Artur Queiroz*, Luanda
A empresa Carrinho construiu uma estrada para receber Joe Biden e outros presidentes nas suas instalações, que vão tratar as miudezas do corredor que começa no Lobito. A seguir vão construir o canal ferroviário até ao Luau. Num abrir e fechar de olhos arranca depois o ramal para a Zâmbia. Mais dia, menos dia temos corredor, cozinha, casa de banho e quarto de bordel, tudo a funcionar.
Os comboios, pela primeira vez em Angola, vão apitar do Lobito ao Luau. Nunca tinha acontecido. Graças ao Presidente João Lourenço e à sua fada Carrinho, além dos comboios vamos ter nas estações ferroviárias silos para o milho, mandioca e massambala. Obrigado, Casa dos Brancos! Bendito povo angolano que tal empresa tem. Tais amigos temos em Washington dici. Os donos da Carrinho, graças aos deuses, chegaram a donos do país. Tudo está no seu lugar.
Hoje o mundo assinala o Dia do Deficiente. Muita atenção, Olho aberto! Jikulumesso! O senhor Trump, e a direcção do Partido Democrata empurraram Joe Biden para Angola e vão abandonar o deficiente por cá. Vamos ser obrigados a cuidar do demente senil. Um contentor de lixo só para ele. Um luando na rua só para ele. A Casa dos Brancos atirou-nos com gasolina para a fogueira.
O Presidente João Lourenço elogiou muito os painéis de energia solar no Sul de Angola que funcionam graças à Casa dos Brancos. Excelência, calma. O pessoal da zunga instala painéis solares nas calmas. É mais fácil do que exportar parakuka e jimboa para os EUA!O Chefe de Estado, falando di lento, pediu a Joe Biden para os EUA construírem linhas de transporte da energia elétrica. Senhor presidente, isso qualquer empreiteiro desencartado faz. O meu irmão chumbou e nas férias grandes foi trabalhar na oficina de um serralheiro na Estrada da Cuca. Construía torres de ferro para as linhas de alta tensão que vinham das Mabubas!
Se o Presidente João Lourenço quiser, falo com o meu irmão, para ele aplicar os conhecimentos científicos que obteve na oficina da Cuca. É capaz de ajudar a construir umas quantas torres. Mas tem razão. A Casa dos Brancos pode dar um a grande ajuda, não pagando à UNITA para destruir tudo.
O empresário Luís Nunes, filho do Caga Milhões, presidente do Conselho da Administração do Grupo Socolil, presidente do Conselho de Administração do Grupo Omatapalo e com o Grupo Carrinho debaixo de olho, no intervalo da governação de Luanda, faz linhas de transporte da energia com facilidade. E cobra menos do que a Casa dos Brancos! É um patriota, compatriota e meio agiota.
Construir torres e cabos eléctricos, qualquer um faz. O meu primo António Pinto, director-geral e fundador da Condel, fazia quilómetros de cabos eléctricos ali mesmo, no Cazenga. E ele não veio da Casa dos Brancos, era mesmo das Boas Águas (Chicala Choloanga), neto de um Soba Grande e explorador da Mãe dos Rios.
João Lourenço fez um figurão quando lembrou que o Presidente José Eduardo dos Santos foi recebido na Casa dos Brancos pelos Presidentes Bush e Clinton. Pois foi. Mas nãos lhes pediu para fazerem torres das linhas de alta tensão, nem lhes vendeu parakuka. Outras circunstâncias, outros tempos, outras vontades, outras realidades.
Parem de chamar aos EUA o país mais poderoso do mundo. Isso já era. Hoje o estado terrorista mais perigoso do mundo já só tem armas e a máquina de fotocopiar dólares. Mais nada. Estão tesos como um carapau congelado. E com os BRICS a coisa vai piorar.
O meu amigo Belarmino Van-Dúnem escreveu um texto sobre a visita do demente e senil Joe Biden a Angola (acumula com o título de genocida…) e escreveu isto: “A saída dos EUA do Médio Oriente e o comedimento relativamente à estratégia transatlântica, obrigou os EUA a reforçar a sua presença no continente africano. Tarefa reservada aos Estados europeus que tradicionalmente mantinham uma relação de proximidade com os Estados africanos, sobretudo com as ex-colónias”.
Peço desculpa, meu amigo, mas não sabia que o Médio Oriente já não inclui a Palestina, a Síria, o Líbano, o Iémen, o Irão (Estreito de Ormuz), eu sei lá. Mas se Belarmino Van-Dúnem diz que os EUA saíram do Médio Oriente está visto que aquela região do globo se mudou para o Afeganistão donde os EUA saíram a correr. Mas nunca se sabe.
Isto da geografia está mesmo muito complicado. Angola foi trincheira firme da revolução em África. A força do Povo Angolano deu para derrotar o colonialismo português e seus parceiros da OTAN (ou NATO). Chegou e sobrou para ajudar na libertação do Zimbabwe, Namíbia e África do Sul. Hoje somos candidatos a cagadeira africana do estado terrorista mais perigoso do mundo. Graças à sagacidade e génio diplomático do Presidente João Lourenço.
Mas Belarmino Van-Dúnem tem razão Os estados europeus, sobretudo os colonialistas e esclavagistas, têm os dias contados em África. Ainda agora o governo do Mali deu ordem de despejo das bases militares francesas. Burkina Faso e Níger fizeram o mesmo, até com as bases militares dos EUA.
Angola é grande. Ainda vamos receber milhares de refugiados dos EUA quando a máquina de fotocopiar dólares avariar e as guerras acabarem. Mas muitos cidadãos norte-americanos serão comidos vivos, pagando os desmandos e os genocídios dos seus dirigentes políticos alojados nos partidos Republicano e Democrata. Joe Biden já tem garantida uma casota no Zango. O indultado filho Hunter fica de guarda ao túmulo do criminoso de guerra Jonas Savimbi. Depois digam que estou muito agressivo e radical, eu que sou um humanista daqueles!
* Jornalista
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