Nils Adler e Umut Uras | Aljazeera | 01.02.2025 | # Traduzido em português do Brasil
Cenas de alegria enquanto ônibus transportando prisioneiros palestinos liberados sob um acordo de cessar-fogo em Gaza chegam a Ramallah, na Cisjordânia ocupada. Um total de 183 prisioneiros devem ser libertados hoje.
Três prisioneiros – Keith Siegel, Ofer Kalderon e Yarden Bibas – foram libertados em dois locais separados no sul e no norte de Gaza.
Cruz Vermelha manifesta ‘indignação’ sobre tratamento de prisioneiros palestinianos: Relatório
O jornal israelita Haaretz, citando uma fonte de segurança, está a noticiar que a Cruz Vermelha manifestou “indignação” pela forma como o Serviço Prisional de Israel lidou com os prisioneiros palestinianos que estão hoje a ser libertados da prisão de Ketziot.
O Haaretz disse que a Cruz Vermelha alegou que os prisioneiros foram conduzidos algemados, com as mãos acima da cabeça e pulseiras com a inscrição “A eternidade não esquece”.
O jornal citou o porta-voz do Serviço Prisional de Israel dizendo que “os combatentes prisionais estão a lidar com os piores inimigos de Israel e, até ao último momento em solo israelita, serão tratados sob regras semelhantes às de uma prisão. Não comprometeremos a segurança do nosso povo.”
Israel ‘nunca’ teve um plano para Gaza no pós-guerra
Luciano Zaccara, professor associado do Centro de Estudos do Golfo da Universidade do Qatar, disse à Al Jazeera que o Hamas precisa de se manter no poder para que o acordo de cessar-fogo seja implementado na íntegra.
“Como é que vão reconstruir Gaza sem o Hamas? Como é que vão fazer cumprir este acordo se o Hamas não estiver lá?” questionou.
Zaccara disse ainda que Israel parece não ter qualquer plano sobre o que fazer em Gaza depois da guerra.
“Nunca houve um plano”, disse, acrescentando que Israel não quer o Hamas ou a Autoridade Palestiniana no enclave.
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