cornos. Um dia agrediu-me na rua. Defendi-me e desde então ficou inválido. Custa milhões ao Estado em tratamentos na capital portuguesa. Avisei. Também por uma questão de lealdade informo o chefe dos analfabetos acomodados no Jornal de Angola que, modéstia à parte, manejo melhor a “aka” do que o teclado. Tenho dito.
Angola foi dos países africanos
que registou maiores progressos em termos de governação no período 2014-2023,
segundo o Índice Ibrahim de Governação Africana 2024, publicado
O ministro das relações exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, foi a Luanda “no quadro do reforço da cooperação entre os dois Estados”. O banditismo político angolano sempre teve apoio ucraniano. Kiev e Jamba sempre tiveram relações estreitas.
Andrii Sybiha sabe que a rebelião armada do criminoso de guerra Jonas Savimbi só teve pernas para andar porque durante dez anos a Ucrânia garantiu os abastecimentos de armas, munições e combustíveis.
O senhor Andrii Sybiha, em boa verdade, veio a Luanda pedir ao Presidente João Lourenço que lhe empreste Eduarda Rodrigues. Só ela pode cobrar as facturas dos últimos fornecimentos à UNITA, lá na pista do Andulo e que até hoje os maninhos não pagaram. A solução é confiscar os activos do Galo Negro. Esta aproximação dos nazis de Kiev a Angola está a ser mediada pela Internacional Fascista. Tudo boa gente. Só uma pergunta: O MPLA não faz parte da Internacional Socialista? A submissão ao estado terrorista mais perigoso do mundo está a gerar grande confusão.
Tete António recebeu o seu homólogo ucraniano. E na ocasião disse: “Obrigado por durante estes 49 anos que levamos de independência terem recebido tantos angolanos que foram à Ucrânia fazer a sua formação”.
Senhor ministro, meu caro conterrâneo, anda distraído. Quando isso acontecia, a Ucrânia era parte integrante da União Soviética. Não era a Ucrânia que recebia jovens angolanos. Era a União Soviética, hoje Federação Russa. Convém não dar publicamente sinais de tão confrangedora ignorância. Ou manipulação e desinformação, que é bem pior e inadmissível quando vem de um governante angolano.
Tete António tem o dever de saber que só aconteceu o 11 de Novembro de 1975 porque a União Soviética (Federação Russa) foi uma parceira e amiga imprescindível. Nada de falsificar a História de uma forma tão boçal. A boçalidade também tem limites mesmo que a Internacional Fascista mande no ministro angolano das relações exteriores.
O poder do estado terrorista mais perigoso do mundo está chegando ao fim e a Casa dos Brancos já tem dificuldades para impingir as fotocópias de dólares no mundo. Um papelito impresso em papel de segunda não pode valer mais do que o nosso petróleo e gás. As moedas nacionais têm muito valor!
À saída do encontro com o Presidente João Lourenço, o ministro ucraniano disse ter sido uma grande honra o gesto do Presidente da República. Andrii Sybiha agradeceu penhoradamente o apoio diplomático de Angola à Ucrânia e na guerra da OTAN (ou NATO) contra a Federação Russa. Mudam-se os tempos e mudam-se os à vontades dos mentores do banditismo político.
Hoje está a decorrer a reunião do Conselho de Honra do MPLA. Alguns presentes levaram cachecóis com a xipala do líder. Esses devem estar convencidos que foram ver uma partida de futebol com o nosso glorioso D’Agosto. É muita distracção!
* Jornalista
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