A ÉTICA É UMA POIA PODRE !
Bom dia. O Expresso Curto para todos. Obra de Margarida Cardoso, do Expresso. Vá ler. A guerra das tarifas é obra e a seguir consta lá quase tudo, fruto de um presidente e seus apaniguados made in EUA que não passam de fulanos e fulanas transtornados mentalmente pela ideologia da Internacional Fascista e das drogas impingidas pela febre do dinheiro que ataca o empresariado. Ali os chefes supremos são Trump e Musk. Umas lástimas apodrecidas da espécie desumana. Fique para ler.
De Portugal o Curto aborda com formato sintético as trafulhices do primeiro-ministro Montenegro. Hoje é o dia da moção de censura despoletada pelo PCP, porque sim. Políticas para digerir e entender as causas da pequenez dos que optam por se meterem em bicos dos pés. Enfim. Facto é que também têm direito de agirem assim. Lamentável e incompreensível. Reprovado pela pressa.
Sobre o assunto Margarida Cardoso escreve:
“Crise política O parlamento debate esta quarta-feira a moção de censura do PCP ao Governo, enquanto o PS pede uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a eventual violação do dever de exclusividade do primeiro-ministro. Do lado do executivo, fica em aberto uma possível moção de confiança e Luís Montenegro anuncia que vai pedir à Entidade da Transparência para auditar a conformidade das suas declarações, o que parece ser difícil. Marcelo e Montenegro estiveram reunidos em Belém e Hugo Soares deixa o aviso: Se houver eleições, o candidato do PSD é Luís Montenegro.”
Têm tudo mais em baixo se quiserem reler o que antecipamos.
Pelo mundo sobressai a falácia da União Europeia Von Der em correr ao armamento, e blá, blá, blá. O costume, que já cansa. Comprovadamente a EU está repleta de papagaios sonâmbulos. Falam, falam mas daqui só saem moscas ou dejetos. Então querem uma guerrinha, hem!? Dá jeito na redução do excesso populacional europeu… Baaah!
Já vamos longos nesta referência ao Curto e nossas opiniões matinais. Deixemos a lavra restante para Margarida, jornalista do Expresso. Vão lá.
Bom dia e aguentem que é serviço. Os parasitas andam todos a comer às nossas custas via negociatas e outras xicoespertices. E assim se governam e nos desgovernam. Pois.
Até amanhã, se der jeito. Saúde…
Ora, isso também está na miséria. Os governos matam os portugueses no incumprimento
constitucional. Assim. Impunemente. A ética no lixo em forma de poia podre. Maus odores e más consequências.
António Veríssimo | Redação PG
A vida entre tarifasMargarida Cardoso, jornalista | Expresso (curto)
Bom Dia!
Começo por lhe fazer um convite: hoje, às 14h00, "Junte-se à
Conversa" com David Dinis e Eunice Lourenço para falar sobre "O caso
Montenegro, a Spinunviva e o Governo". Inscreva-se aqui.
Hoje é o Dia Mundial da Eficiência Energética e há dois factos que
vale a pena começar por reter: “A produção europeia na indústria com consumo
intensivo de energia caiu quase 20% nos últimos 4 anos” e “pagamos 1,5 vezes a
3 vezes mais pela energia do que os EUA ou a China”.
A estes destaques de Pedro Brinca, economista e professor da Nova SBE, podemos
ainda juntar, por exemplo, a notícia de que Portugal importou um número recorde
de paineis solares da China em 2024 e Pequim ganha “importância crescente no processo de transição
energética da Europa”, com o velho Continente a comprar mensalmente na
China mais de 3,5 mil milhões de euros em equipamentos como carros elétricos,
paineis solares ou baterias.
Para os empresários esta é uma questão maior. A viver numa “era de rearmamento”, como disse Ursula Von der Leyen ao
propor a mobilização de 800 mil milhões de euros para o novo plano de defesa da Europa,
no meio da guerra de tarifas anunciada por Trump e do abalo que provocou nos
principais índices bolsistas os EUA, entre moções de censura ao governo em
Portugal, os gestores colocam cada vez mais o foco na competitividade e,
consequentemente, nos custos da descarbonização e da fatura energética.
“É urgente minimizar” o impacto do choque elétrico que está a ser imposto às
empresas ou “corremos o grave risco de ter uma Europa descarbonizada mas
sem indústria”, resume Mário Jorge Machado, presidente da ATP - Associação
da Indústria Têxtil e Vestuário de Portugal e da Euratex, a confederação
europeia do sector.
Pensar em aplicar taxas para penalizar a importação de produtos que não cumprem
as regras exigidas ao Made in Europe, designadamente em termos ambientais,
“faz todo o sentido”, defende num apelo transversal a vários sectores. “Temos
as melhores práticas de produção do mundo, mas consumimos tudo o que se faz sem
seguir essas práticas. Porque não há taxas de carbono impostas às
importações de países que não seguem as mesmas regras e, por isso, podem
apresentar preços mais competitivos?”, pergunta Marcelo Franco de Sousa,
vice-presidente da FEFP - Federação Europeia da Cerâmica de Mesa e Ornamental,
a lutar também pela renovação de taxas anti-dumping que penalizam as
importações de cerâmica da China desde 2012.
“Defendo há longa data que entre blocos, dos EUA à Ásia, temos de
concorrer com as mesmas armas”, afirma José Manuel Fernandes, presidente
do Conselho Geral da AEP - Associação Empresarial de Portugal,
questionando a forma como “a Europa aceita, para o mesmo tipo de produtos,
tarifas de 5% sobre as importações chinesas quando é penalizada com taxas de
30% à entrada na China”.
Mas isto significa que na Europa, onde 70% das importações estão isentas de
direitos aduaneiros, o protecionismo económico de Trump está a fazer
escola entre os empresários? “As tarifas de Donald Trump vêm obrigar-nos a
arrumar a casa, a definir com precisão para onde vamos e como podemos defender
os nossos interesses”, responde o dirigente associativo sem manifestar surpresa
pelo facto de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter garantido, no Porto,
no final da semana passada, que caso os EUA aumentem em 25% as tarifas sobre
produtos importados da UE, a resposta da Europa será “proporcional”.
Deste lado do Atlântico “estamos apenas a querer nivelar o terreno de jogo”,
garante Mário Jorge Machado. “Podemos concordar com reciprocidade de regras,
mas o que Trump faz nada tem a ver com reciprocidade por muito que ele insista
em usar esta palavra”, acrescenta. “No caso dos têxteis, por exemplo, as
importações da UE pagam taxas de 17% a 33% à entrada nos EUA quando, em sentido
inverso, as taxas para os produtos made in USA entrarem cá ficam nos
12%”, precisa.
“O que estamos a dizer é que temos de deixar de ser inocentes. Não podemos
aceitar simplesmente o que o Sr. Trump decide. Nem podemos permitir que um país
como a China instale sobrecapacidade industrial, venda abaixo do custo para
escoar produto, elimine assim a concorrência e, depois, imponha o preço que
quiser”, declara.
É verdade que “Portugal e a Europa só continuam a fabricar bicicletas porque quando
são importadas da China ainda pagam uma taxa de 30% à entrada”, assume. Mas
também é verdade que “a concorrência é vital para evoluirmos”, nota.
E deixa um alerta a quem pensa que o cenário ideal é ter a Europa como um
continente isolado: “Na hipótese de só os europeus venderem na Europa, até
poderia haver um crescimento exponencial da indústria numa primeira fase, mas
sem exportar e sem concorrência externa acabaríamos a perder em inovação e
eficiência. A concorrência é vantajosa face aos monopólios, sempre
indutores de perdas de eficiência. Elimina-la é dar um tiro no pé”,
afirma no momento em que o presidente dos EUA avança com tarifas de 25% contra
o Canadá e o México e de 20% sobre a China, já com a Europa e o resto do mundo
na mira.
Tudo, em nome da redução do défice comercial dos EUA, que em 2024 exportaram
bens no valor de 2,08 mil milhões de dólares e compraram no exterior 3,29 mil
milhões, 41% dos quais, no México, o seu maior fornecedor, pronto a retaliar, no Canadá, também pronto a ripostar, e na China, já a avançar com taxas adicionais de 15% sobre
produtos norte-americanos. Mas há mais capítulos prometidos com cenas da vida
entre tarifas, como indicam os sinais de um possível alívio do lado da administração
Trump nos próximos dias a par da ameaça de começar a usa-las contra outros países.
OUTRAS NOTÍCIAS
Crise política O parlamento debate esta quarta-feira a moção de censura do PCP ao Governo, enquanto o PS pede uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a
eventual violação do dever de exclusividade do primeiro-ministro. Do lado do
executivo, fica em aberto uma possível moção de confiança e Luís Montenegro anuncia que vai pedir à Entidade da Transparência para auditar a
conformidade das suas declarações, o
que parece ser difícil. Marcelo e Montenegro estiveram reunidos em Belém e
Hugo Soares deixa o aviso: Se houver eleições, o candidato do PSD é Luís Montenegro.
Ucrânia O Presidente norte-americano, Donald Trump, determinou a suspensão e revisão do apoio militar
à Ucrânia, mas na verdade o apoio dos EUA a países em guerra já foi maior. Volodymyr Zelensky, “grato” a Trump, pronto a trabalhar e a
assinar o acordo sobre minerais raros para por fim à guerra, propõe tréguas para
iniciar negociações de paz com Rússia. No Congresso, Trump cita o homólogo
ucraniano e fala de “fortes sinais de que a Rússia quer paz”, como pode acompanhar no Expresso Fundamental.
Médio Oriente A cimeira extraordinária da Liga Árabe aprovou a reconstrução de Gaza. Pode custar mais de 50 mil
milhões de dólares.
Clima Em Espanha, chuva forte provocou o caos em parte do
arquipélago das Canárias.
Reino Unido Se vai viajar para lá, a partir do próximo mês precisa de autorização obrigatória.
Pritzker O vencedor da edição 2025 do prémio Pritzker é o chinês Liu
Jiakun, um arquiteto que “celebra a vida do cidadão comum”.
Carnaval No Brasil, oito milhões de pessoas participaram nos desfiles oficiais do Rio de Janeiro. Em Portugal, de
Ovar a Loulé também houve festa e, em Podence, o secretário-geral
do PS vestiu a pele de um careto.
FRASES
A Ucrânia, Israel e os curdos já mostraram que um exército democrático do
século XXI tem mulheres ao lado dos homens. A Dinamarca e a Suécia já estão a
construir esse exército misto, nós temos de fazer o mesmo
Henrique Raposo, num artigo de opinião a defender o serviço militar obrigatório como imperativo militar imediato
Avizinham-se dias críticos. Há que contar agora com uma nova e poderosa fonte
de instabilidade global – o governo dos EUA
Carl Bildt, antigo primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros da
Suécia, no artigo de opinião Trump, o capitulador
PODCASTS A NÃO PERDER
“Até há pouco tempo, não havia propriamente crimes de ódio contra a nossa
população, mas temos assistido a discursos e atitudes contra pessoas com
deficiência.” A afirmação é de Diana Santos, psicóloga clínica e presidente do
Centro de Vida Independente, no podcast Que Voz É Esta?
“As empresas familiares têm sucesso quando não se transformam em
monarquias”, diz a presidente da Tecnimede, Maria do Carmo Neves, no Podcast O CEO é o Limite
O QUE ANDO A VER E A OUVIR
Em Svaldbord, a imagem do urso deitado num quadrado de gelo quase do seu
tamanho deixa a nú as dificuldades da vida numa terra com temperaturas
que ultrapassam os 30 graus negativos, quatro meses de escuridão e 2.400
habitantes. “A comunidade mais próxima do Pólo Norte é a que mais sofre os
efeitos do aquecimento global”, reporta a jornalista Susana André numa das
reportagens de Jangadas de Pedra, na SIC/OPTO.
Os trabalhos contam-se pelos dedos da mão, mas levam-nos do sul da Europa à
profundeza do Ártico, entre paisagens únicas e histórias singulares, como a de
Eva e Jógvan, os dois habitantes de Stora Dimun, a mais pequena ilha das
Faroé, onde acreditam que “
Partilho também a sugestão da Margarida Mota, minha colega na delegação
norte do Expresso para uma visita ao Museu da Memória de Matosinhos: Localizado no centro da
cidade, num palacete antigo junto à Câmara Municipal, é uma homenagem aos
lugares, gentes e atividades de Matosinhos, do passado e do presente. Alberga
artefactos arqueológicos, registos documentais, mostras artísticas e
testemunhos de cidadãos, apresentados com recurso às novas tecnologias.
O museu está aberto aos contributos da comunidade, num esforço de atualização
permanente. O visitante tem a possibilidade de gravar em vídeo o seu próprio
testemunho. Quinze lugares emblemáticos de Matosinhos podem ser apreciados com
óculos a 360°. Num original apelo à memória, no jardim do palacete, há uma
caixa do tempo sob uma oliveira. Foi ali enterrada em 2010 e será aberta em
2035. Porque, como escreveu José Saramago,
Somos a memória que temos
e a responsabilidade que assumimos.
Sem memória não existimos,
sem responsabilidade
talvez não mereçamos existir.
O compositor russo Sergei Prokoffiev (1891 - 1953) morreu há 72 anos, por isso termino este Curto com uma referência a Pedro e o Lobo, à Philadelphia Orchestra e a David Bowie.
Boas leituras
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