
No
Brasil o golpe da direita continua em curso. Objetivo é derrubar o governo
através de processo característico de quem perde nas eleições mas não se
conforma e reage. Processo ilícito mas que acreditam poder resultar. O governo
de Dilma tem vindo a ser sistematicamente enxovalhado, difamado, perseguido. A
figura predominante de Lula da Silva, ex-presidente da República, que tirou da
pobreza muitos milhões de brasileiros tem vindo a ser igualmente perseguida
pela justiça. O juiz Sérgio Moro é o cabeça de cartaz da matilha que o
persegue, assim como a Dilma. A Globo e a comunicação social brasileira ao
serviço da direita cria os casos, empola, manipula, constrói ódios e divisões,
achaca Lula, atira-se ao governo Dilma como gato a bofe. Imensos brasileiros,
fruto da manipulação, vão atrás e manifestam-se contra os que em quase duas décadas
proporcionaram aos brasileiros mais desfavorecidos dignidade e usufruto de
cidadania, alguma democracia. Nada que a classe economicamente dominante,
racista, esclavagista, fascista, ou daí próximo, visse e veja com bons olhos. Esta
é a vingança servida a semi-morno e também a escaldar.
Depois
das manifestações da direita contra Lula, Dilma e governo, vem o tempo de
manifestarem-se os que reconhecem a obra meritória de Lula da Silva e da
democracia que instituiu no Brasil mais que ninguém. A direita acusa Lula,
Dilma e o PT de corrupção. Nada está provado, a não ser o que é construído na
comunicação social inundado de mentiras com alguns pormenores de verdade (para
uma mentira ter crédito convém conter alguma pormenor de verdade, nem que seja ínfimo
e sem importância). A justiça, pela mão do juiz Moro e outros capangas baralha
tudo e dá cartas. Ataca e contra-ataca os rechaços ao seu jogo sujo de golpe. Pela
segunda vez – prevê-se já a próxima – a justiça impede Lula de exercer o ministério
de Chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff para que foi nomeado e chegou
a tomar posse. O Brasil está a saque, só governável devido à enorme tenacidade
de Dilma, a presidente. A terrível novela vai prosseguir, produção da Globo e
da direita mais radical existente no Brasil. Atente-se às manipulações da
comunicação social, não só a do Brasil, também em Portugal e por todo o mundo a
que chamam livre e/ou ocidental. A democracia está a ser destruída no Brasil.
Coronéis sem farda nem galões querem a todo o custo tomar posse dos poderes. É
sabido que com esses nos poderes o p´re-sal, o petróleo, ficará nas mãos dos
gringos, dos EUA. Coisa que Obama, há anos, na sua visita ao Brasil, não
conseguiu. Lula, então presidente, respondeu-lhe que não, que o pré-sal é
brasileiro e só brasileiro. Petróleo, sempre esse elemento desestabilizador
devido à ganância dos EUA e outras médias potências ou grandes aglomerados da
alta finança global. Petróleo e tantas outras riquezas naturais brasileiras são
uma tentação que supera um quadro de moralidade e de decência dos que por mais
ricos que sejam mais riqueza querem. É nisso tudo que os brasileiros devem
pensar muito bem antes que seja tarde demais.
Seguidamente,
para atualização dos que querem olhar e saber mais um pouco sobre a “crise no
Brasil” facultamos a compilação de informes da Agência Brasil. É ler e não
permitir que a manipulação penetre.
Redação
PG / Fernando Silva / Flávio Mattel
Na
Paulista, Lula defende a democracia e diz que é preciso restabelecer a paz
Bruno
Bocchini - Repórter da Agência Brasil*
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (18), no manifesto que a
Frente Brasil Popular promove na Avenida Paulista contra o impeachment e a
favor da democracia, que os brasileiros precisam aprender a conviver com a
diversidade. Em discurso, no carro de som posicionado em frente ao Museu de
Arte de São Paulo, sob aplausos, ele defendeu a democracia e disse que o tempo
que resta ao final do governo Dilma é “suficiente para virar a história do
país”.
Além
de pedir respeito à democracia e às eleições, Lula criticou os partidos que
concorreram contra o PT nas últimas eleições presidenciais. Segundo ele, os
adversários não aceitaram a derrota nas urnas e agora se prestam a
"atrapalhar" o governo da presidenta da República Dilma Rousseff.
“Quero
dizer para aqueles que não gostam de nós, talvez falte informação, mas temos
que convencê-los que democracia é acatar o voto da maioria do povo brasileiro”,
destacou. Durante o discurso, Lula juntou-se ao coro dos manifestantes gritando
a frase: “Não vai ter golpe”. “Não vamos aceitar o fim da democracia e nenhum
golpe no país”.
O
ex-presidente destacou a importância de se restabelecer a paz no país e lembrou
que perdeu as eleições muitas vezes, mas nunca protestou contra quem ganhou.
“Tem gente nesse país que falava em democracia da boca para fora. Eu perdi
eleições em 89, eu perdi eleições em 94, em 98, e já havia perdido em 82 para o
governo de São Paulo e, em nenhum momento, vocês viram eu ir para a rua
protestar contra quem ganhou”, disse Lula a uma multidão na Avenida Paulista
reunida para o ato batizado pelos organizadores de Pela Democracia, Contra o
Golpe.
“Quando
a presidenta Dilma ganha, eles que se dizem sociais-democratas, eles que se
dizem pessoas evoluídas, pessoas estudadas, eles não aceitaram o resultado. E
faz um ano e três meses que eles estão atrapalhando a presidenta Dilma a
governar esse país”, disse.
Lula
defendeu um país sem ódio, mas criticou as pessoas que participaram das
manifestações em favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Eles são o
tipo de brasileiro que gostariam de ir para Miami fazer compra todos os dias, e
a gente compra na 25 de Março”, referindo-se à rua de comércio popular que fica
no centro de São Paulo.
“Este
país precisa voltar a crescer. Tem que ter uma sociedade harmônica. Voltar a
entender que democracia é a convivência da diversidade. Eu não quero que quem
votou no Aécio goste de mim, ou quem votou na Dilma goste dele. O que eu quero
é que a gente aprenda a conviver de forma civilizada com as nossas diferenças”,
disse.
Para
Lula, a democracia é a única possibilidade de fazer um governo com a
participação do povo. “Eles têm que saber que essas pessoas que estão aqui de
vermelho são parte daqueles que produzem o pão de cada dia do povo brasileiro”.
Casa
Civil
Sobre
o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, que assumiu nesta quinta (17), Lula
disse que relutou muito em aceitar ir para o governo, desde agosto do ano
passado. “E, ao aceitar, veja o que aconteceu comigo, virei outra vez 'Lulinha
paz e amor'”. Ele garantiu que vai integrar o governo para ajudar a fazer o
país voltar a crescer. “Não vou lá para brigar, vou lá para ajudar a fazer as
coisas que tem que fazer nesse país. Não vou achando que os que não gostam de
nós são menos brasileiros que nós".
Ele
relembrou os momentos desta semana, principalmente depois que foi anunciada sua
ida para o governo, em que alguns setores, segundo ele, pregaram que os
simpatizantes do PT seriam violentos. "Acho muito engraçado que essa
semana inteira, alguns setores ficaram dizendo que nós somos violentos. E tem
gente que prega a violência contra nós 24 horas por dia."
“Eu
não vou lá para brigar, eu vou lá para ajudar companheira Dilma a fazer as
coisas que ela tem que fazer nesse país, e não vou lá achando que aqueles que
não gostam de nós são menos brasileiros que nós, e que nós somos menos
brasileiros que eles”.
Golpe
Militar
As
falas do presidente Lula foram interrompidas diversas vezes durante seu
discurso pelos manifestantes que faziam coro com a palavra de ordem “Não vai
ter golpe, vai ter luta” e “Lula voltou”. O próprio ex-presidente gritou,
algumas vezes, junto com a multidão “Não vai ter golpe”.
Lula
lembrou que parte das pessoas presentes no ato da Paulista haviam lutado contra
o golpe militar de 1964 e também para reconquistar a democracia. E que, agora,
não permitiriam que o resultado das últimas eleições não fossem respeitados.
“Nós
precisamos recuperar o humor desse país, a alegria de ser brasileiro, a
autoestima de ser brasileiro, isso que está em jogo, não é tentar antecipar as
eleições dando um golpe na Dilma. Nós temos que dizer para eles: nós que
estamos nessa praça lutamos para derrubar o regime militar, para conquistar a
democracia e não vamos aceitar fazerem um golpe nesse país”, disse.
Em
determinado momento, Lula pediu aos manifestantes que levantassem o braço para
que eles tirassem uma foto para a presidenta Dilma Rousseff. "Para ajudar
que ela tenha tranquilidade", afirmou. Lula havia chegado à Paulista por
volta das 19h, ao lado do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do presidente
do PT, Rui Falcão, do ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, e do
governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.
Manifestação
reuniu público e entidades contra o impeachment na capital paulista
Camila
Boehm – Repórter da Agência Brasil
Manifestantes
estiveram hoje (18), na Avenida Paulista, para protestar contra o impeachment
da presidenta Dilma Roussef e em defesa da democracia. Desde as 17h30, os
participantes se reuniram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) e se
espalharam pela avenida.
Vestidos
predominantemente de vermelho, o público carregou bandeiras também vermelhas,
bexigas e faixas que pediam democracia e repudiavam o golpe, referindo-se ao impeachmentde
Dilma. A palavra de ordem mais gritada na manifestação, convocada pela Frente
Brasil Popular, foi “não vai ter golpe”.
A
presença de jovens no protesto foi notável, porém havia pessoas de diversas
faixas etárias. O estudante João Carlos Martins, 20, acredita que o país está
“à beira de um caos, de uma guerra civil”, caso haja impeachment. “Eu vim
para a defesa da democracia no país, que está sendo afetada por pessoas que não
aceitam a eleição que teve no passado”, disse. Ele lamentou ainda a
intolerância e o ódio que se vê nas ruas por divergências políticas. “As
pessoas nem podem mais andar vestidas com roupa vermelha na rua que são
espancadas”.
Renato
Zapata, 27, jornalista, criticou a política desenvolvida pelo governo
atualmente, no entanto, manifestou-se “em defesa da democracia, contra o que
temos visto esses dias, as pessoas agredindo as outras só porque elas estão de
vermelho”. Ele é contra o impeachment e acredita que isso
significaria um golpe.
“Hoje
o governo precisa ser defendido em relação ao meu voto, ao voto de todo mundo.
As pessoas vêm para defender seu voto e não o governo em si”, disse ao explicar
que a questão não é simplesmente partidária.
O
pesquisador Alexandre Ferro Otsuka, 27, disse que foi à Avenida Paulista em
defesa da democracia. “O que o [juiz Sérgio] Moro está fazendo no Judiciário,
inorando as leis, passando por cima do processo jurídico que deveria ser feito,
coloca em risco nosso Estado de Direito e a nossa democracia”, avaliou.
Segundo
levantamento da Polícia Militar, 80 mil pessoas estavam presentes na
manifestação às 18h45, horário considerado de pico pela corporação.
Diversas
entidades apoiaram o ato de hoje, entre elas a Central Única dos Trabalhadores;
Central de Trabalhadores do Brasil (CTB); Frente Brasil Popular; sindicatos,
como bancários e professores; e Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
Mais
cedo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em um carro
de som posicionado em frente ao Museu de Arte de São Paulo. Sob aplausos, ele
defendeu a democracia e disse que o tempo que resta ao final do governo Dilma é
“suficiente para virar a história do país”.
“Quero
dizer para aqueles que não gostam de nós, talvez falte informação, mas temos
que convencê-los que democracia é acatar o voto da maioria do povo brasileiro”,
destacou. Durante o discurso, Lula juntou-se ao coro dos manifestantes gritando
a frase “Não vai ter golpe”.
O
ex-presidente destacou a importância de se restabelecer a paz no país e lembrou
que perdeu as eleições muitas vezes, mas nunca protestou contra quem ganhou.
"Tem gente que fala em democracia da boca pra fora. Perdi as eleições em
89, em 94 e em 98 e em nenhum momento vocês viram eu ir pra rua protestar
contra quem ganhou”.
Brasília
Na capital federal, manifestantes a favor do governo Dilma Rousseff e contra o
processo de impeachment se reuniram no Museu da República, no início da
Esplanada dos Ministérios. O ato foi organizado pela Frente Brasil Popular, e
os manifestantes levaram cartazes com frases de apoio a Dilma e ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o que chamam de golpe.
"Esse
é um ato em defesa da democracia, contra o golpismo e o fascismo que está explodindo
no país. Estamos defendendo a mudança de discurso no Congresso, que pare de
discutir só o golpe e que encaminhe avanços nos direitos da classe
trabalhadora", disse o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores
do Distrito Federal (CUT-DF), Rodrigo Rodrigues.
Com
gritos de ordem e críticas ao juiz Sérgio Moro, aos partidos de oposição e ao
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os manifestantes
marcharam em direção ao Congresso Nacional. Eles ficaram concentrados por cerca
de duas horas em frente ao Museu da República, onde foi projetada a frase
"Não vai ter golpe!!!". A máquina de laser usada para a projeção
estava em um carro de som. À medida que o carro andava, a frase ia sendo
projetada em outros prédios da Esplanada.
o
Rio de Janeiro, a manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma
Rousseffreuniu manifestantes na Praça XV, no centro do Rio.
Eles carregavam cartazes e defendiam a permanência da presidenta. Os
manifestantes também fizeram atos de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva: "Ministro Lula estamos com você", dizia um dos cartazes.
Para
a atriz Letícia Sabatella, que participou do ato no Rio, o objetivo em comum
entre todos os movimentos presentes nas manifestações de hoje é a luta pela
democracia e o combate à corrupção, mas não a que atinge apenas um grupo.
"Vamos fazer uma reforma política, vamos lutar por esta reforma para que a
gente limpe todos os focos de corrupção. E não apenas pegar um bode expiatório
e dizer que esse é o grande corrupto. Vamos olhar onde está a corrupção, ver
porque ela existe e porque o sistema funciona desta maneira".
Salvador
e Fortaleza
Em Salvador, militantes, estudantes e representantes de centrais sindicais e
movimentos sociais da Bahia fizeram um ato contra o impeachment desde o início
da tarde em Campo Grande, região central da cidade. Eles gritavam palavras de
ordem como "Não vai ter golpe" e seguravam cartazes de apoio a Dilma.
Segundo a Polícia Militar, mais de 70 mil pessoas acompanharam a passeata que
seguiu em direção à Praça Castro Alves, onde o evento foi encerrado.
Porto
Alegre
Na capital gaúcha, cerca de 10 mil pessoas se reuniram na Esquina
Democrática, no cruzamento entre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua dos
Andradas.
Entre
um e outro discurso de lideranças partidárias e de movimentos sociais, a
multidão gritava “Não vai ter golpe, vai ter luta”. A maioria dos participantes
vestia roupas vermelhas e muitos carregavam bandeiras do Brasil, de partidos
políticos (PT e PCdoB) e de movimentos sociais, entre eles o MST e a CUT.
Os
manifestantes elegeram a Rede Globo como um dos principais alvos do protesto em
Porto Alegre. A atuação da emissora na divulgação das notícias envolvendo o
ex-presidente Lula foi encarada como “orquestração” para forçar a derrubada do
governo Dilma.
A
empregada doméstica Lídia dos Santos disse temer que a instabilidade política
do país permita que um governo de exceção seja instaurado, como em 1964. “Estou
aqui porque quero lutar por um Brasil livre para meus filhos. Eu vivi durante a
ditadura e reconheço o golpe quando vejo um em curso”, disse Lídia.
Recife
e Manaus
No Recife, a manifestação ocupou as ruas do centro da cidade e
tomou a Avenida Conde da Boa Vista, uma das maiores da região. Entre os
manifestantes, se destacava a presença de grupos de maracatus, de caboclinhos
(manifestação cultural popular de Pernambuco), bonecos gigantes de Olinda até o
dragão de pano do bloco de carnaval Eu Acho é Pouco.
A
maior parte das pessoas vestia vermelho, mas muitos optaram pelo verde e
amarelo, entre bandeiras do Brasil e de Pernambuco. A mobilização reuniu
partidos, movimentos sociais e sindicais e também pessoas sem ligação com
entidades organizadas.
Em
Manaus, a manifestação contra o impeachment da presidenta
Dilma Rousseff levou cerca de 3.000 pessoas à Avenida Sete de Setembro, no
centro da capital do Amazonas, conforme cálculo da Polícia Militar (PM) do
Amazonas. Os participantes do ato defendem ainda a democracia e os direitos
sociais.
Vestidos
de vermelho e branco, usando apitos e carregando bandeiras do Brasil, de
movimentos sociais, sindicais e do PT, os manifestantes gritam, a todo momento,
“não vai ter golpe”. A presidenta da Associação Afrodescendente e Indígena do
Amazonas, professora Elisoneide Rodrigues, foi prestar apoio à presidenta Dilma
Rousseff.
“Nós,
mulheres negras, a partir dos governos de Lula e da presidenta Dilma, tivemos
mais oportunidade de fazer nossas propostas, porque a população negra é uma
parcela excluída da sociedade e, no governo deles, teve essa abertura”, disse a
professora.
Edição: Fábio
Massalli