< Artur Queiroz*, Luanda >
O Irão tinha uma monarquia
absolutista, esclavagista e profundamente reaccionária. As potências
ocidentais amavam o Xá da Pérsia, déspota e corrupto. Ditador cruel e mais
assassino do que Jonas Savimbi ainda que, tal como o criminoso de guerra angolano,
também vestisse uma pele de cordeiro. Os supremacistas brancos, colonialistas e
esclavagistas apoiavam o regime sangrento. Ajudavam a prender, torturar e
matar. Até que em Janeiro de 1978 estoirou a Revolução Islâmica. Em Fevereiro
de 1979 triunfou. O aiatola Khomeini chegou ao poder depois de um exílio em
Najaf (Iraque), na Turquia e
No dia 10 de Dezembro de 1975, horas antes de Agostinho Neto proclamar a Independência Nacional, a Assembleia-Geral da ONU aprovou a Resolução 3379, que considera colonialista e racista, o regime sionista de Israel. Igual ao regime de apartheid na África do Sul, contra o qual os angolanos se bateram até à sua capitulação, com o Acordo de Nova Iorque, assinado no dia 22 de Dezembro 1988. Esta Resolução foi aprovada por 72 países. Outros 32 abstiveram-se e os EUA conseguiram arregimentar 35 votos de países dos supremacistas brancos.
O estado terrorista mais perigoso do mundo, no mandato de George W Bush, aproveitando-se da derrocada da União Soviética, conseguiu anular esta Resolução, em 16 de Dezembro de 1991 (Resolução 4686). Mesmo assim votaram contra Afeganistão, Argélia, Bangladesh, Brunei, Cuba, Emirado Árabes Unidos, Iémen, Indonésia, Irão, Iraque, Jordânia, Líbano, Líbia, Malásia, Mali, Mauritânia, Paquistão, Qatar, Coreia do Norte, Somália, Sri Lanka, Sudão, Síria e Vietname. Entre as abstenções estão os votos de Angola, Uganda, Zimbabwe e Turquia.
A Resolução 4686 da ONU foi aprovada porque a Casa dos Brancos e Telavive ameaçavam boicotar a Conferência de Paz de Madrid, em 1991, destinada a encerrar o conflito entre Israel e o Mundo Árabe. E teve bom resultado. Em 1993 foram assinados os Acordos de Paz de Oslo, hoje letra morta porque o regime sionista de Israel é mesmo colonialista (genocida) e racista, O governo de Netanyahu rege-se por leis de apartheid, iguais às do regime racista de Pretória. O genocídio na Faixa de Gaza e Cisjordânia não são obra do acaso.
Nos anos 80, o deputado israelita Benjamim Netanyahu denunciou em Washington que o Irão estava a fabricar uma bomba atómica. Choveram sanções sobre o país, a arma de destruição maciça dos supremacistas brancos, colonialistas (genocidas) e esclavagistas.
Benjamin Netanyahu foi ao
Congresso dos EUA em 1992 e lançou um alerta dramático: “O Irão está a dois
passos de fabricar bombas nucleares! O mais tardar em 1997 são uma potência
nuclear!” Mais sanções da Casa dos Brancos sobre o país.
Em 1996, de novo no Congresso dos EUA, Benjamin Netanyahu disse: “É preciso
actuar imediatamente para impedir a nuclearização de Estados terroristas como o
Irão e o Iraque. A data limite para atingir esse objectivo aproxima-se a passos
largos”. Mais sanções ao Irão.
Em 2011, Netanyahu discursou na Câmara dos Representantes em Washington:
“Agora, o nosso tempo está contado. O maior de todos os perigos pode em breve
cair-nos
Em Outubro de 2013, em declarações ao diário francês “Le Monde”, Benjamin
Netanyahu deu a notícia sensacional: “O Irão está prestes a fabricar uma bomba
nuclear. É uma questão de semanas”.
Esta declaração serviu para sabotar as negociações do “Grupo dos Cinco Mais Um” com o Irão. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos da América, Reino Unido, França, Rússia e China) mais a Alemanha discutiam com Teerão sobre seu programa nuclear. O objetivo das negociações foi garantir que o Irão nunca fabricaria armas nucleares. Em troca as sanções eram levantadas.
O acordo foi assinado na Presidência de Barak Obama. Donad Trump, no seu primeiro mandato, rasgou o Plano de Acção Integral Conjunto (JCPOA) e assim chegámos à guerra de 2025 para fazer a América Novamente Grande e o regime sionista de Telavive, mais colonialista, mais genocida e mais racista.
Naftali Bennett entrou em cena quando foi assinado o acordo com o Irão. Era ministro da Economia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Disse ele: “O acordo deixa intacta a máquina nuclear iraniana e permite ao Irão produzir uma bomba atómica num período de seis a sete semanas”. Esta intervenção aconteceu há dez anos. As semanas dos colonialistas e racistas de Telavive são mesmo muito lentas.
Quem é Bennett? Feroz opositor à
solução dos dois Estados. Defende a anexação imediata da Cisjordânia. Promotor
da Lei da Nação-Estado Nacional do Povo Judeu, aprovada em 2018 e confirmda el
Tribunal Supremo! Uma lei que oficializa o regime de apartheid
Os nazis de Telavive, segundo os supremacistas brancos, fazem parte de uma democracia. Por isso mataram o primeiro-ministro Yitzhak Rabin porque assinou os Acordos de Oslo. A democracia de Telavive rege-se por leis de apartheid. Os nazis de Telavive executam um genocídio na Palestina. Os democratas de Israel assinam o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Têm bombas atómicas mas não permitem que sejam verificadas. Tudo porque confiam no seu escudo de ferro, uma espécie de passador com mais buracos do que o meu orçamento.
Em Portugal o canal televisivo
CNN faz fretes nojentos ao embaixador de Israel
Os bancos já encerraram. Os caloteiros da administração da Empresa Edições Novembro continuam sem pagar o que me devem. Têm a bênção do empregado do povo. Vão ser todos ruados. Falta pouco. Abaixo os ladrões e os caloteiros!
* Jornalista
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