sábado, 13 de abril de 2019

O assombroso enigma da economia chinesa


Diante da crise, e ao contrário do Ocidente, país faz imensos investimentos em infra-estrutura e no consumo interno. Consolidará capitalismo de Estado? Talvez – mas de nada serve examinar sua experiência com as lentes do preconceito

Zhang Jun | Outras Palavras | Tradução: Felipe Calabrez

Para o Ocidente, o ano de 2008 marcou o início de um difícil período de crise, recessão e recuperação desigual. Para a China, 2008 também foi um importante ponto de inflexão, mas seguido por uma década de progresso rápido que poucos poderiam ter previsto.

É claro: quando o banco de investimento norte-americano Lehman Brothers entrou em colapso, desencadeando uma crise financeira global, os líderes chineses ficaram profundamente preocupados. Suas preocupações foram agravadas por desastres naturais — incluindo fortes nevascas e tempestades de neve no sul, em janeiro de 2008, e o devastador terremoto de Sichuan, cinco meses depois, que matou 70 mil chineses – assim como revoltas no Tibet.

No começo, os temores da China pareciam estar se tornando realidade. Apesar de sediar uma impressionante Olimpíada em Pequim, em agosto daquele ano, seu mercado de ações despencou de um recorde de 6.124 pontos para 1.664, em outubro de 2008, em uma queda assombrosa.

Coreia do Norte dá prazo aos EUA


O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, diz estar aberto a um terceiro encontro com Trump, caso os EUA proponham até ao fim do ano condições aceitáveis para um acordo.

O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, declarou neste sábado (13/04) estar aberto a realizar um terceiro encontro de cúpula com o presidente americano, Donald Trump, caso os Estados Unidos proponham condições mutuamente aceitáveis para um acordo até ao fim deste ano.

Segundo a Agência Central de Notícias Coreana (KCNA, na sigla em inglês), sediada em Pyongyang, Kim fez a afirmação num discurso proferido durante uma sessão do Parlamento norte-coreano, no qual atribuiu o fracasso da cúpula de fevereiro ao que descreveu como "exigências unilaterais dos Estados Unidos", embora acrescentando que a sua relação pessoal com Trump continua boa.

Brasil | 11 de Abril, sonho ou pesadelo?


Que sonho eu tive: eu tinha olhos vermelhos, usava a faixa presidencial e estava em cima de um monte muito alto. Tão alto que eu podia ver todo o Brasil. De lá, gritava: ''Foram cem dias de vitória, ha, ha, ha! Cem dias!

Logo nos primeiros liberei as armas. Agora irmão já pode matar irmão, vizinho já pode matar vizinho, marido já pode matar esposa. E um miliciano pode comprar 4 armas legalmente.''

José Roberto Torero

Carta Maior, em Diário do Bolso

Acidente com avião de ataque revela que a FAB se prepara para intervenção na Venezuela


Um caça de ataque AMX A-1B da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu em uma área rural de Viamão, Rio Grande do Sul, Região Metropolitana de Porto Alegre, nesta sexta-feira (5). Os dois tripulantes conseguiram se ejetar do avião e sobreviveram.

O acidente indica que as Forças Armadas Brasileiras se preparam para uma guerra contra a Venezuela; embora no discurso oficial as Forças Armadas mantenham uma posição contrária à participação brasileira no caso de uma intervenção militar.

O aparelho participava de uma grande operação de treinamento com grande parte do efetivo da FAB, envolvendo inclusive as unidades que operam nas bases próximas à fronteira com a Venezuela, como o esquadrão de Manaus.

A missão de treinamento inclui aeronaves radar de alerta antecipado E-99; caças supersônicos de superioridade aérea F-5M; aviões de ataque A1, como o que foi perdido no acidente; aparelhos de reconhecimento R-35, capazes de monitorar o solo mesmo abaixo da densa cobertura da selva; reabastecedores aéreos de combustível KC-130; e helicópteros H-36 Caracal, especializados em missões de busca e salvamento de tripulações de aeroplanos abatidos em território inimigo.

Ativista sueco é preso no Equador acusado de colaboração com Assange


Ministra do Interior do Equador, María Paula Romo, afirmou que o governo obteve informações que comprovam que Bini visitou Assange mais de 12 vezes na embaixada do país em Londres.

O ativista e pesquisador de segurança da informação Ola Bini foi preso nesta sexta-feira (12/04) pelo governo equatoriano no Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, em Quito, por supostamente colaborar com o fundador da WikiLeaks, Julian Assange.

A ministra do Interior do Equador, María Paula Romo, afirmou que o governo obteve informações que comprovam que Bini visitou Assange mais de 12 vezes na embaixada do país em Londres, onde o fundador da WikiLeaks estava residindo sob asilo diplomático até esta quinta-feira.

“Temos a evidência de uma pessoa próxima que colaborava com WikiLeaks e com Assange, que visitou a embaixada do Equador em Londres ao menos em 12 ocasiões diferentes ao longo desses últimos anos”, disse Romo.

A ministra ainda disse que Bini “estava vivendo no Equador e também vimos seus último encontros com o ex-chanceler Ricardo Patiño, que estava no cargo quando o asilo [a Assange] foi outorgado. Sua última viagem foi à Venezuela há mais ou menos um mês, um mês e meio”.

No momento da prisão, Bini estava prestes a embarcar para o Japão para participar de um treinamento na organização internacional de artes marciais Bujinkan. Mais cedo, o ativista comentou o pronunciamento da ministra em sua conta no Twitter dizendo que as notícias eram muito preocupantes e que parecia “uma caça às bruxas contra mim”.

Segundo a revista Peoples Dispatch, Bini é um nome importante do movimento software livre e pela privacidade digital, tendo desenvolvido um trabalho extenso na área de comunicação segura e anonimato com diversas organizações internacionais, além de ser autor de livros sobre tecnologia da informação. O desenvolvedor de softwares é cidadão sueco e tem visto para trabalhar e residir no Equador. A prisão do ativista está sendo vista como parte de uma ofensiva para reprimir a comunidade que defende uma tecnologia que permita maior segurança na comunicação.

O acadêmico e ativista indiano Vijay Prashad afirmou que “Ola Bini é inocente e foi preso no Equador sem motivo”. Nas redes sociais, Prashad fez um chamado para pressionar o presidente Lenín Moreno pela liberação de Bini.

Martin Fowler, cientista-chefe da ThoughtWorks e antigo colega de Bini, também escreveu no Twitter: “Fico muito preocupado de saber que meu amigo e colega Ola Bini foi preso no Equador. Ele é um grande defensor e desenvolvedor na área de privacidade da informação e até agora não conseguiu falar com um advogado.”

Autoridades equatorianas citadas pela imprensa afirmam que Bini foi preso em uma operação para desmontar uma conspiração para chantagear o presidente Lenín Moreno. No entanto, a advogada e ativista Renata Ávila afirmou ao site de notícias indiano NewsClick que “a prisão de Bini é uma tentativa de Lenín Moreno de salvar a própria pele recriando o mesmo tipo de espetáculo judiciário que o sistema norte-americano fez com os hackers russos”.

Moreno enfrenta um grande escândalo desde o vazamento dos chamados INA papers, que revelaram casos de corrupção envolvendo pessoas próximas ao presidente equatoriano.

Em uma série de posts no Twitter, Y. Kiran Chandra, secretário-geral do Movimento Software Livre da Índia, falou da importância da contribuição de Bini para o desenvolvimento de tecnologias em segurança da informação e questionou por que “um dos melhores desenvolvedores que soluciona problemas da sociedade com a tecnologia está sendo tratado de maneira tão perversa”.

Desacato | Fonte: Opera Mundi | Foto: Reprodução/Twitter

Liberdade para Julian Assange


Começa campanha mundial em favor de dissidente político. Confinamento revela: “democracias” ocidentais já não toleram jornalismo que revele segredos do poder

Ignácio Ramonet | Outras Palavras | Tradução: Inês Castilho | Imagem: Sam Spratt

Começa campanha internacional em favor do dissidente político que desconcerta os EUA. Seu confinamento revela: “democracias” ocidentais já não toleram jornalismo que revele segredos do poder

Já se completaram seis anos desde que, em 19 de junho de 2012, o ciberativista australiano Julian Assange, paladino da luta pela liberdade de informação, viu-se obrigado a se refugiar nas dependências da embaixada do Equador, em Londres. O pequeno país latino-americano teve a coragem de lhe oferecer asilo diplomático, quando o fundador do WiliLeaks encontrava-se perseguido e acuado pelo governo dos Estados Unidos e vários de seus aliados (Reino Unido e Suécia, principalmente). A justiça sueca exige que Assange apresente-se em Estocolmo para testemunhar pessoalmente sobre as acusações de agressão sexual feitas por duas mulheres a quem ele haveria mentido sobre o uso de preservativo.

Julian Assange rechaça essas acusações, sustenta que as relações com essas duas pessoas foram consentidas e afirma ser vítima de um complô organizado por Washington. O fundador do WikiLeaks nega-se a ir à Suécia, a menos que a justiça do país lhe garanta que não será extraditado para os Estados Unidos, onde poderia ser detido, conduzido a um tribunal e talvez, segundo seus advogados, condenado à pena de morte por “crime de espionagem”.

Parlamentares britânicos querem que Assange responda por violação na Suécia


“O líder do principal partido da oposição, Jeremy Corbyn, escreveu na rede social Twitter que os EUA querem extraditar Assange porque ele expôs "provas de atrocidades no Iraque e no Afeganistão".

Mais de 70 membros do parlamento britânico instaram, este sábado, o secretário do Interior daquele país a considerar prioritária a extradição do fundador do Wikileaks Julian Assange para a Suécia, relativamente a uma extradição para os Estados Unidos.

Os parlamentares, a maioria dos quais pertencem ao Partido Trabalhista, subscreveram uma carta dirigida ao secretário do Interior, Sajid Javid, para que "faça tudo o que estiver ao seu alcance para assegurar que Julian Assange seja extraditado para a Suécia, no caso de a Suécia realizar esse pedido de extradição".

Na carta, os membros do parlamento britânico apelam a que se possa "investigar adequadamente" uma denúncia de violação por parte de uma mulher sueca, uma suspeita de crime que prescreve em 2020, sendo que outras acusações feitas na justiça sueca já prescreveram.

A era da injustiça - Equador "vendeu" Assange

Lenin Moreno, presidente do Equador, “vendeu” Assange aos EUA em troca de redução de dívida
Paul Craig Roberts

O dia 11 de Abril de 2019 deu-nos uma nova palavra para Judas:   Moreno — o presidente fantoche do Equador que vendeu Julian Assange a Washington por suas 30 moedas. 

Nesta manhã a prisão de Assange dentro da embaixada equatoriana em Londres foi a primeira etapa na tentativa de Washington de criminalizar a Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

O homem de Washington em Quito disse que revogou o asilo político de Assange e a sua cidadania equatoriana devido à sua liberdade de expressão.

Quando polícias de diversa raça e género arrastaram Assange para fora da embaixada nesta manhã, reflecti sobre a absoluta corrupção de três governos – dos EUA, Reino Unido e Equador – e das suas instituições.

A polícia britânica não mostrou vergonha quando carregou Assange desde a sua embaixada-prisão dos últimos sete anos até uma cela britânica como estação intermediária para outra americana. Se a polícia britânica tivesse qualquer integridade, toda a força policial teria ficado doente.

Se o parlamento britânico tivesse qualquer integridade, eles teriam bloqueado a contribuição de Londres para o julgamento espectáculo de Washington agora em preparação.

Se os britânicos tivessem um primeiro-ministro ao invés de uma agente de Washington, Assange teria sido libertado há muito tempo atrás e não mantido num aprisionamento de facto até que Washington aceitasse o preço de Moreno. 

Se o embaixador equatoriano em Londres tivesse qualquer integridade, ter-se-ia demitido ao invés de chamar a polícia para levar Assange. Será o embaixador tão desalmado que possa viver tranquilo consigo próprio como o homem que ajudou Moreno a desonrar a reputação do Equador?

Se os jornalistas anglo-americanos tivessem qualquer integridade, eles levantar-se-iam em armas quanto à criminalização da sua profissão.

Wikileaks | O que mudou para o Equador entregar Assange às autoridades britânicas


Julian Assange esgotou a paciência de quem o albergou, mas há mais neste caso do que as razões invocadas na quinta-feira pelo Equador.

"A paciência do Equador chegou ao limite". A frase, do presidente do país que durante sete anos acolheu Julian Assange, ilustra o desgaste entre ambas as partes. Ano e meio de tensões que vão além das razões quotidianas alegadas, a parte visível de uma divergência com contornos de geopolítica.

O presidente do Equador, Lenin Moreno, aduziu uma série de razões objetivas para justificar a retirada do estatuto de asilo político a Assange, que permitiu a detenção do fundador da WikiLeaks, em Londres. As primeiras a lembrar o passado de "hacker" do australiano, de 47 anos. "Instalou equipamentos eletrónicos de distorção não permitidos e bloqueou câmaras de segurança da missão diplomática" equatoriana em Londres.

Portugal | BPN/Homeland. Duarte Lima será preso nos próximos dias


Com o trânsito em julgado decidido pela Relação de Lisboa, ex-deputado fica impossibilitado de recorrer da pena de seis anos a que foi condenado. Cabe agora à primeira instância a emissão de mandado de prisão.

A maratona de recursos e mais recursos chegou ao fim. Duarte Lima vai ter de começar a cumprir dentro de dias a pena de seis anos de prisão a que foi condenado no âmbito do processo BPN/Homeland. A decisão do Tribunal da Relação de Lisboa é clara: não foi admitido o mais recente recurso de um outro arguido – do qual o ex-deputado do PSD queria beneficiar – e o acórdão de 2016 transitou em julgado.

Duarte Lima foi condenado em 2014 a dez anos de prisão por burla e branqueamento de capitais e em abril de 2016, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a existência de um esquema para burlar o BPN na compra de terrenos em Oeiras. Os desembargadores consideraram ter ficado provado que “os terrenos Homeland foram vendidos ao Fundo Homeland por 47 845 000 euros, por via de um empréstimo concedido pelo BPN”. E acrescentam: “O valor real da venda dos terrenos era de 30 milhões de euros; o prejuízo da Parvalorem (BPN) é a diferença entre estes valores, ou seja, 17 845 000 euros”.

Portugal | Vieira da Silva rejeita aumentar idade da reforma


"A proposta de passar a idade da reforma para 69 anos não é exequível, nem é eficaz", garante o ministro.

Para Vieira da Silva o reforço da sustentabilidade da Segurança Social não passa pelo aumento da idade da reforma. Esta é a resposta do ministro do Trabalho e da Segurança Social ao estudo ‘Sustentabilidade do sistema de pensões português’ da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

De acordo com o documento, o número de pensionistas deverá crescer de 2,7 para 3,3 milhões até 2045, o que deveria levar ao aumento da idade de reforma, para evitar transferências do Orçamento do Estado. E considera que um aumento de apenas três anos da idade legal da reforma poderia significaria o adiamento do aparecimento de défices crónicos nas contas Segurança Social a partir de 2070. 

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