quarta-feira, 29 de junho de 2011

QUESTIONADA POSTURA DO GOVERNO CHILENO FRENTE À CRISE EDUCACIONAL




PRENSA LATINA

Santiago do Chile, 29 jun (Prensa Latina) Líderes estudantis e dirigentes sociais acusaram o governo chileno de tentar debilitar, com manobras e medidas desesperadas, o movimento cidadão em defesa da educação pública.

O presidente do Colégio de Professores, Jaime Gajardo, criticou em particular o anúncio formulado ontem pelo ministro de Educação, Joaquín Lavín, de antecipar para a partir de hoje e até o dia 13 de julho as férias de inverno em 206 colégios do ensino médio que permanecem ocupados na região Metropolitana.

Pretende-se desgastar um movimento legítimo que contém demandas claras e concretas, denunciou o líder magisterial.

Gajardo opinou que Lavín deve abrir-se a um diálogo e a um debate nacional verdadeiro com todos os atores da educação e discutir os problemas de fundo, em vez de realizar manobras e tentar acordos separados com os manifestantes.

O ministro está dando uma negação veemente ao diálogo, indicou de igual maneira o porta-voz da Associação Metropolitana de Pais e Responsáveis, Ismael Calderón.

Por sua vez, Paloma Muñoz, porta-voz da Coordenadora Nacional de Estudantes Secundários, manifestou que La Moneda deu um passo desesperado para dissolver o movimento estudantil.

"Já havíamos cogitado esta possibilidade, mas vamos continuar durante as férias com as ocupações, não as vamos depor", disse.

Assegurou que os estudantes secundaristas irão em massa amanhã à marcha programada pela Alameda de Santiago, no contexto da segunda greve nacional docente contra a mercantilização do ensino.

"Apesar das férias de inverno, vamos continuar mobilizados com toda a força", sublinhou.

Diante da clara linguagem de surdos entre La Moneda e os manifestantes, a representante dos universitários chilenos Camila Vallejo expressou que o ministro do setor deixou de ser um interlocutor válido e por isso suas respostas são ambíguas e insubstanciais.

Ponderou nesse clima o significado da unidade entre os secundaristas, os universitários, os professores, os reitores, os trabalhadores e cidadãos em geral.

O Chile precisa de reformas estruturais porque a institucionalidade vigente não nos oferece mais que isso, remarcou a também presidenta da Federação de Estudantes da Universidade do Chile.

mv/tpa/es Modificado el ( miércoles, 29 de junio de 2011 ) 

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